Dave Adkins – Um americano, muito moçambicano!
Antes de me debruçar sobre o trabalho que o Samuel me pediu para fazer, quero salientar como acho interessante que ainda hoje, passados 37 anos, ele me continue a tratar por JAF, que era uma das “assinaturas” que eu utilizava no Noticias, para além da mais vulgar Alexandre Franco. Por isso, em homenagem ao grande obreiro deste fabuloso www.bigslam.pt Samuel Carvalho, decidi rubricar esta entrevista com as três inicias do meu nome: JAF!
Quando comecei a conversar com o Dave Adkins, recordei os bons velhos tempos. Num jogo entre a Académica, da qual o Dave era o treinador, contra a equipa que eu treinava na altura, o Benfica, Mahlon Sanders converte um lançamento do meio-da-rua e o Dave veio desde o banco dele, até ao meu, para me dizer que aqueles lançamentos de tão longe do Mahlon, nos Estados Unidos, valiam 3 pontos. Na altura em Moçambique ainda não existia a linha dos lançamentos de 3 pontos.
Olá Dave, um abraço.
“Sim, senhor, igualmente – um grande abraço. Estou maravilhado com a possibilidade de me expressar e de responder às tuas perguntas. Não vou perder muito tempo com o dicionário, vou simplesmente responder muito naturalmente no meu Portunhol. Mas vou ler duas vezes as minhas palavras para eliminar o espanhol tanto quanto possível. Aqui, no Texas, há mais oportunidade de se usar o Espanhol, porque estamos muito perto da fronteira com o México. De carro, de Corpus Christ até ao México, são duas horas.
Corpus Christi é 70% hispana com cultura bilingue. Um agradecimento ao Samuel Carvalho, pois vejo o BigSlam todos os dias.”
“Dave Milton Adkins (não é David, é Dave: a minha mãe diz que se (ela) me tivesse dado o nome de David, todo o mundo me chamaria Dave. E afinal toda agente me chama David. Mas o meu nome oficial é Dave).”
“Nascido a 20 de dezembro de 1938 (tenho 75 anos). Um jovem.”
Caricatura de Dave Adkins (Hobart Mercury/1988)
Onde é que nasceste?
“Grinnell, Iowa (com uma população de 9,000 pessoas, mas com uma Universidade muito conhecida: Grinnell College. O meu pai era barbeiro
e a minha mãe trabalhava no mesmo negocio como lavadeira e eu como porteiro, dos 12 aos 15 anos. Edd Bowers, um nosso vizinho, que treinou a Académica uma época de basquetebol, era treinador de futebol americano no Grinnell College. Cresci perto do campus de Grinnell College, eram apenas uns 300 metros entre o campus e a casa da minha família, mas não estudei em Grinnell. Quando jovem, passei muito tempo no ginásio que se chama Darby Gymnasium, no campus da universidade.”
Educação e escolas que frequentaste?
“Grinnell High School: Escola secundária, graduei-me em 1957; Cornell College: 4 anos de universidade, joguei basquetebol, graduei-me em 1962;
Dave Adkins (15) executa um lançamento em grande estilo.
Título de master: Universidad Estatal de Iowa (Ames, Iowa) – inter departamento de Espanhol e Português (daí a minha maneira de escrever: portunhol). Recebi o título em 2004. Obtive o doutorado na Universidade de Middle Tennessee em 1975. Escrevi uma tese sobre matérias que consegui na Escola de Educação Física em LM. Demonstrei como um grupo de africanos num exame de habilidade física que estudava na Escola para serem mestres em Povos Africanos.”
Qual a atividade como treinador e agente?
“Fui treinador no West Liberty High School (Iowa); Prairie City H.S. (Iowa); Middle Tennessee State University (Tennessee); Académica de LM;
Época 1971/72 – Seniores
Em cima: Adriano Baganha, Aurélio Vaz, Joaquim Neves, Richard Almsted, Mota Lopes, Pedro Cerqueira.
Em baixo: Luís Oliveira, Moura Ramos, Quen Gui, Ernesto, Carlos Neves, João Donato.
