Leonel Santos… E o seu basquetebol de Globetrotter!
Por: Alexandre Ribeiro Franco
Ao convidar o Leonel para esta entrevista pensei de imediato no facto de ele ter sido meu jogador no Queluz, na altura em que um dos melhores basquetebolistas de Portugal, o Pratas, também fazia parte dessa equipa, e para a qual eu levei alguns dos meus jogadores de Moçambique.
Passados todos estes anos, nem me passou pela cabeça que o Leonel não concordasse em dar esta entrevista, até porque para além do excelente basquetebolista que foi, sempre o tive como um líder, uma pessoa muito vertical, a merecer a simpatia e o respeito de todos quantos os rodeiam. O facto de em Moçambique o Leonel Santos ter sido um dos “trunfos” a “abater” sempre que se jogava contra o Malhangalene, a verdade é que foi, para mim, um prazer muito Grande tê-lo como jogador da minha equipa no Queluz.
Bom, mas o importante neste momento é o Leonel Afonso Marçal dos Santos, por isso vamos ao que ele tem para nos contar, recordando nós que ele nasceu em Lourenço Marques, a 30 de maio de 1951 e é casado com Isabel Pratas Santos, com quem tem três filhos: Roberto, Erica e David.
Roberto e David formado em Farmácia, sendo que o Roberto trabalha numa farmácia próxima da sua Casa, é casado e tem um filho que também se chama Alexandre, e é o próprio Leonel que nos diz: “É verdade… E já vem outro a caminho, que nascerá em junho.”
“O David trabalhava numa farmácia em Almada, mas fartou-se disto e foi viver para Inglaterra. É atualmente o responsável da farmácia onde trabalha, numa cidadezinha a cerca de 300 quilómetros de Londres. A Erica é formada em Economia, trabalhava como Gestora de Clientes (já efetiva) no Banco Santander Totta, mas também deixou, para ir trabalhar e viver, mesmo em Londres. Trabalha na Agência da sede do Lloyds na City. Ambos estão muito satisfeitos na Inglaterra e isso é que é importante.”
Quisemos saber sobre a infância do Leonel, ao que ele nos respondeu:
“A minha infância foi ótima. Tive praticamente tudo e não me posso queixar. Os meus pais, que vivem atualmente no norte, em Caminha, deram-me tudo e, felizmente nada me faltou. Fui um estudante mediano, só com alguma vontade, mas deu para chegar ao ensino universitário.”
“Quando era muito novo, 5 ou 6 anos, vivia na Rua de Marracuene, muito perto do Pavilhão do Malhangalene.
Instalações desportivas do C. D. Malhangalene, hoje Estrela Vermelha.
Depois passei 6 meses em Portugal, onde ainda passei para a classe seguinte, numa escola algures em Belém. Depois, regressei a Moçambique, Lourenço Marques, onde passei a maioria da minha infância e adolescência.”
E como foi a tua adolescência?
“A minha adolescência foi ótima. Tinha um bom grupo de amigos e amigas, comecei a dar uns toques no basquete porque o meu irmão jogava no Malhangalene e eu ia para lá atirar umas bolas ao cesto quando acabava o treino dele. A Malta amiga era mesmo fantástica e verdadeiramente amiga, sem quaisquer outros interesses além da pura amizade. Fazíamos inúmeros “parties”, como então se chamavam por causa da África do Sul, I.e., os rapazes levavam as bebidas e as “miúdas” levavam a comida (bolos, pasteis, frango assado “à Moçambicana”, etc.). Íamos ao cinema quase todos os fins de semana. Tenho realmente muito boas recordações da minha adolescência.”
E passamos para o Basquetebol…
“Como disse antes, comecei a atirar umas bolas ao cesto por causa do meu irmão, que jogou nos infantis, juniores e, finalmente, nos seniores do Malhangalene e se chama Policarpo, mais conhecido por todos por “Poli”. Disseram-me que eu até tinha algum jeito para o basquetebol e devia começar a treinar a sério. Comecei com 13 anos (naquele tempo só se jogava oficialmente basquete a partir dos 14 anos, que eram os então denominados “Infantis”), pois deixaram-me treinar com a equipa de Infantis do Malhanga e aos 14 comecei a jogar “a sério”.
Época de 1964/65 – Infantis do Malhangalene
Campeões Distritais
Em cima: João Sousa (Seccionista), José Luis Dias, Leonel Santos, Avelino Ferreira, José Cunha (Treinador), António Ferreira “Toni”, Emundo Pereira “Chiveve”, C8?.
