Nome (completo): Eduardo Mário Garzón de Albuquerque.
“Alcunha” ou nome pelo qual és conhecido entre os amigos: Lombriga espanhola, porque a minha mãe era Andaluza e por ser muito comprido e magro.
Data de nascimento: 28 de Março de 1944.
Natural de: Lisboa, alfacinha, e eu a pensar que era coca-cola, dos 5 aos 29 em África, Lourenço Marques atual Maputo.
Localização actual: Lisboa – Telheiras, junto ao estádio de Alvalade. Ando sempre trocado, quando jogava morava em Cascais. Agora devia estar sempre no Algarve, mas os netos não deixam…
Estado civil: Divorciado e “concubinado” há trinta anos com uma Portista, vai-se zangar comigo porque não gosta da palavra.
Altura: 1,91 m e a encolher.
Peso: 96 Kgs e a engordar.
Profissão: Reformado bancário da CGD (área de TI) e a quem chamam agora funcionário público, que nunca fui, para me “poderem” recalcular a pensão.
Ideologia política: “desanimado”.
Crença religiosa: Ateu, o meu Pai não me quis “constipar” e deixou o batismo ao meu critério e ainda não fiz nada acerca disso.
Localização da tua residência em Moçambique: Lourenço Marques, atual Maputo, na Ponta Vermelha – Rua Infante D. Henrique que depois passou a chamar-se João das Regras (Rua Nachingwea). Ia do Quartel General passando por detrás do Palácio da Ponta Vermelha e acabando no Hotel Cardoso.
Tínhamos um terreno baldio em frente onde brincávamos ao agarra em cima das árvores, jogávamos ao “paulito”, ao berlinde (covinhas do dois e meio e à parede),
não gostava dos abafadores que era para os marretas sem habilidade. Claro que também jogávamos à bola nas covinhas ao redor das árvores, com uma bola pequenina de borracha furada com um prego em brasa para não saltar muito. Qualquer árvore servia para encestarmos fingindo aros de basket em sítios inimagináveis e cada vez mais difíceis. Fazíamos corridas com carros de rolamentos e riscávamos o “sim senhor”, os joelhos, os braços e as canelas quando aquilo dava para o torto. Foguetes – os águias e as bombas de escudo também faziam parte das “asneiras”.
Até tiro ao alvo com espingardas de pressão de ar, segurando os alvos com as mãos e usando um cabo de vassoura para lhe dar altura. Ainda tenho uma lesão e uma marca na mão direita dessas tropelias, pois a espingarda de pressão perdia a dita cuja à medida que nos afastávamos do atirador e em vez de uma linha reta, o chumbo descrevia uma curva e felizmente só me encontrou o dedo, que claro ficou como a trajetória do projétil.
Também jogávamos futebol mais “a sério” nos bombeiros, um campo cheio de buracos e a descer, o que não nos atrapalhava nada. Tudo que metia bola a gente tratava por tu.
Quando os hoquistas Moçambicanos ganharam em Montreux e depois o campeonato do Mundo,
lá fomos todos arranjar “sticks” e fingíamos patinar já que patins era um luxo a que não nos podíamos dar.
Também íamos para as “barreiras” e para o “Paraiso”, lembram-se? fazer entre outras maluquices corridas de “burra” ou de aquelas rodas gigantes de enrolar cabos da empresa Cabos de Ávila nos carreiros que os desciam. Só de pensar nisso ainda hoje me arrepio. Claro que “malhanços” era mato e foi assim num “shortcut” para uma ultrapassagem de bicicleta que não ví o buraco, já que o capim estava alto, e voei aterrando já sem uma unha da mão que saiu inteira. Ainda me dói de vez em quando. Um dia para aí com 8 ou 9 anos estava eu sentado no passeio da Belgarde da Silva com a perna na rua e um ciclista distraído, como eu estava, passou-me com a “burra” por cima dela e partiu-me a tíbia e o perónio, felizmente sem fratura exposta. Mesmo assim ainda corri atrás dele, mas quando agarrei a bicicleta desmaiei. Não é que nos 9 meses que andei com gesso, primeiro 6 meses até acima da perna e depois 3 meses até ao joelho, descobri que aquilo dava um jeito danado para “canhar” nos gajos que me queriam tirar a bola nas peladas que fazíamos.