Época 1971/72 – Seniores
Em cima: António Lima (Seccionista), Dave Adkins (Treinador), Adriano Baganha, Mota Lopes, José Quintela, Pedro Cerqueira, Aurélio Vaz, Joaquim Neves.
Em baixo: Mora Ramos, Luis Oliveira, Augusto Baganha, António Jerónimo, Quen Gui, Nuno Tristão.
Sporting de LM,
Época 1972/73 – Seniores
• Campeão Distrital L. Marques • Campeão Provincial Moçambique • Campeão Nacional
Em cima: Belmiro Simango, Terry Jonshon, Mário Albuquerque, Luis Almeida, João Romão, Victor Morgado, Rui Pinheiro.
Em baixo: Mário Peliquito, João Morais, António Ruas Alves “Tomané”, Nelson Serra.
Época 1972/73 – Seniores
• Campeão Distrital L. Marques • Campeão Provincial Moçambique • Campeão Nacional
(Campeonato Nacional em Luanda)
Em cima: Abílio Monteiro (Seccionista), C2? (Dirigente), Belmiro Simango, Mário Albuquerque, Luis Almeida, João Romão, Flausino Machado (Presidente SCLM), Victor Morgado, Rui Pinheiro, Terry Jonshon, Nascimento (Massagista).
Em baixo: António Ruas Alves “Tomané”, Mário Peliquito, Domingos Moura (Dirigente), João Morais, Nelson Serra, Dave Adkins (Treinador).
Desportivo de LM;
Época 1973/74 – Seniores
Em cima: Carlos Koo, Hélder Costa “Rabeca”, Chester Brown, Hubert Ferreira “Titi”, Artur Castro “White”, Manuel lima, Dave Adkins (Treinador).
Em baixo: José Lopes, João Vicente “Pinduca”, B3?, Armando Lobo.
Hobart Devils (Tasmania) da Liga Nacional (profissional) de Australia (NBL).
Posição administrativa e instrutiva: State Director of Coaching: Queensland, Australia, na cidade de Brisbane.
Também, trabalhei durante os anos 90 como agente de jogadores americanos para a Austrália, Nova Zelândia, Japão, Inglaterra, Bélgica, Alemanha e Portugal. Organizei contratos para 150 jogadores americanos nas ligas de outros países.”
Como surgiu a possibilidade de treinares em África?
“Foi o Edd Bowers que me recomendou ao Teotónio Lima, da Académica. Vi o Edd em Atlanta por casualidade na primavera de 1971, ele tinha acabado de regressar de Moçambique e perguntou-me se eu estaria interessado em treinar a Académica, e eu respondi que sim.
O Edd escreveu ao Teotónio, que me enviou uma passagem aérea depois de trocarmos diversas cartas e telegramas. Fui a LM em setembro de 1971. (O Edd morreu em 2008 e o seu filho, Bill, que jogou na Académica de LM, faleceu em 2012).
Qual foi a melhor equipa que treinaste em Moçambique?
“ O Sporting de LM que ganhou o campeonato nacional de Portugal em 1973 em Luanda. O Benfica de Lisboa bateu-nos na primeira volta, por 12 pontos. Ganhámos na segunda volta contra o mesmo Benfica, por 102-77, e conquistámos o campeonato.
Benfica Lisboa vs Sporting LM em Luanda
O crédito vai para os jogadores e a administração do Sporting – Mário Albuquerque, Nelson Serra, João Romão, Luís Almeida, Terry Johnson, Rui Pinheiro, Tomané, Vítor Morgado, Simango, Morais. Foi uma administração capaz e ativa. A minha contribuição (principal) foi no dia do segundo jogo contra o Benfica quando decidi usar uma zona e de treinar a nova defesa durante a tarde (ao sol) do dia do jogo. O treino foi no exterior sob o sol africano e durou uma hora, mas os jogadores cooperaram, apesar do Terry e do Simango só terem dado o seu melhor durante cerca de meia hora. Também tivemos uma reunião na manhã desse dia, às 11 horas, na receção do Hotel Universo altura em que perguntei a Terry Johnson: “Terry, esta noite vais jogar, ou não?” (O Terry tinha jogado com pouca consistência e pouca vontade durante a temporada de 73 e também jogou pouco no Campeonato Nacional, até ao jogo contra o Benfica naquela noite.) O Terry não hesitou e disse imediatamente à equipa: “Yeah, I’m gonna play!” O Terry jogou muito bem nas tabelas, com muita vontade e o Sporting dominou o Benfica.