Em baixo: B1?, João Domingues, Pina, Fortunato Sousa, Cândido Coelho, B6?.
O meu 1º jogo oficial foi contra o Ferroviário, no campo descoberto do “Ferrovia”, como a Malta lhe chamava e lembro-me que ganhamos, mas não me recordo dos números finais. Joguei como “base”. É verdade, ainda joguei muitas vezes como “base/playmaker” e talvez tenha sido essa posição que me deu uma melhor visão global do jogo e do posicionamento dos meus Colegas que, mais tarde, me permitiu fazer umas “loucuras” nos jogos, tipo Globetrotter, que eu adorava fazer e isso é que me dava um gozo extremo.”
Quais as primeiras vitórias que te ficaram na memória?
“Tanto nos Infantis, como nos Juniores, Os maiores rivais do Malhangalene eram o Desportivo e o Sporting. Felizmente ganhamos a maioria das vezes e, por isso, fomos sempre campeões, nos 2 anos de Infantis e nos 2 de Juniores. Teve um sabor especial a final do 2º ano de juniores, disputada em Nampula, já no tempo da guerra colonial. O rival, como quase sempre, era o Desportivo e depois havia mais duas equipas da Beira que, felizmente, não davam muita luta. Ganhámos a final por poucos pontos (3 ou 4, não me recordo exatamente quantos) e foi uma loucura. Nessa noite, quando estávamos a festejar a vitória num restaurante de Nampula, ouvimos o matraquear de metralhadoras e ficamos todos assustados mas, felizmente, correu tudo bem. Depois viemos disputar o Nacional de juniores ao Porto e, pela primeira vez na minha vida (sinceramente), senti que fomos literalmente “arrumados” pela arbitragem, mas enfim…”
Época 1967/68 – Juniores
Campeão Distrital L. Marques • Campeão Provincial Moçambique
Em cima: Francisco Marques (Treinador), Avelino Ferreira, José Luis Dias, Leonel Santos, António Ferreira “Toni”, Chaves.
Em baixo: João Carneiro, Pina, João Domingues, António Paiva, Fortunato Sousa.
Quem foram os teus primeiros ídolos?
“Tive vários enquanto miúdo, mas quero destacar o Manuel Lima do Desportivo, que jogava na posição onde eu começara então a jogar (Poste/Pivot).”
Quem foram os teus treinadores?
“Comecei por ter como treinador um jogador da equipa de Séniores do Malhanga chamado José Cunha. Depois tive diversos, naturalmente; lembro-me do Juvelino e do Adam Ribeiro “Linda”, entre outros.”
Quais os treinadores que mais te marcaram?
“Em África, sem dúvida o Adam Ribeiro “Linda”, que até me levou a ler livros sobre basquete e, em Portugal, o Prof. Teotónio de Lima. Foram realmente quem mais me ensinou.”
Quais os feitos mais importantes na tua carreira?
“Além de ganhar todos os títulos de Infantis e Juniores em Moçambique, em Portugal ganhei inúmeros campeonatos e taças de Portugal. Recordo-me da 1ª vez que uma equipa Portuguesa eliminou uma equipa Inglesa na Taça das Taças, foi no meu 2º ano no S.L.Benfica. Foi fantástico. Também ganhámos na Luz aos Estudiantes de Madrid para o mesmo troféu, mas fomos eliminados lá, pela diferença de pontuação.
Época de 1972/73 – Benfica de Lisboa (S.L.B.)
A equipa famosa do S.L.B. por ter dado “100” (centenários) a todas as equipas do campeonato nacional (metropolitano).
“Feitos” pessoais, recordo sobremaneira dois. Um jogo no pavilhão da Luz, contra os Estudiantes de Madrid para a Taça das Taças, em que o Americano da nossa equipa (Pete Harris) ganha o ressalto e passa a bola, ainda no ar, para mim, que estava ao nível da linha do garrafão, mas chegado à linha lateral. Quando vi a bola vir para mim, estava de costas para o cesto adversário, mas vi pelo canto do olho um colega já a correr, sozinho, para o cesto do adversário e, como não tinha tempo de me virar, atirei-lhe a bola pelo meio das minhas pernas, a qual foi parar às mãos desse colega já quando ia no salto final (depois de duas passadas) para o cesto contrário. Ele apanhou-a e… encestou. Calculem a loucura que não foi naquele pavilhão da Luz (o antigo) superlotado (antes tinha havido jogo de futebol).
Época de 1973/74 – “Taça das Taças”
Benfica (SLB) vs Estudiantes de Madrid no antigo Pav. Da Luz. Vitória do Benfica.
