6 Comentários

  1. 5

    Antónia Fradinho

    Não podia estar mais de acordo

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  2. 4

    Manuel Martins Terra

    Nesta crónica de João Paulo Guerra, é nos dado a conhecer a outra faceta de João Maria Tudela,que deixou de cantar para se tornar o braço direito de Jorge Jardim, um engenheiro agrónomo que desde muito jovem manifestou o interesse por aventuras coroadas de acção e suspense. Na verdade acabou por tornar-se um Lawrence de África. Já li várias reportagens sobre Jorge Jardim, o senhor dos campos de Algodão, em Moçambique e toda a rede de contactos com o governo de Marcelo Caerano, no sentido de criar um governo sombra constituido por notáveis de todas as raças e proclamar a Independência de Moçambique, contando para isso com o apoio dos líderes africanos dos países limítrofes e com uma ala da Frelimo. Todavia todos nós sabemos, que nestes dossiers existem sempre a possibilidade de fugas de informações, fatais para um secretismo que se exige na circunstância ,e digo eu se a tal fuga não chegou à frente mais radical das forças militares portuguesas e concretamente ao moçambicano Otelo Saraiva de Carvalho. Pensando bem, não deixa de ser estranho que a revolução operada pelos militares no dia 25 de Abril de 1974, apanhasse Jorge Jardim em Lisboa com bilhete marcado para Moçambique no dia seguinte. Mera coincidência, ou talvez não. Reza a crónica que João Maria Tudela, entregou o Acordo a Otelo Saiva de Carvalho, e que este o achou interessante , adiantando ao seu amigo de Lourenço Marques, um encontro com Jorge Jardim em Espanha ou na Suazilândia. Na minha opinião apenas uma manobra de diversão, para quem no dia 26 de Abril, já recaia sobre um mandato de captura, o que só não aconteceu porque Jorge Jardim , creio com o titulo consul honorário do Malawi, em Moçambique, se refugiou na embaixada desse país em Lisboa, onde permaneceu cerca de dois meses, e que supostamente numa acção da Secreta Francesa, terá sido conduzido para o Gabão, país que o acolheu e onde viria a falecer. Certamente, muito enredo estará para esclarecer e que o tempo poderá um dia esclatecer. Pena é que a RTP, não deia a devida atenção a todos estes episódios e seus intervenientes, ajudando a esclarecer muitos factos que fazem parte da nossa história.

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    1. 4.1

      Carlos Silva

      De lamentar que tanto a RTP como toda a comunicação social falada e escrita, não tenha “tomates” para patrocinar estes e outros factos da nossa história recente, principalmente referentes à descolonização. Na realidade também nos interrogamos se temos pessoas intelectualmente capazes e politicamente isentas para meterem mãos a tal obra. Podemos não gostar dos americanos, mas não podemos acusar os seus meios de comunicação de omitirem os seus sucessos e fracassos da sua história recente, o que é uma grande virtude. Exemplo disso, são as inúmeras versões prós e contras sobre a sua intervenção na guerra do Vietnam dos quais destaco filmes como “Apocalipse Now”, “O Caçador”, “Nascido a 4 de Julho”.
      Acabo, perguntando aos nossos intelectuais e pseudos: com o nosso passado de guerras no ultramar, incluindo Goa e Timor, e da própria descolonização portuguesa, quantas versões a favor e contra, levadas ao cinema e às Tvs, temos para mostrar ao mundo português e não só?

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  3. 3

    Arnaldo Pereira

    Vá lá a gente dizer que conhece uma pessoa…

    Conheci o João Maria ainda em Lourenço Marques, antes dele rumar com destino a Lisboa.
    Em 1958, tinha eu 14 anos, quando fiz a minha primeira apresentação aos microfones do RCM a interpretar a Granada, acompanhado pela Orquestra de Variedades, conduzida pelo maestro Artur Fonseca.
    Foi a partir dessa altura que conheci várias figuras do elenco artístico moçambicano… embora só voltasse aos palcos da rádio passados 4 anos, em 1962, depois de passar pelo “Teatro em sua casa”, dirigido pela saudosa D. Sara Pinto Coelho (mãe do conhecido “Sr. Acontece” – Carlos Nuno Pinto Coelho).

    Voltei a estar com alguma frequência, com o João Maria uns anos mais tarde, cá em Lisboa, mas não voltei a conviver com o meio artístico, que “abandonei” precocemente (tão precocemente como começara!), no ano de 1966.
    Tinha, então, 22 anos, quando pus fim a uma carreira que mal dera os seus primeiros passos!

    Nunca soube dessa faceta dele no campo da espionagem!!!

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  4. 2

    Francisco Duque Martinho

    Mais uma boa reportagem sobre pessoas relevantes da História de Moçambique. João Maria Tudela deve ter tido uma vida extraordinariamente interessante, tanto na sua actividade na música, como na sua componente “política” com Jorge Jardim. O livro de José Freire Antunes “Jorge Jardim Agente Secreto” descreve alguma da actividade de JJ, nomeadamente nas conversações havidas com os líderes africanos com vista a uma independência de Moçambique em moldes diferentes aos que infelizmente aconteceram. Soube há pouco tempo que Tudela também tinha colaborado com J. Jardim, como descrito neste artigo. Parabéns ao BigSlam por mais esta iniciativa.

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  5. 1

    Fernando Rosa

    Fantastico.
    Que grande oportunidade de Mocambique se ter tornado um grande pais a nivel the primeiro Mundo.
    Foi pena.

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