Dave Adkins treinador do Sporting LM, é levado em ombros pelos seus atletas, após a conquista do Campeonato Nacional – 1972/73.
O João Romão ajudou muito nas tabelas – enquanto o Mário, o Nelson, e o Luís marcaram pontos. O Rui Pinheiro tinha estado doente, mas nos minutos importantes soube responder. Sim, foi uma noite memorável e a vontade dos jogadores, incluindo o Terry, e o plano da zona deram-nos a vantagem.
O Terry Johnson faleceu com a idade de 59 anos em 2013 no estado de Tennessee. Nunca mais vi o Terry depois do nosso tempo em LM, mas mandei-lhe um livro em 2000 das minhas experiencias com o basquetebol no ultramar, o qual tinha uma secção proeminente e uma foto do Terry ilustrando a reunião da equipa no Hotel Universo, assim como o treino ao sol no dia do jogo contra o Benfica em 1973.
Treinei um boa equipa (Académica) em 1972, mas tínhamos poucas oportunidades de treinarmos. Baganha (o capitão), Quim Neves, Quen Gui, Mora Ramos, Luis Oliveira, Aurélio, Richard – bons jogadores, mas acho que houve só 2 ou 3 treinos com a equipa completa e o mesmo número de jogos com toda a equipa durante a temporada inteira.
Quais foram os melhores jogadores que treinaste em Moçambique?
Bases: Adriano Baganha, Nelson Serra e Quen Gui. Extremos: Mário Albuquerque e Luís Almeida. Postes: Quim Neves e Manuel Lima.
Se de todos os jogadores que treinaste pudesses escolher um “cinco inicial”, qual seria?
“Adriano Baganha, Nelson Serra, Mário Albuquerque, Quim Neves e Manuel Lima.”
Mário Albuquerque foi diversas vezes eleito o Melhor Jogador de Portugal. Qual a tua opinião técnica sobre o Mário Albuquerque?
“Mário Albuquerque: bom ressaltador, disciplinado, eficiente ao defender, jogador consistente e com uma extraordinária habilidade no ataque, onde marcava pontos após trabalho individual de 1 contra 1 sem cortinas; jogava muito bem no campo descoberto utilizando o drible com qualquer das mãos (grande parte da sua melhor execução. Bom lançador de meia-distância; entrava bem para o cesto e lançava com qualquer das mãos (outra parte do seu excelente jogo);
jogava sempre muito bem nos jogos importantes; mostrava muita confiança e tinha o respeito e a confiança de todos os seus colegas de equipa. Fisicamente: bom tamanho – quase 1.95 m., braços longos, e muito rápido. Como todos os jogadores do Sporting CLM, o Mário sabia usar as tabelas de fibra de vidro do Pavilhão do Sporting, como ninguém, onde, no entanto, o campeão das tabelas era o Vítor Morgado. Quando o Vítor lançava, era como se a tabela atraísse a bola e a depositasse no cesto.”
Fala-nos das equipas em Moçambique e de alguns dos seus melhores executantes.
“Samuel Carvalho: Forte, bom atleta, competitivo, jogador completo – defesa e ataque.
Mário Machado: lançava muito bem ao sair do drible, especialmente quando atacava pela direita. Sabia conduzir a sua equipa.
George Sing: bom pivot – era uma dimensão importante na equipa do Ferroviário.
Eustácio Dias: Saltador superior – up, up, up. Bom atleta.
Paulo Carvalho: Corria muito bem, muito forte – um jogador sólido e completo – capaz de marcar muitos pontos.
Manuel Lima: Quero dizer: O Sr. Lima (sorriso)! Bom pivot com movimentos eficazes daquela posição. Outro jogador que sabia usar a tabela. Forte, boas mãos. Personalidade única.
Nelson Serra: Foi mestre no intercetar passes e daí partir para o contra-ataque. Bom iniciador, lançador e era rápido, ágil, bom líder.
Rui Pinheiro: Excelente lançador (shooter), sem limites na distância.