Contaram-me depois que o treinador (Prof. Teotónio de Lima) tapou os olhos quando eu fiz o passe; a isso é que ainda achei mais graça. Numa outra vez, foi um jogo da Taça contra o Setúbal, no pavilhão deles, em que os passes de costas e outros me saíram tão bem (estávamos todos a jogar bem) que aos 5 minutos de jogo já estávamos a ganhar por 15 a 2 ou 3 e o Prof. Teotónio de Lima pediu um minuto só para nos dizer: “isto não é Globetrotter! Joguem basquetebol, pois foi para isso que as pessoas que estão na bancada pagaram bilhete” e prescindiu do resto do “minuto”. Estragou tudo, claro, principalmente o meu maior prazer em jogar basquete.”
Época de 1972/73 – “Taça das Taças”
Benfica (SLB) vs Racing da Bélgica (Antuérpia) no antigo Pavilhão da Luz. Vitória do Racing
Como jogador, quais os adversários (equipas e jogadores) que mais temias?
“Em Moçambique, enquanto infantil e júnior, foram o Sporting e o Desportivo. Recordo o Nuno Narcy do Desportivo, que era sempre um problema e no Sporting havia o Romão, que era “poste” como eu, mas um bom bocado mais alto. Como sénior e já no Benfica, gostei de jogar contra o Dale Dover do Porto e os irmãos Jones do Sporting (Kit e James). Também não posso esquecer o Killium, que jogou no Barreirense e que tinha sido profissional nos EUA (NBA). É de salientar que a mim, como “poste”, saíam-me sempre para defender os Americanos da equipa adversária. A equipa mais temida foi quase sempre o F.C.Porto; tanto quando joguei no S.L.Benfica, como no Sporting C.P., pois eu tive o enorme prazer de representar esses dois “grandes” de Portugal e ser campeão nacional em ambos, bem como ganhar também diversas Taças de Portugal.”
Fala-nos sobre as diversas Seleções que integraste…
“No tempo em que eu jogava, havia poucos jogos da Seleção. Ainda não tinha ocorrido o “25 de Abril”, que também na vertente desportiva abriu novos horizontes. Lembro-me da participação que tivemos como Seleção no Europeu de 73, na Hungria.
Época 1972/73- Seniores – Selecção Nacional Portugal
“Selecção Nacional para o apuramento do Campeonato da Europa – Hungria.”
Em cima: Carlos Santiago, António Pratas, António Encarnação, Jorge Araújo (Treinador), Rui Pinheiro, Leonel Santos, Joaquim Neves.
Em baixo: Augusto Baganha, Mário Albuquerque, Paulo Carvalho, Nelson Serra, Quen Gui, José Carlos Gomes.
Infelizmente de má memoria, pois não estávamos minimamente preparados para jogar com seleções daquele nível. Nem desportiva, nem mentalmente. Felizmente que, com o incremento dos jogos internacionais da nossa seleção, hoje em dia estamos muito melhores e já nos batemos de igual para igual com algumas seleções estrangeiras.”
Recorda-nos aquele ultimo “Nacional” em Moçambique, com o Malhangalene a sagrar-se campeão de Portugal.
“Foi o último Nacional com a participação das colónias. Ainda em Portugal o Dale Dover disse-me que já não íamos (SLB), por causa do 25 de Abril, que tinha acabado de ocorrer; felizmente fomos, mas o resultado não foi bom, nem a nível desportivo, nem a nível pessoal, humano. Foi ótimo o Malhanga ter ganho, já que não ganhou o SLB. Ganharam alguns dos meus bons Amigos de longos anos; não esqueço o Costa Leite, o Joãozinho e o Eustácio, só para nomear alguns.
Alguns elementos da equipa do Malhangalene – Campeões Nacionais da época 1973/74.
Eurico Gonçalves, José Cardoso, João Domingues, Eustácio Dias, José Costa Leite, David Carvalho e António Araújo.
