Outrora: VILA PERY; Hoje: CHIMOIO
(MOÇAMBIQUE)
1ª parte
- Esta pequena resenha histórica fica à disposição de todos os vilaperienses, chimoienses e moçambicanos, especialmente à disposição daqueles a quem mais interessar a história de Moçambique.
Cabeça de Velho, uma rocha misteriosa
A Serra Bengo é um maciço a que popularmente se chama Cabeça do Velho (ex-libris de Chimoio) com a forma de cabeça de um velho voltada ao céu. “A Cabeça do Velho é um lugar místico”, dando o seu nome ao cartaz do festival “Manica, paraíso místico por explorar”, um evento descrito como um casamento descontraído para preservar o património cultural e cartão de visita de Chimoio, e ao mesmo tempo impulsionar o turismo doméstico e respeito pelas tradições seculares.
A Cabeça do Velho é uma rocha misteriosa com forma humana, que foi pela primeira vez celebrada através de um festival cultural de dois dias no ano de 2014, em Chimoio, na província de Manica.
O lugar encerra mistérios vários, como os lençóis brancos, que até há três anos apareciam lavados e estendidos todas as manhãs sem que se saiba quem os pôs lá, os bodes de colar vermelho sem dono conhecido, que desfilavam indiferentes nos bairros densamente habitados nos arredores do monte, e ainda as “lágrimas” que escorrem em todos os períodos do ano da zona dos olhos do “Velho”, provenientes de uma minúscula nascente no topo da rocha.
Na mesma zona, reproduzem-se colónias de velozes lagartixas de cauda azul e vermelha, que habitam a rocha em grandes quantidades junto de enormes macacos, aves e serpentes.
No “queixo”, ergue-se uma “barba” vetusta, formada por frondosas árvores que hospedam um cemitério tradicional, onde foi enterrado o líder que ostenta o nome da rocha, e onde decorrem frequentemente farras (festas) e cerimónias religiosas, contracenando com o deserto provocado pelas queimadas descontroladas.
“Cabeça do Velho”
Donde vinham pitorescos sons dos tambores nos seus rituais africanos.
Logo ao alvorecer ali se apresentava ela, imponente, na frente dos meus olhos , sempre me vigiando.
Era a cabeça de um tal gigante, que ali ficou, séculos sobre séculos, milhões de anos, tendo-se tornado pedra, mas mantendo os seus contornos…
Os pelos do teu bigode deram em farta floresta verde.
Oh “cabeça do velho”, como ainda és linda! …
Oh mãe natureza como foste capaz de tanto!
Seriam as palhotas à tua volta os adornos dos teus longos cabelos?
Povo de Chimoio, teria sido vós os guardiões de tão importante personagem?
A minha memória recua no tempo até aos anos sessenta em que um tal cidadão vindo das terras longínquas de Pombal, ali se instalou.
Oh “velho” generoso, … foste tão compreensivo!
Com o teu consentimento muitos mais vieram inspirados e confiantes na tua prova de amor.
Agora o meu olhar percorre aquele vale e busca nos teus olhos o gesto incontornável da tua amizade.
Na extensa planície encontro o capim da cor do ouro, metal valioso que eu no meu imaginário te ofereço para minha honra e tua glória – é também escrevendo que te manifesto o meu singelo agradecimento.
Contudo, receio que as hienas esfaimadas venham pela calada da noite “chorar” aos locais onde outrora vinham os pitorescos sons dos tambores nos seus rituais africanos.
Poema de Manuel da Silva – 11.05.2008
1498
A história sobre os primeiros povoamentos humanos na região planáltica do Quiteve
A viagem de Vasco da Gama em torno do Cabo da Boa Esperança em 1498 marcou a entrada portuguesa no comércio, política e cultura dos povos da África Oriental. Os portugueses conquistaram o controle da Ilha de Moçambique e da cidade portuária de Sofala no início do século XVI. A área à qual se insere Moçambique foi reconhecida por Vasco da Gama em 1498 e em 1505 foi anexada pelo Império Português.
