Já morei no paraíso… África do lado do Índico…
Por Rogério Machado
Das chuvas de Verão de encharcar o corpo, alma e nem só…
Dos melhores e mais belos “pôr do Sol” do mundo…
Do camarão e caranguejo grandes e saborosos…
Da castanha de caju, maçarocas e do amendoim torrados e comprados na rua…
Das esplanadas e cafés, onde se “engolia” cultura em prosas de não acabar mais…
Da ameijoa embalada em latas de 5l e cantadas pelas vendedoras nas ruas, como… “É..mi..joé…!
Das mamanas e tombazanas com suas capulanas, carregando seus filhos da melhor maneira, que o mundo até hoje, já viu…
Do mar de águas quentes e areias brancas…
Das melhores cervejas do mundo… Manica… 2M e Laurentina… nem a Skol sobreviveu a estas!
Da “Catembe”… “Pênalti” e “Tricofaite”…
Da cidade mais linda, que o mundo já viu e que expirou, num esgar de dor, choro e lamentos… Lourenço Marques!
Desta cidade e suas avenidas rectas e perpendiculares, com acácias e jacarandás a cada 3 metros e que na Primavera, transformavam a cidade em jardim… plantado à beira-mar…
De correr atrás do machimbombo lotado e pegá-lo no corrimão da porta traseira, ficando empoleirado…
Duma baía farta… não fosse do Espírito Santo!
Das gentes, de todas as raças e credos… peles brancas… um pouco mais bronzeadas… negras… marrons… avermelhadas… de olhos abertos… de olhos quase fechados… todos misturados no afã da vida corrida… todos “Coca-Colas”, palavra usurpada ao conhecido refrigerante…
Do “Vimto”, já agora, que vendia mais que a própria Coca-Cola, no único lugar do mundo onde esta, por vezes, era batida em vendas…
Dos embondeiros, ou baobás, mais pró norte, com seus frutos secos e troncos “astronômicos”…
Do basquete, às Quartas e Sábados, como não?
Da falta, que ninguém sentia de… TV…!
Dos restaurantes e cervejarias e suas especiarias e especialidades…
Das cervejarias e seus “tira-gosto”, que acompanhavam as bebidas e no preço destas… tremoços… ameijoas… dobradinha e até houve o tempo do camarão …
Das matinês e filmes noturnos, inclusive os depois da meia noite… pra maiores de 17 anos!
Do respeito e educação (nem sempre…), que existiam nesses tempos…
Enfim… dum tempo, coisas, pessoas e lugares, que já NÃO existem mais! Quem viveu… viveu! Quem não viveu… não viverá jamais!
Eu fui um felizardo…! Já morei no Paraíso! Era lá o lugar!
36 Comentários
Maria Bettencourt
Recordo e vivo todas as coisas que senti vi e vivi no
Paraíso
E não me canso de reviver
Vasco Abreu
Grande abraço, Rogério, este texto equivale a um cesto de três pontos, ou melhor, 4⃣!
João A, Pereira
Cidade mais linda do mundo? Talvez não. Mas a mais bela e moderna de África… Isso não é exagero! Eu tive a felicidade de andar por lá em 1970 (para compensar as angustias duma guerra sem sentido) … Respirar aquele ar leve e quente, cheirando a frutos tropicais, e saboreando os sumos e batidos de manga, papaia…
Não nasci em Lourenço Marques, nem sequer em África… Mas essa linda terra colou-se-me à pele e nem os anos, nem os banhos do Atlantico, nas praias de Portugal, (essa sim, a terra mais linda do mundo) conseguem apagar.