Alguma da malta do bairro desse tempo que recordo: Orlando, Rogério, Beto e o Amílcar Cavalheiro Dias, Jorge Caixinha e as irmãs, Luis Aguiar, o Óscar e o Fernandinho, o Aníbal, o Jorge Carmo, o Sárria, o Vinagre, o Mário e o Carlitos Almeida Dias, o Rui e o Zé Leitão, o Elói Fachada, o Frederico, o Fernandel, o Babocas e Manuel Natividade, o Fernando Mendonça, os irmãos Barradas, António, Quim e Ricardo a Teresa Castro e o “Borbulhas” que me lembro partia balizas no andebol, a Gite, o Castanha, grande corredor de meio fundo, Govine, Manuel e a irmã que julgo se chamava Milai (?) que eram filhos do nosso merceeiro da esquina da Governador Simas, o Toina Vasconcelos, que era normalmente o dono da bola, e o irmão António Jorge, o António Delgado que morava em frente, o Quim Gomes da Costa e a irmã Júlia que não nos cansávamos de ver passar, a prima Ruth também bem bonita, os irmãos Gourinho, o Toi e muitos outros…
Não menciono muito as miúdas da minha infância porque na altura era mais como o “clube do Bolinha onde menina não entra”,
por falar em revistas havia os “guris” com os afamados Mandrake, Fantasma, Nyoka, Hopalong Cassidy, Tom Mix, etc.
Dona Adélia, que era a explicadora de meio mundo e à qual eu não podia escapar, pois não me levava nada por ser amiga da família. Nessa altura eu era, loirinho e de olhos verdes a quem as miúdas mais velhas queriam dar beijinhos, estiquei e estraguei tudo, já ninguém me queria dar beijinhos…
Percurso escolar :
- Andei na escola Rebelo da Silva até à 4ª classe,
- Frequentei depois o Liceu Salazar até ao 7º ano. Depois de uma viajem de licença do meu pai à então metrópole tive de andar um mês no Liceu António Enes até ter vaga no Salazar. Como eu morava na Ponta Vermelha e o Liceu era muito longe (5 Kms) fui pedir dinheiro à minha mãe para o machibombo, ela respondeu-me: com essas pernas vai a “boots”. Fez-me mal? qual quê, fez-me muito bem.
Alguns dos colegas do tempo de escola: O Lapin, Cepeda, Jorge Azevedo, Jorge Carmo que agora é radiologista no Porto – Foz, Jorge Carmo e o Sárria grandes atletas que jogaram contra mim e comigo, o Socorro, o Neo Gonçalves, o Ambrósio que também é Mário, o Dadinho, o Abdul Giná Gulamunsen que por força do nome era sempre o numero um da turma.
Serviço Militar:
- Entrei para a tropa em 1965 e fiz a recruta básica em Boane que distava 30 quilómetros de L. Marques.Fiquei no mesmo pelotão que o Gonçalo Fevereiro, Sérgio Cardiga, Elmano Caeeiro, Sárria, Caporro, o Lima que jogou comigo no SCLM e depois se mudou para o Desportivo.