Vi lá cenas que jamais esquecerei… O S.L.B. todas as noites, só tinha (e muito naturalmente) o apoio de 15 ou 20 marinheiros de Portugal que estavam lá de passagem. O 25 de abril mudou muitas mentalidades e então tinha acabado mesmo de acontecer (o Nacional foi cerca de 1 mês depois). Todos os Portugueses contra a equipa de Portugal e a mandarem-nos embora para Portugal… Foi mau, uma vergonha mesmo. Jamais esquecerei uma cena depois de um jogo, quando íamos a entrar no autocarro que nos levava ao hotel, uma senhora, já com alguma idade, começou aos murros (mesmo de punhos fechados) a bater no autocarro e a gritar para voltarmos para Portugal, pois aquilo já não era Portugal… Como é possível praticar desporto com um ambiente assim? Recordo também que, logo na noite em que chegámos a LM, eu tive de ir passear com o nosso Americano para o distrair, pois já estava chocado com o tratamento que viu dar aos negros em Moçambique, desde o aeroporto, às refeições e no hotel (eles é que faziam tudo). E depois muitos admiraram-se do nosso Americano não jogar nada… O Pete Harris era fabuloso, de tal maneira que, depois dos jogos com os Estudiantes de Madrid, já o queriam a jogar em Espanha. Em LM terá rendido 50% do seu valor como, aliás, quase toda a equipa dado o ambiente que nos rodeou, resultante do 25 de abril e de que poucas pessoas se aperceberam, tal era a euforia do momento por causa da Revolução.”
Época 1973/74
Três “moçambicanos” (Paulo Carvalho, Luis Gonçalves e Leonel Santos) e um americano USA (Pete Harris) que atuavam no Benfica de Lisboa (S.L.B.).
Ainda em Moçambique, recordo-me que existiram clubes em Portugal interessados em ti?
“Sim, sem dúvida, por isso é que eu vim para Portugal. Quem primeiro me contactou foi o S.L.B., para onde vim jogar, claro, mas também a Académica de Coimbra se mostrou muito interessada. E ainda antes de concluir o meu 1º ano em Portugal, Também fui sondado pelo Sporting. Mas já era “sina” vir para Portugal, pois 1 ou 2 anos antes, tive um convite para ir treinar, à experiência, como guarda-redes (sim, de futebol) do… F.C. Porto. Isto porque durante o “defeso” do basquete, a malta jogava futebol nos juniores do Malhangalene e alguém achou que eu tinha condições para tal; mas eu gosto é de basquetebol.”
Descreve os companheiros de equipa com quem mais gostaste de jogar.
“Em Moçambique foram o João Domingues e o Avelino. Combinávamos muito bem; parece que adivinhávamos o que o outro ia fazer à bola, ou para onde a ia passar; daí a espetacularidade do basquete dos “miúdos do Malhanga”, onde jogávamos “à Globetrotter” (passes pelas costas, por debaixo das pernas, etc., etc., etc.). Soube de muita gente que começou a ir ver jogos de basquetebol por causa desses “miúdos do Malhanga”.
Época 1970/71 – Seniores
Em cima: Juvelino Pereira (Treinador-adjunto), C2? (Massagista), Oliveira, João Fróis, José Armindo Caetano, Leonel Santos, António Ferreira “Toni”, Adam Ribeiro (Treinador).
Em baixo: José Cunha, Avelino Ferreira, João Domingues, Carlos Gaspar “Mochina”, B5?.
Em Portugal, com o Zé Alberto, Joaquim Carlos, Júlio Campos e Artur Coelho. Fui muito bem recebido quando cheguei ao Benfica e trataram-me mesmo muito bem. Foram fantásticos, toda a equipa. Apoiaram-me imenso e ajudaram-me a ultrapassar a mudança que a minha vida teve então, quando eu tinha 20 anos.”
“A minha vinda para Portugal foi a melhor coisa que me podia ter acontecido. Também desportivamente. O basquetebol era então muito diferente. Em Portugal dá-se muita importância à defesa, o que não sucedia em Moçambique. Felizmente e com o total apoio dos meus colegas do Benfica, consegui vencer e fiquei muito contente com isso, naturalmente. Conforme referi já antes, ganhei inúmeros campeonatos e Taças de Portugal no Benfica e também no Sporting e ainda ganhei uma Taça de Portugal pelo C.A.Queluz.”
Época de 1971/72
1ª Taça de Portugal conquistada por Leonel Santos /SLB
“A minha vinda para Portugal tornou-se polémica, porque a Académica de Coimbra, através dos seus representantes em LM, não cumpriu o acordado depois de já me ter entregue o bilhete para o voo (o exame oral que tinha de fazer para passar, era em casa dum professor e num sábado, pois o voo para Lisboa era no dia seguinte, domingo e ele não estava em casa nesse sábado… “tinha ido passear para fora com a família”, segundo nos disse o empregado que nos atendeu; na realidade a minha ida já estava a ser muito falada nos jornais). Como o representante do Benfica teve conhecimento dessa situação, propôs-me de imediato que fosse, pois já lhe tinham dito de Lisboa que pagavam o preço do bilhete à Académica. E na realidade, conforme exigi, só assinei pelo S.L.B. depois de terem pago à Académica. Quero salientar ainda que o S.L.B. foi o clube que primeiro me contactou, mas dada a oferta da Académica incluir um curso universitário, optei por esta, apenas por esse motivo, pois a carreira de basquetebolista não dura para sempre.”