Quem destruiu o Paraiso? Não foram negros nem brancos, nem portugueses, nem moçambicanos. Foi a política , foi a Guerra Fria, foi a Rússia… e com a ajuda
dalguns brancos… Porque é que o Almirante Vitor Crespo destruiu os ficheiros da Pide ( Moçambique)? Agora mais vale nem saber… Já voltei uma vez a Lourenço Marques depois da Independencia… Foi um desgosto! Mas todos os negros com quem viajei me diziam. Porque é que os portugueses não voltam? As feridas sararam, não há rancor. Venham ajudar-nos a reconstruir este belo país
Rogério Machado
Gostos não se discutem, amizade… kkkkkkk
Na sua análise, vc errou uma coisa… Guerra fria, está certo, a Rússia implantar, só como segundos, pois a primeira foram os USA com FNLA em Angola e Frelimo em Moçambique. A Rússia entrou, DEPOIS em Angola com o MPLA e em Moçambique “virou” matando Mondlane para Frelixo… esclarecido?
João Marino Gomes
Lourenço Maques, a mais bonita cidade do munso, foi aquela que me viu nascer e de lá saí com 26 anos, com o coração apertado, porque toda a família veio para Portugal. Conheço bem a cidade, arredores e outras cidades, e tendo concluído o curso de Perito Contabilista, como então se chamava, no Instituto Comercial de Lourenço Marques e a licenciatura em Economia na Universidade de Lourenço Marques, tendo sido professor na Escola Comerial e no Instituto Comercial e trabalhado como contabilista na Somopo, Sociedade Moçambicana de Pontes, Lda.
Morei na Polana ao pé do Piripiri e posso dizer que vivi no paraíso terrestre, embora na altura não desse valor a essa riqueza. A minha cidade tinha tudo bom, o clima, a comida, o convívio, as praias, as pessoas, as casas, os jardins, os restaurantes, os cinemas, os bares, as festas, enfim e tudo o resto.
Hoje a cidade já não é a mesma e espero que em breve possa por lá passar uma férias para verificar “in loco” as diferenças entre o ontem e hoje.
A todos os amigos, colegas, conhecidos e outros um grande abraço
Luis Bossa
Traduz aquilo que é Moçambique, e as suas famosas cidades e aquilo que é o seu povo.
Rogério Machado
Concordo, com o exagero da cerveja… kkkkkkkkkk…! Mas, serviu pra realçar, que… talvez não quiséssemos melhor do que tínhamos? Acho, que sim… até hj essas cervejas são disputadas por nós… os antigos de lá, como troféus( me incluo!)…
Quanto à “Catembe”… aaaah, mas vamos brigar (na boa, hein?). Gosto de vinho, sim, simples! Aprecio imenso! Mas falar mal da minha preferida, mais do que todas, “Catembe”… não vale! kkkkkkkkkkkkk… abraço! Ambanine… Kanimambo!
António Henrique Alves Monteiro
Como me doeram as mensagens, os comentários da terra que a todos nós nos marcou e, que nessa marca criou uma inveja tão grande que não conseguia dissipar o ódio que nos era votado por uma dúzia muito grande de capangas mesquinhos, vis que na sua maneira peculiar de nos tramarem, inventaram tudo em ais alguma coisa, mas continuando a usufruir das benesses que gozavam mentindo. Aqueles que se incomodavam com a verdade nossa fazendo tudo e mais alguma coisa para a deturparem, fazendo prevalecer a deles. Aqueles que nos batiam nas costas simulando amizade, aquilo que eles nunca tiveram, aqueles que além de nos venderem, nos vendiam os seus dinheiros a 300 ou 400 por cento, permitido pelos seus superiores, aqueles que por se sentirem pequeninos, em tudo, massacravam-nos na imprensa internacional, passando eles por inocentes, briosos estúpidos da desgraça que nos provocaram… e, no fim continuam sorrindo da miséria que criaram para o seu próprio país… Portugal. Que teve três frentes de guerra, mas quando essa fatídica data se deu, possuia 835 toneladas de ouro, fora dinheiros nos cofres da Fazenda Nacional, que nunca andou até essa data percorrendo a Europa de joelhos e mãos estendidas pedindo esmola…E, hoje continua sendo a vergonha encoberta dessa Europa que se diz Unida!!!! E, eles lá convencidos que tinham corido com o colono luso, acabaram por serem espizinhados por esses que lhes andaram a mentir, os Russo e os Chinas, aqueles que hoje os manipula colonizam e comem tudo até ao osso´.