Quim Neves: 2 metros; boa técnica de ressalto e excelente lançamento em suspensão. Tinha o talento de marcar e competir com Kit Jones, Jim Jones, Richard Almstedt e Mahlon Sanders nas tabelas.
Quen Gui: Lançador soberbo. Atitude excelente. Muito valioso”.
Qualquer outro que queiras referir.
“Luís Oliveira era um jogador de 20 anos em 1972; atleta superior, boa forma de lançamento, rápido. Foi para a tropa antes de completar uma época, quando treinei a Académica.
Moura Ramos: Inteligente, bom a defender, jogava e treinava sempre com uma atitude muito positiva”.
Como americano, faz uma referência aos americanos Steven DeLapp e Mahlon Sanders, que jogaram e treinaram em Moçambique.
“Não conheci o Steven DeLapp, que foi o primeiro americano que chegou a Moçambique para o Sporting.
O Mahlon Sanders – era um bom homem, um jogador completo, um bom atleta, um excelente exemplo para os jovens.
Mahlon Sanders e Mário Albuquerque no “Torneio All-Stars”
Ainda pensas com frequência naquele maravilhoso episódio da tua vida que se chamou Moçambique?
“ Claro que sim, mas nunca esquecerei a visita que fiz a Lisboa em 1997, onde o Mário e o seu filho João me convidaram para jantar, com o Paulo Carvalho, Rui Pinheiro e no dia seguinte com o Nelson Serra e até fui jogar ténis com o Mário, o Paulo, o Quim e o Rui.”
“Vivi um ambiente fascinante em LM – as três culturas – Portuguesa, Sul-africana, Rodesiana, etc. Vi muito do país com o Sporting e visitámos a tropa no norte onde vimos o Quen Gui, o Luís Almeida, e o Quim Neves. Viajei muito de carro pela África do Sul e pela Rodésia.
Geneva e Dave Ddkins em Joanesburgo – 1974
Conheci a minha esposa de 38 anos, Geneva, em Lourenço Marques.
Dave Adkins e Geneva – 2010
Ela trabalhava no Consulado Americano e compartilhamos as nossas experiências de África de vez em quando.”
“Foi em Moçambique que comecei a aprender o Português, mas mesmo depois de regressar continuei a estudar a língua, com uma brasileira, em Iowa.”
“Depois do Português, fiz o mesmo com o Espanhol, até porque aqui na cidade de Corpuis Christi, Texas uso mais o Espanhol, uma vez que 70% da população é hispânica.”
“Estamos a apenas duas horas da fronteira com o México. Hablo español con fluidez y lo escribo y lo leo bien.”
Diz-nos se acompanhas o BigSlam e se acompanhas, o que pensas do www.bigslam.pt?
“Visito o BigSlam todos os dias. O BigSlam é o vinculo vital ao passado do mundo português de Lourenço Marques, como me lembro. Obrigado, Samuel e obrigado a todos quantos fazem parte do BigSlam.”
Agradecemos ao Dave Adkins, a quem deixamos um forte abraço.
18 Comentários
João Romão
O Dave sempre foi um treinador que admirei pela sua competência e sagacidade. Tive o privilégio de ser treinado por este senhor de trato fácil e simpático. Posso dizer que foi o melhor treinador que tive a par do Vassily Goumas que me pôs a mim e ao Vitor Morgado a afundar. Um muito obrigado ao Dave por tudo o que me ensinou. Abraço.
Rogerio Costa
Muito, muito interessante e saudoso.
E bom saber da vida de pessoas que tao positivamente influenciaram o desporto, e a vida em geral , do nosso LM – Obrigado Dave por ter ajudado o desporto de LM e pela sua vontade de compartilhar de sua vida no Big Slam. Em relacao ao seu Portugues ele se entende muito bem e e muito agradavel ver pessoas de outras nationalidades quererem se expressar em Portugues, tanto mais que no Texas o Espanhol e tao falado.
E notavel que duma base populacional do desporto de basketball tao reduzida saissem jogadores e equipas tao boas, tendo em conta que o baketball nao e um desporto de primeiro plano dos portugueses que derigem a maior parte das energias para o football.