- Depois de jurar Bandeira fiz a especialidade no quartel em L.Marques no CIA/CICA na especialidade de Campanha 8.8, tendo como camaradas de ofício o Dino baterista dos Night Stars, o Manuel Lopes irmão do Fernando Lopes. Quando acabou a especialidade o CIA (Centro Instrução de Artilharia) mudou-se para Boane e lá fomos nós recambiados. Estive a dar recruta quase todo o tempo de tropa já que na altura os primeiros classificados nas especialidades não iam diretamente para o Norte que eram áreas de possível intervenção. Tivemos uma grande vantagem, pois na especialidade só poucos de nós (5) tínhamos saído do Liceu, com vantagem sobre os outros que tinham ficado pela 4ª classe e não podiam competir connosco em “movimentos uniformemente acelerados, pontaria reciproca com goniómetro bússola, ângulos complementares e suplementares”, conhecimentos necessários ao manuseamento das peças de fogo, o que associado às provas desportivas que o nosso Capitão de seu nome Ribeiro Soares, gostava muito, de quem guardo excelente recordação pelo trato e amizade, embora com disciplina, como nos tratava, deu como resultado a primazia nos primeiros lugares classificativos de Campanha 8.8. Quando o tempo de tropa estava a terminar vieram novas ordens e toda a gente tinha que rodar e passar pelo Norte. Estava nessa altura, como mais antigo, a responder pela secretaria da Bataria (companhia de Artilharia) porque o Sargento tinha acabado a comissão, quando no mesmo saco do correio diário recebi dois ofícios com a mesma data, um para passar à licença registada, que era o mesmo que passar à “peluda” e outro para dar seguimento à rotação. Fiquei atrapalhado sem saber o que fazer e resolvi ir pôr o problema ao Comandante. Depois de ler os ofícios, ele olhou para mim e disse com o ar mais seráfico possível: só se fores burro, ao que retorqui: obrigado, entendi. Foi assim que saí da tropa.
Percurso desportivo:
Aonde e quando iniciaste a tua atividade desportiva? Sporting L. Marques (SCLM), no Basquetebol com 16 anos em Juniores (1960).
Qual foi a tua principal modalidade (federado)? Principal e única o Basquetebol.
Alguém (quem) te influenciou a escolher esta modalidade? Foi o Jorge Carmo e o Sárria. Estávamos no Parque Silva Pereira, em frente ao Liceu Salazar e o Jorge Carmo que jogava no Desportivo convidou-nos a irmos inscrever-nos no basquetebol. Descemos as “barreiras” e lá fomos. Quando chegámos, a pedido do Carmo, ficámos entre a Piscina e o campo descoberto de basquetebol enquanto ele ia lá dentro oferecer-nos. Veio com ar desanimado informar que a equipa de Juniores já estava completa, que a época começava na semana seguinte e por conseguinte nada havia a fazer. O Jorge Carmo ficou a treinar lá e nós, para não perdermos a viagem, fomos ao vizinho do lado onde fomos recebidos pelo Picão que era o seccionista e pelo Sr. Machado que nos receberam de braços abertos.
Época 1960/61 – Juniores
Em cima: Jardim, Mário Albuquerque, Freitas, Magalhães.
Em baixo: Kim, Viegas e Hélder Tat Man.
Qual foi o teu primeiro jogo ou prova oficial? O primeiro jogo foi contra o Desportivo e…
Com que numero na camisola jogavas? Com o nº 12.
Treinador que mais te marcou ao longo da tua carreira e porquê? Foram vários e de diferentes formas: Primeiro o Sr. Machado pela introdução ao jogo, depois no fim dessa época o pai do Quim Neves, Tenente Coronel Alfredo Neves, que contra a minha vontade, me subiu aos seniores.
Estreei-me na Beira num jogo particular, onde um colega de equipa fez questão de me ceder a camisola nº 12, e depois um nome sonante me chamou à parte e me disse, miúdo bem vindo, tudo de melhor para ti, mas quero-te lembrar que aqui quem lança sou eu. Ao que respondi, sim senhor Sr. Edmundo Carreira, mais conhecido por Bebé, infelizmente já nos deixou há pouco tempo. Carater difícil, mas de quem só tenho a dizer bem.
Oficialmente a minha estreia foi em L. Marques na final do Torneio da África Austral que vencemos contra o Desportivo. Entrei na 2ª parte e lembro-me que marquei 21 pontos.
Por causa dessa derrota o Desportivo, 2º classificado do campeonato desse ano (o Ferroviário foi o campeão), desistiu da Taça de Portugal e o nosso treinador que era da Força Aérea propôs que fossemos nós à Metrópole, aproveitando a inscrição já feita, para o que arranjaria transporte.
Fomos celebrar a vitória no restaurante Coimbra, e quando pedimos os frangos à cafreal eles aparecerem de repente. Perante o nosso espanto o responsável perguntou-nos: não são do Desportivo? dissemos que não, mas enfardámos a refeição com muito gosto.