Sobre os primeiros povoamentos humanos na região planáltica do Quiteve, mais tarde Circunscrição do Chimoio a sua história é bastante antiga. Certa literatura refere que o local foi parte do Estado de Quiteve, por volta de 1500-1600, vassalo do Estado do Mwenemutapa.
A região de Chimoio, foi primitivamente povoada por comunidades designadas A-Tewe, sendo o seu território designado U-Tewe ou Kwa-Tewe.
Mais tarde outros povos (Makombe) imigraram para a região, vindos nomeadamente de Mbire, região do interior da atual República do Zimbabwe, provieram do Estado de Mutapa, daí a ligação entre os Makombe e Mwenemutapa. É provável que a formação dos primeiros Estados em Moçambique tenha se iniciado na região situada a Sul do Zambeze. No início do século XVI, os imigrados de língua Shona vindos do actual Zimbabwe impuseram sua dominação sobre a região que se estendia desde a margem sul do Zambeze até ao rio Save. À frente deste poderoso reino encontrava-se o Mwenemutapa, dele o Império dos Shona extraiu o seu nome. Ainda que as guerras civis que se seguiram tenham reduzido o poder do Mwenemutapa e oferecido a vários chefes provinciais a possibilidade de fazer sucessão e de criar reinos autónomos, a hegemonia Shona se manteve em toda a região. Os mais potentes desses Estados Shona independentes – Báruè, Manica, Quiteve e Changamira continuaram a dominar efetivamente a parte meridional de Moçambique central, até o século XIX.
O Báruè tornou-se o símbolo mais expressivo da resistência anticolonial ao nível do centro de Moçambique, mais propriamente na província de Manica.
Entre 1890-1892 ocorrem diversos conflitos entre os autóctones e os portugueses nas regiões adjacentes ao Báruè. A título de exemplo, a 19 de novembro de 1891 teve lugar a Batalha de Mafundaque que constituiu uma grande vitória de Massangano (de Bonga) contra João Azevedo Coutinho, como também atrasou por dez anos a conquista do Báruè.
O termo “Gouveia” deriva de uma corruptela do termo Góvêa que no puro ci-sena, significa homem guerreiro, destemido, invencível. Aventa-se que a Sede do Báruè teria tido o nome Vila Gouveia em memória de Manuel António Sousa (Gouveia) que era dono do prazo da Gorongosa e Capitão-mor de Manica, Quiteve e Báruè.
Motivado pelo conflito luso-britânico, por causa das jazidas minerais em Manica, que ocorrera a 15 de novembro de 1890 quando os militares da British South African Company pegaram em Paiva de Andrade e Manuel António Sousa, prenderam-nos e enviaram os dois para Salisbúria e depois para a Cidade de Cabo, tendo sido entretanto libertados.
Mais adiante, concretamente a 20 de janeiro de 1892 teve lugar a Batalha de Nyachirondo/Mungári em que mais uma vez, o exército português sofre uma pesada derrota a avaliar pela morte de Manuel António de Sousa. O sucesso dos nativos nestas campanhas de resistência resulta não só pelo poderio bélico do exército baruísta como também, pelas alianças que estabeleceram com o intuito de restaurarem a independência. Aventa-se que a primeira aliança no reino de Báruè, no âmbito da luta contra a presença portuguesa, parece ter sido levada a cabo por Canga. Isto deveu-se a forte capacidade que os seus líderes tiverem na mobilização e no estabelecimento de alianças com outros grupos étnicos hostis a presença portuguesa bem como, as sucessivas revoltas que a partir daí foram ocorrendo.
Segundo relata o historiador árabe Masudi, Sofala era o limite sul das navegações árabes que em épocas longínquas procuravam o ouro.
As duas primeiras autoridades portuguesas na costa meridional e oriental de África, sujeitas, todavia, ao governador da Índia, foram os capitães de Quiloa e Sofala, cargos criados em 1505, ambos de nomeação régia.
Quanto a Sofala, o primeiro titular da capitania foi Pero da Naia.
Segundo as indicações que existem, a região planáltica do Quiteve, mais tarde Circunscrição do Chimoio, situada na zona tropical do Capricórnio, tinha sido no passado muito longínquo, um ponto de passagem entre o Índico (Sofala) e o interior de África.