E minha opiniao de que o ambiente desportivo que existia em LM em geral e muito especialmente a participacao de jogadores e tecnicos Americanos elevou o desporto de basketball a um nivel de excelencia muito elevado.
Eu nao joguei basketball mas acho que seria interessante que quem tem conhecimento intimo da historia do basketball de LM, e tambem de demais atividades desportivas, recordassem para a posteriodade a sua historia. Em forma de livro seria o ideal, ou em forma descriptive “on line” . O GrandSlam e um veihiculo ideal para coletar os detalhes relevantes a tal ptojeto. Agora e a hora pois a idade nao perdoa quer em permanencia quer pela capacidade de recordar todos os pormenores. Sendo que memoria e muito subjetiva e selectiva talvez que cada capitulo fosse de autoria de diversas pessoas com uma responsavel pela coordenacao e revisao editorial. Este projeto seria ideal para uma tese de doutoramento como o Dave fez.
Queria ultimamente agradecer ao Samuel a dedicacao em providenciar a plataforma de encontro no GreatSlam.
Obrigado a todos
Roger
PS – As minhas desculpas pelas deficiencias do meu Portugues pois nao o uso com regularidade ha muitos tempo, precisamente ha 40 anos.
Samuel Carvalho
Caro Rogério Costa,
Uma excelente ideia essa de se fazer um livro com a história do basquetebol moçambicano até à independência de Moçambique. Penso que fica só a faltar o mais importante, que haja alguém que queira por mãos à obra. De qualquer forma aqui fica lançado o seu desafio.
Obrigado pelo seu comentário e apareça sempre neste nosso “Ponto de Encontro”!
Bem haja!
Luis Almeida
BIG COACH, FOI UMA GRANDE HONRA E UMA SORTE TÊ-LO TIDO COMO TREINADOR, POIS APRENDI MAIS E MELHOR MESMO POR COMPARAÇÃO COM UM TREINADOR AMERICANO, EM 1968-1969, QUANDO, COM 18 ANOS VIM DE MOÇAMBIQUE JOGAR PARA A ACADÉMICA DE COIMBRA (ONDE O BAGANHA E O GUI JOGAVAM TAMBÉM..), DE NOME JOHN SMITH,
FICO-LHE MUITO AGRADECIDO POR SEMPRE QUE FALA SOBRE O BASQUETEBOL DE MOÇAMBIQUE, ME DISTINGUIR COM PALAVRAS ELOGIOSAS E ESPERO PODER CONTINUAR A SABER DE SI, QUANTO MAIS NÃO SEJA, ATRAVÉS DESTA OBRA BRILHANTE DO SAMUEL DE CARVALHO E DO SEU CORAÇÃO ENORME. UM SUPER-ABRAÇO MISTER…
Dave Adkins
Samuel y JAF – Obrigado pelo meu día no calor do sol Africano (Big Slam). Acho que tenho
dominado los comentarios da entrevista. . Vou desaparecer agora. Dave Adkins
pd. Tenho iniciado um nuevo sitio blog. A endereço está escrita a cimo. . Invito todos da
malta para visitá-lo com frequencia. .
Luíz Oliveira
Bons tempos Mr. Dave
Quando me conheceu já eu não estava em forma
Isso foi no tempo de Mr. Bowers
Que aconteceu ao Bill?
Muito novo
Luíz Oliveira
Abraço
Dave Adkins
Olá Luiz – obrigado pelo comentario. . Edd Bowers morreu em 2008 e Bill também faleceu – em 2013 à idade de 59. Entendo, em 71-72 Luis esteve preocupado com a tropa. .
Luíz Oliveira
Mr. Dave
Já faleceram alguns
Quen Gui, Carlos Neves , Mota Lopes
É a Vida
Um Abraço
Penso que Mr.Dave foi o treinador (Americano) mais completo que apareceu em L.M.
Luíz Oliveira
Americano que mais gostei de ver jogar
Dale Dover
LF
sandra moura
Amei obg Samuel, e adorei ver uma foto com meu pai,,,,, viajei ao passado por minutos, muitoobg
Dave Adkins
Obrigado, Sandra. Recordo que voce foi a Luanda e assistiu o Campeonato Nacional de ’73 em Luanda. Sim, o seu pai era importantissimo na fortuna de SCLM. Um abraço. . Dave A.