Joaquim vieira
Cheguei a Nampula em 1962. Fui para o Xai Xai em fevereiro de 1963 . Fui para Lourenco Marques estudar no liceu Salazar de setembro de 63 até julho de 65 .
Trabalhei no observatório Campos rodrigues como observador meteorológico até 1967.depois estive em Boane em 1967 e depois no STM localizado dentro do Batalhão de Engenharia , como chefe do radiotelefone militar . Em 1969 fui para Nampula também como chefe do rádio telefone que estava localizado quartel general.em Fevereiro de 1971 fui chefe de compras armazéns e logística da Comoanhia Vidreira na Machava . Em Janeiro de 1975 vim para Portugal com mulher e dois filhos . A minha mulher era técnica de análises clínicas no banco de sangue no hospital miguel Bombarda .
A independência de Moçambique era inevitável e só a nossa ignorância política nos impediu de ver o que ia acontecer . Claro que Portugal é duplamente culpado e MARIO Soares e Otelo , sobretudo este entregaram TUDO no acordo de Lusaka a Moçambique sem cuidar dos interesses dos portugueses em Moçambique ao contrário do que aconteceu noutras colónias da França , Inglaterra etc
carlos
morei em moçambique em várias cidades……..
embora as pessoas acham que temos a mania….não é mania é que embora fosse português era outro mundo em que vivemos.
saudades é o que tenho para dizer e por causa de 2 políticos que não vale a pena mencionar estragou a vida a milhares de portugueses.
Francisco de Noronha e Távora
É muito difícil esquecer-se__mesmo em fingimento, ainda que involuntário__ da beleza arquitectónica da Igreja de Santo António da Polana , de vias rodoviárias importantes e “majestáticas” como as Avenidas da República e Pinheiro Chagas (também conhecida por “Pinheiro Choques” ) , do movimento permanente e estonteante dos guindastes do Cais Gorjão e da “sua” sempre “buliçosa” Ruia Major Araújo (também designada “Rua do Pecado”…), da Sé, da majestosa e imponrente estátuan equestre de Mouzinho de Albuquerque, do Museu Álvaro de Castro (uma autêntica encilopédia da história da natureza), dos aquartelamentos da rua de Nevala, do encanto acolhedor do viçoso Jardim Vasco da Gama, das tertúlias do “Scalla”, da “magia” e “encantos” do bairro de Ximpamanine, dos excelentes, e alegres, momentos musicais sempre proporcionados pelo saudoso João Maria Tudella (nome artístico de João Maria de Oliveira Pegado de Bastos Carreira) e por Romão Felix (“Parafuso”), do imenso talento musical do “grande” Maestro Artur Fonseca e do “seu” Rádio Clube de Moçambique, e…de tantas coisas “boas” que até já não cabem no nosso vasto, e por vezes infinito, imaginário !!!
Manuel Martins Terra
A cada frase e referências, brotam dentro de nós recordações que nos levam a um tempo inesquecível, passado naquela cidade de encantos, onde o dia a dia era vivido intensamente, e sempre com o pensamento virado para o futuro. Jamais nos esqueceremos de um paraiso, chamado Lourenço Marques. Um abraço.
Augusto Martins
Simplesmente: PARABÉNS . OBRIGADO.
Victor Pinto
Saudades dos 16 anos que vivi em Lourenço Marques, de 1943 a 1959, era um paraíso…
JP
Considerar as cervejas moçambicanas das melhores do mundo… é um pouco de exagero e excessiva boa vontade… Quanto à “Catembe”, era estragar Coca-Cola e estragar vinho tinto… Relativamente ao resto, tudo bem. Era, de facto , uma cidade maravilhosa onde tive a sorte de passar os primeiros catorze anos da minha vida. Pena que o processo da independência tenha sido sabotado, tanto pelas forças do leste, quanto pelas das do ocidente. Essa terra merecia melhor sorte.