1905
1905 – Entre 1905 e 1908, intensificou-se o interesse dos europeus pela agricultura na região de tal ordem que o total de produção de milho neste último ano foi de 2400 toneladas e 842 cabeças de gado vacum. O governador João Pery de Lind a partir de 1910 protegeu a agricultura e deu um grande impulso ao desenvolvimento de Manica e Sofala.
1916 – A povoação recebe o nome de Vila Pery, em homenagem a João Pery de Lind, governador do território pela Companhia de Moçambique. Mandigos muda o seu nome para Vila Pery (Mandado n.º 3.388, de 15 de julho de 1916), a pedido dos agricultores e em homenagem a João Pery de Lind, Governador da Companhia de Moçambique de 1910 a 1921.
João Pery de Lind, teve a honra de em vida ver o seu nome ligado a uma importante terra, que foi a paixão da sua vida. Privilégio de que poucas pessoas se podem orgulhar; honra merecida, segundo todos os seus biógrafos, pois muito fez pelo desenvolvimento, especialmente agrícola, da região do Chimoio, durante os onze anos do seu governo. Foi notável a obra deste grande administrador colonial, especialmente no sector agrícola. E não podemos esquecer que, com extraordinária visão do futuro, determinou, pela Ordem n.º 4178, de 2/3/1921, a criação de uma reserva de caça, que pela sua potencialidade, viria a tornar-se no mundialmente famoso Parque Nacional da Gorongosa, notável pela sua riqueza e variedade faunística e beleza natural. Decisão tanto mais importante por ter sido tomada naquela recuada época, em que as questões da proteção da Natureza eram letra morta.
1928
O Sport Clube de Vila Pery foi fundado em 1928, tendo os estatutos iniciais sido alterados em 1961, pela Portaria n.º 15.348, com sede em Vila Pery, na Avenida da República.
O Grupo Desportivo e Recreativo Textáfrica e o Sport Clube de Vila Pery, competiam como clubes distintos no Campeonato da Associação Distrital de Futebol de Manica e Sofala (abrangendo clubes da Beira e Vila Pery), tendo inclusivamente o SCVP sido campeão distrital em 1964, e como tal o representante de Manica e Sofala no Provincial de Moçambique de 1965, e assim se mantiveram até à independência. Mas mesmo após a independência, os dois clubes mantiveram-se autónomos, o SCVP passou a ser designado de “Sport Clube de Chimoio” (na mesma sede do SCVP) embora circunscrito a outras atividades desportivas (basquete, atletismo) que não o futebol, tendo o Textáfrica mantendo-se como clube de futebol (disputa atualmente o Moçambola) mesmo depois do encerramento da fábrica. Trata-se apenas de uma reposição histórica dos dois mais representativos clubes da antiga cidade de Vila Pery (atual Chimoio).
1942
1942 – Resgate em 19 de julho de 1942 pelo Governo da República da concessão da administração do território de Manica e Sofala à Companhia de Moçambique.
1944
1944 – Constituição da «Sociedade Algodoeira de Fomento Colonial, SARL» com o propósito de construir em Vila Pery uma fábrica de tecidos de algodão que se viria a concretizar na fábrica da Textáfrica
1945
1945 – Fundação do Colégio Nossa Senhora da Conceição.
Em 1945 iniciou-se o Colégio de Nossa Senhora da Conceição, obra das Irmãs da Congregação das Franciscanas de Calais (hoje, Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora). Em 1947, foi o ano em que Colégio abriu o primeiro edifício.
1948
1948 – Em 15 de Janeiro de 1948 é fundado o Aero Clube do Chimoio.
Deve-se a iniciativa ao entusiasmo e à persistência de Manuel Veloso Dias dos Santos, mais conhecido por Manel e António Correia de Sousa que de há muito, com a noção exata dos benefícios que para a região adviriam, vinham estruturando as bases do que seria o primeiro Aero Clube do Planalto. A estes, outros se juntaram dando o seu valioso contributo.
1950
1950 – Início da laboração da fábrica da Textáfrica.
Música: “Os amigos de Vila Pery (Chimoio)” de Policarpo (Conjunto Oliveira Muge) dedicada às muanacadges e muzungos.
