O tempo passa, mas ficam as memórias…
Por José Russel
Por José Russel
O tempo perguntou ao tempo
quanto tempo o tempo tem.
O tempo respondeu ao tempo
que o tempo tem tanto tempo
quanto tempo o tempo tem.”
Pois é. Para uns o tempo passa “a correr”, e para outros “muito devagar”.
Nos meus tempos de juventude e de escola, quando no tempo de aulas achava que o tempo nunca mais passava. Que as aulas nunca mais acabavam e o toque para o intervalo ou para a saída estava a demorar uma eternidade. Muitas vezes também dependia de que aulas se tratavam.
Hoje, mais velho, o tempo “passa a correr”. “Já é outra vez sábado?”. “Já estamos outra vez no Natal?”. E a falta de cabelo, ou os cabelos brancos, a barriguinha um tanto mais volumosa, as dores nos ossos, eu sei lá, muita coisa própria do tempo e do envelhecimento.
Mas, existem sempre memórias que nos veem à memória ao ouvirmos ou vermos imagens dos tempos idos. E assim é, com as fotos que abaixo publico.
Um lugar para mim, e para alguns colegas e amigos de escola, a pastelaria Colmeia, sita na antiga Av. Augusto Castilho, era assim como um lugar “icónico” por se tratar do nosso local de estudo. E não só. Por norma combinávamos ir estudar, mas nem sempre era tanto assim. Umas vezes mais conversa que estudo, ou mais comezaina que outra coisa. Recordo também que por cima da referida pastelaria, morava gente conhecida. Hoje pelos vistos (e estas fotos são recentes) não é mais a tal pastelaria. É muita grade de proteção.
Quase ao lado era uma cervejaria de nome Flor das Avenidas, situada na esquina da Av. Augusto Castilho e a Av. 31 de Janeiro. Essa não era por nós frequentada, pois era mais cerveja, copos de vinho, ou bagacito, e nós naquelas idades era mais sumo, ou Coca Cola. Hoje é uma Pizaria.
E assim se mudam as coisas, enquanto o tempo passa. Mas ficam as memórias…
13 Comentários
Nino ughetto
Tudo passa ,tudo acaba..Para mim “recordar é morrer”As saudades ? Nada muda, so tristezas do que se viveu num lindo e maravilhoso Paiis .Hoje ?? puff… no coments
José Alexandre Bártolo Wager Russell
É verdade Manuel Terra .Como frequentávamos a Colmeia raramente ia à pastelaria Liz. No entanto os seus scones eram reconhecidos pelo tamanho. Recordar é viver. E enquanto tivermos memória para isso, há que a preservar. Abraço.
Manuel Martins Terra
Lugares tão comuns que faziam parte do meu quotidiano, e boas recordações da Pastelaria Colmeia, e sa sucursal da mesma, no caso a pequena Pastelaria Liz, onde eu e os meus colegas da EIMA, comiamos uns avantajados skones. Este espaço achava-se na Av. J. Serrão, quase junto ao cruzamento com a Av. Augusto. José Russel, deves estar lembrado?Bons tempos, e parece que ainda foram ontem e que recordamos com muita saudade.
Octávio Neves
Eu morava ao lado da colmeia no andar que hoje dizem existir um notário. Pelas fotos parece me ser onde num 1.andar está a janela gradeada.
Na colmeia bons bitoques a 2,5 escudos. Tempos que já lá vão e que não voltam mais. Ficam de facto as memórias cada vez mais desvanecidas.
António Pinto Mendes
Para mim, que morava na Pinheiro Chagas (hoje, se não me engano, a Eduardo Mondlane), nos meus tempos de liceu, o local de estudo (e não só…) era mais o Safari, na 24 de Julho, depois da Pastelaria Princesa.Mais tarde, já no IILM, passou a ser a Casa das Beiras, onde à noite, com o Jorge Neves e o Paulo de Carvalho, passávamos a limpo os apontamentos do dia, enquanto a memória nos dava uma ajuda a decifrar os “hieroglifos” escritos à pressa durante as aulas…Já no final do curso, passeia frequentar o Manuel Rodrigues, com o Inocêncio Pereira, o Fausto Madeira , o Peliquito, o Peixe, o Chan Jee Quim, onde no intervalo do cinema, intervalávamos o estudo para descansar a vista com outras “vistas”… Isto para não falar no velhinho Scala, especialmente aos sábados e domingos de manhã, com aquela agitação magnífica da grande cidade que era a “nossa” LM!
Bons tempos que, sem dúvida, nos deixam uma SAUDADE enorme!!!
Kanimambo Russel por nos teres feito reviver esses tempos!
José Alexandre Bártolo Wager Russell
António Pinto Mendes, de facto as várias pastelarias (uma mais que outras, e mais aquelas que estavam mais perto da morada de cada um, ou pertos das escolas) serviam para juntar grupos de estudantes para estudar, e não só. Como se dizia “para se limpar as vistas”. Abraço.
Brito Gouveia
Na minha juventude morei muito próximo deste local. Está tão diferente!… Até parece que estamos agora num país sem lei, nem ordem. É o salve-se quem puder!?…
Sabbir Seedat
A minha rua Augusto Castilho
Salvo erro os Donos da Colmeia tinham aberto primeiro uma pequena pastelaria na JSerrão.
LUIS MANUEL ANDRADE RODRIGUES BATALAU
Olá Amigos
Não era um local que eu frequentasse. Mas lembro-me bem da Colmeia. Frequentava mais a Princesa, dado morar perto e frequentar a Faculdade de Medicina. Abração
Armindo Marques Matias
A Pastelaria Colmeia mudou-se para Castelo Branco. Um empregado da Pastelaria Colmeia, em Lourenço Marques, estabeleceu-se em Castelo Branco onde criou a Pastelaria Colmeia que ainda se mantém como estabelecimento de referência, neste sector de atividade.
José Alexandre Bártolo Wager Russell
Armindo Marques, folgo em saber que alguém quis continuar cá A Colmeia. Não sabia. Abraço.
Fernando B Lima
Nossa rua e redondezas …
António Neto
Verdade, tem mudado muita coisa, quase tudo e para pior. Saudações