Samuel Carvalho
Olá Sandra, há muito que não tinha notícias tuas.
O teu pai – Domingos Moura foi um grande dirigente do desporto moçambicano e de quem os simpatizantes do Sporting LM muito se devem orgulhar.
Aparece sempre neste nosso “Ponto de Encontro”.
Aquele abraço.
José Mota
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José Mota
Também tive a honra e o prazer de conhecer pessoalmente e de ser treinado na Académica pelo “coach” Dave, na época 1971/72, com 20 anos, vindo dos juniores.
Tinha consciência de não possuir as aptidões e condições necessárias para ser jogador da primeira equipe, mas o meu gosto pela modalidade e pela prática desportiva fizeram-me “andar por lá” … . Nem por isso o Dave me marginalizou ou deixou de me proporcionar as oportunidades possíveis. Deu-me mesmo os parabéns pelos 2 únicos pontos que marquei pelos seniores da Académica, contra o Malhangalene.
Fiquei admirador da sua simplicidade, humanismo, profissionalismo e elevado carácter. Mas também me apercebi da sua “frustração” com a necessidade de “inventar” soluções e adaptar os seus conhecimentos de treinador a uma realidade totalmente diferente daquela onde se tinha preparado.
As precárias condições de trabalho, … a baixa qualidade média e falta de empenho dos jogadores nos treinos, relativamente ao que esperava e pretendia deles, … o amadorismo que por vezes se percebia que o irritava, mas nunca lhe tirava a calma, … o desânimo quando queria levar as coisas mais a sério e o grupo não correspondia … .
Penso que sentiu grandes dificuldades em perceber a nossa mentalidade e em adaptar-se a ela. Mas com a sua inteligência, humildade, sabedoria, trabalho metódico e dedicação, foi capaz de se integrar rapidamente, assim como naturalmente se apaixonou por aquelas terras e pelo ambiente que lá se vivia. O que actualmente venho confirmando através do seu acompanhamento e presença regulares no BigSlam.
Bem-haja Dave! Continuo a admirá-lo e tenho de reconhecer que uma parte da minha formação … não só desportiva, também se deve a si.. OBRIGADO!!!
Dave Adkins
José – obrigado pelos comentários. . sím, a minha frustação tinha que ver com a ausencia dos jogadores de Academica dos treinos e dos jogos. . . verdade foi que a guerra no norte interrompía o seu interesse e a sua participação em basquete e afectou todos os clubes. Tratei de adaptarme a algo na historia de Moçambique e Portugal mas grande que baloncesto. As expectativas do clube AA em basquete com o yanqui treinador ficaram, mas os jogadores foram ao norte para servir o seu pais. As vezes, dirigi treinos no campo de Clube Coimbra com só um jogador ou dois, además do vento. Uma chave do campeonato de Sporting em 73 foi a habilidade da administração de Sporting a arranjar a presencia de Luis Almeida e Ramão na equipe em Luanda durante a semana do torneo. . Puseram um lado os seus rifles para jogar no campeonato durante uma semana e jogaram muito bem.
Dave Adkins
P.D.
Na foto do Yanqui sentado com a bola de basquete à secretaria em frente do computador – à esquerda do computador na parede está uma foto do Fernando Pessoa (é difícil ver a foto) à mesa do Café Martinho fumando (claro) e tomando uma bica. Ou talvez foi o Alvaro de Campos. Tenho passado bastante tempo lendo sobre a vida do Sr. Pessoa e da sua morte tragíca.
Wanda Serra
BIGSLAM DO SAMUEL E’ ASSIM SEMPRE EM CIMA DO ACONTECIMENTO ……..
MTO MTO DO MEU AGRADO !!!
Dave Adkins
Êpa. JAF é um jornalista superior e super-profissional e Big Slam um sitio web super-valioso, como o vinculo de ouro ao passado de basquete de LM. Não posso imaginar como o JAF e Big Slam de Samuel indagaram á procura de tantas informações e fotos. É incrível! Muito obrigado e kanimambo. . Me sinto muito humilde. Dave A.