- Não percas a 2ª parte da História de Vila Pery (Chimoio), para veres clica AQUI!
27 Comentários
Carlos Hidalgo Pinto
A presença dos árabes e posteriormente, a expansão dos Bantos, estes últimos provenientes das proximidades dos Camarões e da Nigeria, aconteceu no período anterior à chegada dos portugueses a Moçambique.
O artigo proporciona uma boa descrição do desenvolvimento que se registou no distrito de Chimoio, em geral, e de Vila Pery, em particular.
Entretanto sou o 4.o filho nascido (todos) em Vila Pery, mas que se limitou a apenas 4 meses de permanência nessa localidade, pois fui viver para a entao capital da Província, Lourenço Marques.
Vila Pery talvez continue a beneficiar de um dos melhores climas de África, devido à sua localização numa zona de planalto.
Maria Beatriz
Também nasci em Vila Pery a 9 de Julho de 62. Infelizmente não conheci a cidade que me viu nascer pois com apenas uma semana de vida fomos viver para a Beira. O meu pai era do quadro administrativo e por esse motivo andávamos com a trouxa às costas. Nos últimos anos vivia em LM. Vim para Portugal em 76. Vivo no Funchal há 39 anos e vivi em Lisboa 10 anos. Que saudades da minha linda e bela terra.
Jose Viana
Onde é que arranjo um mapa de Vila Pery anterior a 1974? Obrigado!
Victoria Graça Correia
Nasci em Vila Pery em 1944 filha de Manuel Rodrigues Correia almoxarife serem sempre Chimoense saudades enormes. Bem haja por esta recordação
Manuel da Silva
A Pensão teve diferentes nomes em diferentes épocas, mas em 1972 deveria chamar-se FLOR DO VOUGA. Um abraço.
José Viana
Pensão Flor do Vouga, isso mesmo! Obrigado!
Joao Lobo
Caro Manuel da Silva
As memorias da nossa Vila Pery estao BEM VIvas?
Que e feito do seu irmao Adelino Silva.
Foi meu colega na Escola D.Goncalo da Silveira.
O Jose Cabral Zacarias, meu Amigo, que feito dele?
Se souber , envie noticias.
saudacoes.
Jose Viana
Em 1972 fiz a 2ª classe em Vila Pery. Como estivemos lá temporáriamente (o meu pai foi instalar uma fábrica de latas – LUSOLATAS – com a experiencia da Metalbox de LM e Vanderbijlpark-SA) e ficamos alojados na pensão da D. Fernanda.
Alguém se lembra do nome da pensão?
Abraço!
Manuel da Silva
Rui peço desculpa
Só agora reparei … obrigado pela tua contribuição e mais tu que és da família … o Sport Clube nos uniu!
Fernando Borges da Costa
Excelente trabalho para a posteridade… nasci em Tete, vivi no Zóbuè, Vila Pery no princípio dos anos 70 e em Lourenço Marques… Saudades…
Rui Shirley de Oliveira
Manuel da Silva,eu nasci em Macequece.
Rui Shirley de Oliveira
Trabalhei alguns anos na Brigada,onde també trabalhava o Sousa Otto
Rui Shirley de Oliveira
Grande Manuel Silva, a farme dos Lobatos de Faria,era pegada com a dos meu pai.
Manuel Martins Terra
Caro amigo Manuel Silva, troque o zero á esquerda e coloque-o à direita, sempre mais valioso e merecedor. Um abraço amigo, e sempre ao seu dispor.
Ana Peres
O velho Magalhães era meu tio.Tinha uma serração perto de Vila Pery. Era Pai do Xico e John Magalhães. Estou a falar do mesmo Velho Magalhães?
Manuel da Silva
Ana Peres
está a falar correctamente da família – Magalhães – uma família ilustre de Vila Pery.
Conheci-os bem, o pai Magalhães de farda caqui e careca, do Chico, carateca, homem elegante, de pêra, óculos e chapéu com banda de leopardo à volta. Do João ou John não me lembro tão bem!
Parabéns Ana!
Rui Shirley de Oliveira
A serração era nem Gondola,onde trabalhou o pai do Romano Bagnari.