Mais tarde fui treinado pelo Mister Milton Ruiz, brasileiro, que depois de nos ver jogar, começou o treino sem bolas. Quando lhe perguntámos porquê, respondeu-nos: vi-vos jogar ontem seus caras e vocês são uns moleques muito bons, só que não correm nada. Só vos digo que foi um sofrimento a que não estávamos habituados, mas que resultou.
Também tive o Zé Lopes como treinador, uma dedicação e uma excelente pessoa e a quem o basket daquela altura muito deve. O Luis Pina, pragmático, bom orientador, com quem fui campeão de tudo, distrital, provincial, nacional, da 3ª divisão, da 2ª divisão, e mundial pela TAP, como ele diz aturamo-nos há 50 anos ou mais…
Tive o Dave Adkins, com uma janela aberta para outro mundo e de quem fiquei amigo e com quem ainda hoje me correspondo.
Recorda alguns dos momentos mais marcantes e o mais frustrante na tua carreira desportiva:
Um dos momentos mais marcantes:
Conquista da Taça de Portugal no Fundão contra o Barreirense (46-30) num campo descoberto e ventoso que não dava para lançar de longe.
Época 1961/62 – Seniores
• Vencedor da Taça de Portugal (Disputada no Fundão. O CFM campeão de Moçambique foi eliminado nas meias-finais. Resultado da final: SCLM 46-Barreirense 30, este jogo foi disputado ao ar livre e com vento…).
• Vencedor do Torneio da África Austral.
Em cima: Vilagelin Ribeiro (Dirigente), Octávio Sá, Mário Albuquerque, Alfredo Neves (Treinador), Manuel Lima, Sérgio Carvalho, Abílio Monteiro (Seccionista).
Em baixo: Fernando Fernandes, Carlos Serra, Rui Calrão, Edmundo Carreira “Bebé”, Hélder Silva, José Mateus, Cambé (Massagista).
A primeira eliminatória foi contra o Educação Física de Torres Vedras no Campo do Nacional em S. Bento.
Embarcámos num Douglas DC6 da Força Aérea, a ventoinhas, claro com destino a Lisboa 2 dias antes. No trajeto um dos motores incendiou-se e depois de largar o combustível rumámos à ilha do Sal em Cabo Verde.
Enquanto o avião estava em reparação dormimos num hotel primitivo.
O Zé Mateus, que infelizmente também já nos deixou, maldita PDI, foi tomar banho antes de se deitar, ensaboou-se com sabão macaco, seria Pioneiro? não sabendo que a água era salgada e foi o bom e o bonito, quanto mais ensaboava mais pastoso ficava.
Eu levava uma encomenda, que me tinham pedido, de shampoo Wella, fui buscá-la, mas foi pior “a emenda que o soneto”, parecia massa consistente. Pobre Zé, o que gozámos com aquilo.
No dia seguinte levantámos voo e tudo na mesma, incêndio no mesmo motor, volta a aterrar e aguardar transporte. A força Aérea disponibilizou dois DC4 recém pintados por dentro com bancos corridos, era proibido encostar a cabeça que ficava colada, e lá viemos nós para Lisboa, onde chegámos em cima do jogo. Ao todo a viagem demorou 33 horas e nós já enjoávamos por estar em terra.
Conseguimos ganhar por 6 pontos, lembro-me de pedir ao árbitro para sair e ir à casa de banho deitar fora, e faltava a segunda volta da eliminatória em Torres Vedras onde fomos muito bem recebidos, mas com a “promessa” de uma desfeita pois só tínhamos ganho por 6 em casa. Só que agora estávamos descansados.
Ao intervalo o Presidente do Educação Física pediu para ir ao nosso balneário e perante o resultado tão desnivelado, pediu-nos “desculpa”, mas tinha pensado que nos ia ganhar, mas isso era impossível. O desnível era efetivamente muito.
A fase final foi no Fundão.
Um dos momentos mais frustrante:
O jogo da final do Campeonato Nacional contra o Benfica em Luanda, onde com 4 segundos para jogar, com posse de bola e a ganhar por 1 ponto conseguimos perder. Lançamento do Simões do meio campo depois de uma violação do nosso Sérgio Carvalho, que também já nos deixou, violação que eu gostava de ver em filme para confirmar. Foto abaixo.