Rogério Machado
Concordo, com o exagero da cerveja… kkkkkkkkkk…! Mas, serviu pra realçar, que… talvez não quiséssemos melhor do que tínhamos? Acho, que sim… até hj essas cervejas são disputadas por nós… os antigos de lá, como troféus( me incluo!)…
Quanto à “Catembe”… aaaah, mas vamos brigar (na boa, hein?). Gosto de vinho, sim, simples! Aprecio imenso! Mas falar mal da minha preferida, mais do que todas, “Catembe”… não vale! kkkkkkkkkkkkk… abraço! Ambanine… Kanimambo!
Maria josé Oliveira
É verdade vivíamos no paraíso e não sabíamos!!!
Que saudades dessa cidade maravilhosa. Recordarei-a toda a vida
Rodolfo Paixão
Era um paraíso e não sabia.
Fui filho de um ferroviário e neto de farmacêutico.
Percorrido nesse tempo muita linha ferroviária , que tinha como estação central a estação dos CFM de Lourenço Marques que terminava em Ressano Garcia.
Outra a da Moamba que seguia para Goba e outra para Moatize e lá ia eu de estação em estação.
Belos tempos que ficarão na memória que nunca irei esquecer, terra quente terra de chuva e terra de muito boa comida , uma bela combinação das várias etnias que dinamizou Moçambique ,restam recordações, ambanine inte mundzuco.
Dulce Gouveia
Vivíamos no Paraíso e não sabíamos…….ninguém nos poderá tirar isso!
Parabéns ao autor!
Mário de Almeida
Mas que lindo poema !. Deixa pena quando acaba. E diz tudo o que quem conheceu, diria.
Fiz tropa no norte, mas como tive a sorte de ter familiares em Lourenço Marques as minhas férias foram passadas na capital e ainda recordo o tempo que lá vivi.
África entranha-se de tal modo que nunca mais sai de quem por lá passou. Já voltei a Maputo em viagem turística parta matar saudades e ficar triste com algumas coisas. o “Monumental” já não é o que era, as ruas sempre lindas com o nome gravado na borda do passeio (nunca vi noutra cidade) precisam de manutenção para tapar alguns buracos, mas valeu.
Muito obrigado pelo texto
jose alexandre russell
Verdade, verdadinha. Belo texto. Parabéns Rogério.
António José Correia de Almeida
Como Moçambicano que sou há 71 anos faço minhas as tuas palavras e só tenho só mais uma palavra.
S A U D A D E
Eduardo Meixieira
MOÇAMBIQUE, terra africana que me acolheu quando nasci, viu-me crescer percorrendo os seus vários distritos, ensinou-me a viver, a apreciar a natureza, a amar os povos, a respeitar os animais, as plantas, os rios, lagos e praias. Viu-me a descobrir o amor, acolheu os meus filhos e, viu-me também a ser traído e ter que abandonar o seu regaço!!! Saí a 08 de Novembro de 1977 e jamais lá voltei! Contudo, continuo a manter amizades dos que comigo cresceram, estudaram, lutaram e trabalharam. Alguns já partiram, mas seus filhos e netos, mantém viva a memória desse grande País!!! O meu Kanimambo!
Eduardo Meixieira
MOÇAMBIQUE, terra africana que me acolheu quando nasci, viu-me crescer percorrendo os seus vários distritos, ensinou-me a viver, a apreciar a natureza, a amar os povos, a respeitar os animais, as plantas, os rios, lagos e praias. Viu-me a descobrir o amor, acolheu os meus filhos e, viu-me também a ser traído e ter que abandonar o seu regaço!!! Saí a 08 de Novembro de 1977 e jamais lá voltei! Contudo, continuo a manter amizades dos que comigo cresceram, estudaram, lutaram e trabalharam. Alguns já partiram, mas seus filhos e netos, mantém viva a memória desse grande País!!! O meu Kanimambo á equipa BigSlam!!!!
