Resposta a uma mensagem no dia do meu aniversário de 82 anos de vida!
Meu Caro Samuel:
Por um mero acaso, hoje dia 19 de Maio, deparei-me no facebook com esta mensagem de parabéns do nosso comum Amigo, meu antigo aluno e teu colega da saudosa e sempre presente Escola Industrial Mouzinho de Albuquerque de Lourenço Marques, João Santos Costa, que reproduzo com um indisfarçável sentimento de orgulho:
“Ensinaram-nos em meninos que: “De manhã se começa o dia”! Hoje, por uma boa causa vou começá-lo de madrugada. A boa causa que me motiva é o dia do seu aniversário. Professor, desejo-lhe muitos parabéns e que este dia se repita por muitos anos, e nós todos a assistirmos. Aproveito, também, para lhe dizer que só chega à sua idade quem realmente merece! Um grande abraço. E que para o ano aqui estejamos novamente todos a desejar-lhe os parabéns”.
Tentei por todas as formas responder ,“in loco”, a esta belíssima mensagem que muito me sensibilizou e me retira o “verbo” capaz de lhe dar uma resposta à altura do sentimento de amizade que tenho por um antigo aluno da saudosa, e sempre presente EIMA que formou uma “rapaziada” de gestos tão raros de reconhecimento por um antigo professor que pela sua idade de octogenário se sente na situação de “um burro velho que não aprende línguas”. O que equivale a dizer que se desunhou, sem qualquer êxito, para agradecer esta mensagem no facebook.
Por isso, uma vez mais, dirijo-mo a ti, meu caro Samuel, para me socorreres na minha declarada “iliteracia informática” que bem conheces, pedindo-te a publicação da ausência de resposta a este belíssima mensagem de parabéns de um dos imensos leitores do teu “Bigslam”, ponto de encontro de moçambicanos de nascimento ou de adopção.
Um grande e grato abraço ao autor dos referidos votos de parabéns, e outro para ti pela paciência em servires de bóia de salvação no mar tormentoso da minha desadaptação às novas tecnologias de “Um admirável mundo novo”, título do livro de Aldous Huxley, escrito em 1932, um ano antes do meu nascimento. Ou seja, passadas oito décadas, um mundo novo que se tornou velho e caduco, mercê dos avanços tecnológicos actuais e de uma sociedade que, felizmente, tenta renegar a destruição de princípios morais nele defendidos. Mas nem sempre com desejável êxito! Rui Baptista
P.S. – Quando estava para enviar este texto, recebi uma mensagem de outro muito estimado, e sempre presente antigo aluno da EIMA, Adolfo Figueiredo, um dos organizadores, de um almoço de homenagem que me foi prestada em Coimbra, anos atrás, promovido por ele, pelo Godinho, Carlos António e “Jack “, génese dos actuais almoços de confraternização de “bons malandros” (entre os quais me incluo, com muita honra) realizados em Tomar de há anos para cá com inegável êxito para os seus actuais organizadores (Godinho, “Carvalhinho” e “Jack”) e aumento exponencial de participantes em recordação de um passado escolar que deixou em todos nós enorme saudade mitigada por estes encontros anuais.
Transcrevo, tal como me chegou por mail, os votos do Adfolfo. Escreveu ele:
“Bom dia Dr. Rui Baptista:
As minhas felicitações e desejos de um dia feliz.
Um abraço amigo. Adolfo”.