Hoje, ao olhares para todo um percurso de vida desportiva, o que recordas com maior saudade?
“Saudades, saudades, confesso que não tenho, sinceramente, mesmo nenhumas. Foi bom enquanto durou, mas acabou. Ponto final. Saudades só de alguns, muito poucos, verdadeiros Amigos que ficaram daquele tempo.”
“Atualmente estou reformado de uma carreira bancária, ou melhor, na pré-reforma, pois ainda não tenho idade para me reformar. Os meus principais passatempos são tratar o jardim, podar as flores e árvores de jardim, cortar a relva, navegar na Internet, ler (acabei há pouco de ler “O Último Segredo” de José Rodrigues dos Santos),
ver filmes (adoro cinema, principalmente filmes de suspense e mesmo de terror e também comédias românticas), brincar com os meus cães (tenho 3 pastores Alemães), com o Óscar, que é o meu papagaio que diz muitas asneiras (assim é que tem graça, dizem os meus filhos) e, no verão, dar também uns mergulhos na minha piscina. Por vezes vou tomar um café aos centros comerciais mais próximos (Forum Almada e Rio Sul – moro na Aroeira, Costa de Caparica), vejo as montras, faço algumas compras e, por vezes, almoço lá.”
Leonel Santos num momento de relax em sua casa.
“A minha mulher, Isabel Pratas Santos, também foi campeã nacional de basquetebol e foi da seleção nacional. Ela ainda está ao serviço, pois é um pouco mais nova que eu. Claro que o basquetebol foi o “elo de ligação”.
Tal como aconteceu entre tantos que agora se deliciaram com a leitura desta entrevista, o Basquetebol também foi o elo de ligação.
Da minha parte só me resta agradecer ao Leonel por através das suas respostas recordarmos bons e velhos tempos. Um abraço.
3 Comentários
comandos COBRAS (10a Companhia)
Desculpem-me a pergunta! Este António Pratas é o basquetebolista a quem dedicam o torneio?
Estive 2 anos com ele no Cabo Delgado e nunca tive o previlegio de o ver jogar basket. Jogava bem o futebol de salão. Grande craque. A ultima vez que estive com ele foi em 2000 num convivio de comandos em Lamego. Mais tarde fui informado de que tinha falecido em 2007. Grande amigo e uma enorme perda.
Carlos Hidalgo Pinto
Oi Leonel. Lembro-me de num campeonato inter-turmas, termos ganho uma final escolar do escalão16-17 anos, creio. A equipa era constituída pelo Leonel Santos, o Zé Arruda, Carlos Pinto, um irmão do Paiva e pelo Zé Castro. A táctica, segundo o Zé Arruda, consistia em dados momentos, em lançar a bola; se a bola ia para ressalto ele (o Arruda) ou o Leonel se encarregariam de a colocar, de seguida, dentro do cesto. O adversário? Era uma turma onde jogavam o Sérgio Albasini, o João Domingues e outros. Resultado: ganhámos. Eram momentos de alegria, pois éramos jovens, a tactear e a desvendar a realidade. O José Rodrigues esquece-se de uma coisa muito importante. Na final de Nampula, o Desportivo jogou contra uma equipa muito forte psicologicamente. O Malhangalene era uma equipa de bairro, muito unida e solidária. O ultra-rotações ou o Cooper S do Malhangalene, era o João Domingos que jogava de olhos fechados contigo. Entretanto, o Desportivo foi o campeão distrital desse ano! Foi uma boa final. Bons tempos. Um abraço para ti,ex-colega de turma. Do ex-esfanhana, Carlos Pinto.
Nuno Narcy
Alô Leo,
Graças ao Franco, finalmente tenho notícias tuas.
Óptimo recordar as nossas épocas de infantis e juniores, mesmo como adversários. Especialmete aquela final de juniores em Nampula em 68.
Recordo-me que estivemos perto de nos tornarmos colegas de equipa, quando por volta de 70/71 estiveste “a um passo” de te transferires para o Desportivo.
Sinto-me honrado por te teres lembrado de mim.
Aquele abraço e vai dando notícias.
Nuno Narcy