Época 1969/70 – Seniores
(Campeonato Nacional em Luanda – Vencedor Benfica de Luanda)
• Campeão Provincial Moçambique • Vice-Campeão Nacional
Em cima: Steven Delapp, Sérgio Carvalho, Mário Albuquerque, João Romão, John Hucks, Nelson Serra, Alexandre Franco (Treinador).
Em baixo: Fernando Martins, Fernando Fernandes, José M. Pinto Sousa, António Mora Ramos e Victor Morgado.
Quais os clubes que representaste? Em Moçambique o Sporting L. Marques (SCLM) e em Portugal o Sporting Clube Portugal (SCP), SLO Grundig, Estoril Praia, Clube TAP.
Os teus ídolos na tua modalidade de eleição? A nível nacional, entre os meus colegas de equipa e vários adversários, destaco o meu homónimo Mário Mexia
que foi meu “padrinho” na Seleção Nacional, numa eliminatória para o campeonato europeu em Madrid, tinha eu 17 anos.
Época de 1962/63
Campeonato Europeu em Madrid
Em cima: Mário Albuqerque, Reis Pires, Alfredo Neves, Eduardo Branco “Becas”.
Em baixo: Ip Chiu Ah, Sérgio Carvalho, Benjamim Ferro.
A nível internacional, o Michael Jordan
e a equipa do Boston Celtic da altura.
Outras modalidades que tenhas praticado? Andebol, Voleibol, Futebol de Salão e Futebol de Praia (aos domingos de manhã que era sagrado) e Ténis com os “madalas”, mas já em Portugal.
A modalidade que mais aprecias na qualidade de tele/espectador? Basquetebol, Atletismo, Automobilismo, Ténis e Futebol.
O teu clube do coração:
Em Moçambique? Sporting L. Marques (SCLM).
Em Portugal? Sporting Clube Portugal (SCP).
No estrangeiro? Real Madrid e Barcelona.
Escolhe três modalidades diferentes da tua, e elege o melhor atleta de sempre (nacional e mundial) em cada uma delas:
Atletismo – Carlos Lopes e Usain Bolt.
Futebol – Eusébio, Figo, Cristiano Ronaldo e Messi.
Basquetebol – Mário Mexia e Michael Jordan.
Qual a infraestrutura desportiva (pavilhão, campo, piscina, pista, etc.) que mais te impressionou ao vivo, no estrangeiro e em Portugal? Piscina do Desportivo L. Marques (GDLM), onde aprendi a nadar e o meu pai era sócio “quase” fundador deste Clube.
Um dia foi convidado por amigos a ir assistir a um jogo de Basquetebol onde no decorrer do mesmo descobriu que eu estava a jogar, a partir de aí ficou “habitué”.
Qual o teu hobby? Dar à língua, faço 40 Kms por dia de carro, claro, para conversar com “cocuanas” como eu, no restaurante-cafetaria “Papa Mais” em Oeiras. Moro em Lisboa.
Destino de férias preferido? Algarve. Para quê ir mais longe. Há melhor? não sei não.
Viagem de sonho que gostarias de realizar ou que já realizaste? Já fui a muitos países. Gostei das condições naturais da Tailândia, não gostei de outras coisas.
Uma cidade para viveres? Estou bem em Lisboa, mas gostava de ir para o Algarve para ter uma vida mais simples. Bem fez o Samuel em ir para a Figueira da Foz.
O teu canal de TV? Qualquer que tenha boas séries.
A tua estação de rádio? Smooth.
Um dos teus filmes preferidos? E tudo o vento levou.
Qual o teu ator/atriz predileto? Jack Lemon e Mathau e Lee Marvin.
O teu realizador de eleição? Steven Spielberg.
Qual o estilo de musica que aprecias? Suave.
Uma das tuas músicas favoritas de sempre? My Way.
Um livro que tenhas lido e te recordes? E tudo o vento levou (lembra-me qualquer coisa).
O teu prato predileto? Favas.