Fernando Carvalho-Évora
Muito Bonito. Gostei muito de ver e ouvir. Bons tempos. Estive na Escola Agrícola desde 1967. ÉVORA era a minha alcunha pois fiz o primeiro ano na Escola de Évora. Abração
Manuel da Silva
Então foi colega do meu irmão – José da Silva – infelizmente já não está entre nós. Paz à sua alma!
Stelio Folgosa
Parabens por esta publicacao bem conseguida.
Inflizmente o meu amigo Joao Magalhaes jah nao estah entre nohs. Conheci-o em Johannesburg e dele aprendi muito sobre Vila Pery, onde o pai dele tinha uma plantacao de arvores e exportava madeira, pelo menos para a Africa do Sul. Conheci o pai dele em Tete numa visita ao Songo em 1972.
Certamente que o Joao gostaria de ver esta publicacao depois dos muitos anos que viveu no Canada.
Manuel da Silva
Estimado Stelio, o João Magalhães pertencia a uma família pioneira de Chimoio. Muitos anos de trabalho para deixar tudo incólume. Valha-nos Deus! Paz à sua alma! Leia aqui a 2ª. parte p.f. https://bigslam.pt/historia/historia-de-vila-pery-chimoio-por-manuel-da-silva-2a-parte/
Manuel Martins Terra
Excelente trabalho desenvolvido por Manuel da Silva, que nos relata factos históricos da região, a que associa lugares carregados de miticismo e mistérios com muitas histórias envolventes, tão caraterísticas do continente africano. Ficamos também a conhecer a atividade, comercial, social, cultural e desportiva de Vila Pery. Como eram dignas das melhores telas, aquelas artérias tonalizadas de azul que brotava dos jacarandás. Cá ficamos a aguardar, a publicação da segunda parte. Um abraço.
Manuel da Silva
Caríssimo Manuel M. Terra,
Obrigado pelo elogio. Todavia, eu comparativamente ao Manuel sou um zero à esquerda.
Um abraço e sempre em contacto …
Antonio Manuel de Sousa Otto
Tenho Vila Pery sempre na memoria viva. Dos meus 5 filhos os 2 mais velhos, nascidos em 1960 e 61 na Beira, 2 do meio em Vila Pery 1962 e 65 e em Lç Mqs o mais novo em 1972. Vivemos alguns anos em Vila Pery quando da vivencia da Brigada do Revué entre 1958 e 1970..
Vivi alguns meses na “farm” do Tembe de José Augusto Rodrigues, vizinho de outro farmeiro, João Atayde de Sá Melo do Amaral. Sou do tempo de engª Manuel Magalhães, da SOALP do Pereira de Almeida da SHER. Do velho Magalhães empreteiro, Ressucitei o Aero clube onde tirei o brevet e dei instrução. Comigo ou eu com ele , dr Oliveira Martins, veterinário. Noutra altura conto mais. Grande abraço. Ata muona.
Manuel da Silva
Estimado Sr. Sousa Otto,
Fui aluno da sua esposa no Colégio. O avô da minha esposa era o Sr. Lobato de Faria que tinha uma farm no Tembe. O tio da minha mulher Carlos Lobato de Faria trabalhou na Brigada. Lembro-me de duas das meninas.
Fui colega das Craveiro Lopes e do Manuel Pedro de Magalhães, dos filhos do juiz Henriques etc
O mundo é pequeno!
Tá Mona! (Dawe)
ABM
Manuel
Muito bom. Mas falta um episódio seminal inicial, que aconteceu entre portugueses e britânicos da BSAC perto de Macequece, em que eles entraram por território de Moçambique adentro e levaram e o inverso e levaram. Ainda hoje (penso) que existem as ruínas do antigo forte de Macequece, alusivas a este episódio.
ABM
Manuel da Silva
As ruínas do antigo forte de Macequece ainda existiam pelo menos até 1975. Agora acredite por favor: a placa de bronze que assinalava os confrontos, foi arrancada e transportada para Vila Pery. Encontrei-a em 1994 na cozinha da casa do avó da minha mulher que tinha sido transformada em Hospital Militar … qual o destino que tomou? Não sei … Um abraço