ARMINDO AUGUSTO MARTINS GOMES.
Vivi em Moçambique 10 anos maravilhosos .Conheço MOÇAMBIQUE desde NIASSA( VILA CABRAL- LICHINGA) até LOURENÇO MARQUES (MAPUTO) .SAUDADES IMENSA. Desejo ao Povo Moçambicano muitas felicidades e um Futuro melhor. Um Abraço .
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Mário Xavier Melo
Perfeito conheço o Paraiso do ROVUMA ao Maputo.
Carlos Guilherme
Lourenço Marques = Felicidade. Verdade que também eu vivi. Minha terra, sem par. Ainda bem que lhe mudaram o nome para eu conservar a sua memória e não chorar de saudade. Kanimanbo!
António Alberto Isaac da Mata de Oliveira
Carlos Guilherme,
Sou do teu COM, EAMM, Boane, 1969/70.
Ouvi-te no São Jorge da Beira, muito antes de irmos para a “tropa”. Serviço Militar Obrigatório.
Nunca esquecerei do nosso COM, o teu sorriso alegre, a tua ajuda, amizade.
Foste para Mecanhelas.
Sei que já não te lembras de mim, contudo, venho desejar-te, assim como à tua esposa, filhos e netos, muitas felicidades, o melhor que a vida nos possa trazer.
Mata de Oliveira
Júlio Gil Agostinho
E muito mais havia pra lembrar. Todavia a síntese é notável. Nasci em Lourenço Marques em 1930 . Vivi na Machava, Lumbo e Lourenço Marques na Vila Patek, na Vila Gorjão, na praça Mac Mahon, na COOP e na rua general Botha . Frequentei a Escola Correia da Silva e o Liceu, que aínda se chamava 5 de Outubro. Joguei Basket nos Infantis do Ferroviário em 1945.
Eduardo margarido
Parabens ao escritor deste lindo e saudoso tema
Sim é mesmo verdades tudo aquilo qu foi escrito e ainda o que não foi pois é da conta de cada um mas o principal está lá pois seria preciso um grande livro para dizer ou contar a história de tantos anos e tantas pessoas, muitas terras e muitas gentes e até Climas diferente.
Vivi na Beira e Lourenço Marques, só tenho uma palavra para descrever esta vivência
S. A. U. D. A. D. E
Eduardo Margarido
Manuel
Não poderia descrever melhor. L Marques ficou-me no coração, ou melhor todo o Moçambique que fiquei a conhecer bem. Saudades enormes
José Carlos
Como bela era, eu que conheci de Lourenço Marques a moeda passando pela beira, quelimane, nampula e outras, ainda choro sempre. Um grande abraço ao autor. Muito bem escrito.
Arnaldo Pereira
Belo texto. Dou os meus parabéns ao autor!
A mais pura verdade. Eu também fui um dos felizardos que viveram no (nesse) paraíso…
E muito mais haveria para dizer sobre tão maravilhosa cidade e país (as gentes moçambicanas – independentemente do distrito em que vivessem – tinham o mesmo grau de afabilidade e simplicidade), com as suas praias, a gastronomia, as paisagens… enfim, tudo o que de bom se poderia exigir duma boa vida, pois tínhamos (mesmo) de tudo!!!
E para finalizar, também estou de acordo com a expressão utilizada:
«Quem viveu… viveu! Quem não viveu… não viverá jamais!»
Ricardo Quintino
Saudades imensas de Lourenço Marques, capital do meu País no outro lado do tempo, passados que são os 48 anos da diáspora a que fui forçado enfrentar.
Manuel Martins
Vivi e nasci. Sem dúvida o paraíso que se transformou num inferno por vontade daqueles que queriam fazer homens livres, que não passam de escravos de alguns da sua cor.
josé carlos alves da silva
Meu Amigo, disse tudo. Era Cidade mais bonita e perfeita de África e do Mundo. Tínhamos tudo. Quem lá viveu….. Viveu. Abraço