Elege um animal de estimação: Cão. Sempre tive um e eis a atual, a Kitty.
A tua cor preferida? Azul.
As tuas qualidades: Teimoso saudável.
Os teus defeitos: Teimoso obstinado.
Gosto de : Pontualidade, sinceridade.
Não gosto de: Desleixo e mentira.
Acontecimento pessoal que mais te marcou? Descolonização.
Acontecimento mundial que mais te marcou? Queda do muro de Berlin
e o 11 de Setembro.
Um sonho ou desejo pessoal? Nada de especial.
Citações favoritas:
Nós não somos aquilo que pensamos que somos, mas aquilo que os outros pensam que somos.
Em jeito de conclusão (responde sem pensares muito):
Se te saísse o Totoloto ou o Euro-milhões que não dispensavas ter?
Tenho o que preciso. Ajudava a família e amigos.
Como imaginas Portugal num futuro próximo? Estás otimista? Mal, não estou nada otimista.
O que dizem os teus olhos? O que sinto.
Dá a tua opinião sobre o www.BigSlam.pt:
É o sítio ideal para comunicação com pessoas que têm muito em comum.
Qual a rubrica do site que mais aprecias? Gosto mais de comunicar em presença do que em abstrato, mas reconheço que é muito útil. Tudo tem a ver com calibração do que fazemos.
Deixa aqui a tua mensagem para os leitores do BigSlam:
Kanimambo por me lerem e perdoem a pouca assiduidade.
O BigSlam agradece ao Mário Albuquerque toda a sua disponibilidade e simpatia em responder a esta entrevista.
Bem Haja!
Vejam o vídeo de homenagem do BigSlam ao Mário Albuquerque (concebido por Mário Silva): que hoje comemora o seu 80º aniversário. Parabéns Campeão!
- Hoje Mário Albuquerque, o “The Best” do basquetebol moçambicano comemora o seu 80º aniversário. Parabéns Campeão!
Texto atualizado em 28.03.2024
21 Comentários
Carlos Galvao da Silva
Parabens e que contes muitos mais Mario. Pura e simplesmente o melhor basquetebolista de sempre.
Um grande abraco aqui de Johannesburg.
Mário Grilo
Apesar de ter passado a data, é incontornável não referir a grandeza deste grande simbolismo do basquetebol português, que aliou uma fina qualidade a uma personalidade desportiva de grande mérito. Um SENHOR!
Para a História do Basquetebol português e de Moçambique, é uma figura que representa o que de melhor Portugal “produziu” A par de Carlos Lisboa da minha geração, são sem dúvida os melhores dos melhores, que tive a grata satisfação de assistir ao vivo naquele pavilhão do SCLM, com 6000 lugares, creio na altura o maior de Portugal.
Que recordações vivas deste que foi meu ídolo de sempre, embora não sendo sportinguista. Ficou-me uma marca indelével, daqueles jogos fantásticos, com o pavilhão a rebentar e os mais miúdos a serem autorizado a assistir sentados nas 4 linhas. A entrevista é fabulosa, trazendo à colação, memórias de Moçambique e da minha juventude, Liceu Salazar, Os livros do Fantasma, Museu Alvaro de Castro e tantas estórias dentro da História.! Diria que esta entrevista traduz muitas décadas de Moçambique. Muitos Parabéns Mario Albuquerque, algo atrasados e grato por tudo que trouxe para esta modalidade. Nunca privei com ele e fiquei ciumento :), por a minha mulher o conhecer bem, pois foi Chefe dela na CGD em Lisboa. Obrigado Big Slam pela entrevista e as inúmeras fotos, como dizia , parcelas importantes da história de Moçambique pré e pós Independência. A História não se pode observar deve reescrever e aqueles que adoram Basquetebol em Portugal, sentem que estas paginas são integrantes da modalidade . Parabéns e obrigado.
Carmen Ramos
PARABENS GRANDE MARIO ALBUQUERQUE! Nao tendo sido nunca adepta do Sporting nao era possivel nao admirar a grande categoria deste grande basquetista. FELICIDADES E MUITOS MAIS!! E obrigada Bg Slam por esta bela entrevista!
Nino ughetto
Olàà e dizer que conheci meio mundo Hoje com 80 anos como o meu irmào fizemos também 80 e 81 anos ele de 1943e 1944 28 de Março. Parabens a todos. aaaahhh o Mandraque o Fantasma e Tarzam. era os meus livros preferidos. um abraço;;;;
Carlos Laborde
Bela entrevista e excelente ‘balde’ de recordações tantos anos passados. Mário agradeço-te relembrares aquela juventude priviligeada que vivemos mesmo sem ter participado com a mesma intensidade que tu experimentaste. Nesta nossa fase da vida esta tua cândida narrativa reacendeu memórias da melhor juventude imaginável.
Um grande abraço
Laborde
josé carlos alves da silva
Parabéns Mário. Disseste tudo, muito bem descrito. Ficam as recordações, as saudades de tudo. Até um dia. Abração
ABM
Parabéns Mário
José Alexandre Bártolo Wager Russell
Parabéns para um grande senhor do basquetebol português. Muita saúde e tudo de bom. Abraço.
Carlos Guilherme
PARABÉNS grande Mário. Falta menos de 1 mês para eu te igualar.
Teu grande admirador
Carlos Guilherme
Augusto Martins
Parabéns pelo dia, que desejo ser cheio de saúde e felicidade para poderes, durante muitos mais anos, saborear as recordações dos sucessos que nos encheram de orgulho.
Grande abraço.
Arnaldo Vieira
Não tive o prazer e sobretudo não tive a enorme honra de falar (sequer) com o que, para mim (alguns anos mais novo), foi o maior jogador de basquete português (sorry Lisboa!) que jamais vi atuar. Polivalencia (base, poste, extremo, etc. etc. etc.), capacidade de liderança, muito bom a defender, melhor a atacar, completados (ou suportados?) por sobriedade, humildade, enfim, profissionalismo impares. Parabéns SENHOR Mário de Albuquerque e muitos e bons anos de vida mais pela frente. Arnaldo Vieira
minamartins@sapo.pt
Parabéns ao aniversariante. Não conheci, mas a gente da nossa Amada Terra merece sempre os parabéns de todos os que armaram aquela Terra.
Muitas felicidades e venham muitos mais com saúde e alegria. 🎉🎉🎉🎉
Luís Almeida
Podia dizer muita coisa sobre ti, todas excelentes, quer como o ENORME jogador de Basquetebol que foste (para mim o melhor de sempre em Portugal…) quer como o ENORMISSIMO ser humano que és, mas resumo isso dizendo que agradeço à vida ter-te conhecido e ter sido teu colega de equipa e teu amigo… OBRIGADO MÁRIO, POR TUDO E SERES QUEM ÉS….
LUIS BATALAU
CONHECI O MÁRIO ALBUQUERQUE E O NELSON SERRA EM LM E TOMEI ALGUMAS VEZES CAFÉ NO CONTINENTAL. ERAM EXCELENTES PESSOAS SUPER PRATICANTES DE BASQUETEBOL. APESAR DE EU SER DA ACADÉMICA. ERAMOS AMIGOS. UM ABRAÇÃO E MUITAS FELICIDADES
Luis 'Manduca' Russell
Parabéns ao aniversariante!, que não conheci pessoalmente, mas vi-o jogar e treinar em Lourenço Marques.
Em miúdos (sou 20 anos mais novo que o Mário Albuquerque), como o pavilhão do GDLM estava em obras e havia brechas nas paredes, nós passávamos para o lado de lá e íamos brincar e fazer tudo e mais alguma coisa nas instalações do SCLM (que, na nossa ideia, era um clube mais ‘rico’ que o nosso – até tinha um pavilhão coberto e um campo de futebol relvado e tudo…).
Já conhecíamos que o Mário Albuquerque como craque do basket. Agora, se houvesse dúvidas, através da maneira como se exprime por escrito, confirmamos que é uma pessoa inteligente, com um apurado sentido de humor. A propósito:
O pai Albuquerque foi uma figura incontornável do GDLM;
Onde aprendeu a nadar? no GDLM;
Quem o desafiou para o basquetebol? um colega do GDLM;
Qual foi o clube que o ‘rejeitou’? O GDLM;
Contra quem se estreou? o GDLM;
Quem desistiu e permitiu que fosse banquetar-se em Coimbra? O GDLM…
Enfim, por aí fora, não é minha intenção maçar as pessoas…
Ora, se juntarmos a isto a circunstância de se fazer acompanhar na vida por uma adepta do F C Porto, está tudo dito sobre a excelente pessoa que temos em presença!
Quanto ao nosso querido e saudoso GDLM, entre outras proezas, fica célebre por fabricar génios do desporto… ‘rejeitando-os’!
OBS: serve de atenuante para nós, alvi-negro(a)s que, naquela altura, não tinha sido ainda inventado o teorema/axioma/princípio do equilíbrio entre a qualidade e a quantidade. E, assim, como só se atendia à quantidade, quando o plantel estava completo, rejeitava-se… até vou investigar se o Fernando Adrião também foi ‘rejeitado’ pelo GDLM… huuummmm… pois se ele jogou tanto tempo no Malhagalene, sendo o pai o mentor do hóquei no Desportivo…
Saudações cordiais a todo(a)s!
Henrique Ferreira
Um Abraço Grande a um ser Humano Fantástico, a um Desportista de eleição, umAmigo que não se esquece.
Parabéns, Muitas Felicidades, Muita Saúde, e um Grande Abraço pelas 80 Primaveras.
Lacrau
Fernando Marques
Tive o previlégio de ter conhecido o Mário quando ainda era mufanita (sou o Fernandinho que ele refere na entrevista) e de vez em quando ainda nos vemos. Morávamos relativamente perto e embora mais novo, participei nas brincadeiras de miúdo que ele refere. O irmão dele, Luis Albuquerque, é um dos meus melhores amigos desde essa altura. Ao reler a entrevista revivi momentos fantásticos da minha juventude.
Correcção: Não era Babocas era Bobocas. Eram três irmãos infelizmente já falecidos: Fernandel, Manuel (Manel) e Bobocas sobrinhos da D. Adélia (explicadora) onde andou meio L.M.
António Santos
Excelente entrevista e que muito nos diz acerca da nossa vivência na maravilhosa cidade de Lourenço Marques. Mário, tu não só falas da tua vida mas tb da vida dos q te eram próximos e q nós tb conhecíamos, dos lugares, de tudo um pouco q fazíamos naquele “paraíso”, q só o valorizamos depois de o perdermos. PARABÉNS PELA TUA CARREIRA ÍMPAR DE BASQUETISTA, q a todos os laurentinos nos ORGULHA. Parabéns tb ao BigSlam. Muito obrigado a todos e até sempre.
Elisabete Miranda
Parabéns por esta excelente entrevista!
@Mário, foste o melhor chefe que tive em toda a minha vida! Lembras-te do Infocentro?
Tenho muitas saudades tuas (sabes que estou agora a trabalhar em Maputo?).
Vou a Portugal entre 13 de Abril e 20. Será que te posso rever?
Beijinho grande cheio de amizade
Elisabete
Rogério Machado
Fui colega uma época e meia no Sporting LM e depois adversário…
Era e acho, que ainda é um Senhor como jogador e principalmente como Homem (reparem no “H” maiúsculo)…
Sou seu fã de carteirinha desde sempre e me considero amigo dele (não sei se é recíproco… kkkk)
Enfim, minha admiração por ele é enorme…
Parabéns, Mário…! Vc é uma pessoa do bem!
DAVE ADKINS
Mário – entrevista excelente com fotos e artigos, especialmente a foto da malta de LM, a do Mário e do Bebé, lado ao lado, a acção de Cató e os jogadores de ténis – Mário, Rui, Paulo, Samuel. Adoro animais também (Kitty): a minha mascote se chama Holly,um Dalmatian. Obrigado por incluir a minha foto, a menção da nossa amizade e a foto do banco dentro do gimnasio (virgem) de Luanda em 73 (o campeonato marcado pela chuva) Ainda uso com frequência o dicionário de português-espanhol, o que me mandou de Lisboa. Khanimambo… abrações Dave A.