“UMA DATA NA HISTÓRIA” – 8 de Novembro de 1942… Ricardo Chibanga
Ricardo Chibanga foi um dos toureiros mais célebres de Portugal e o único toureiro negro da história da tauromaquia no país. Nascido a 8 de novembro de 1942, no bairro da Mafalala, em Lourenço Marques (atual Maputo, Moçambique), Chibanga mudou-se para Portugal na década de 1960, onde viria a fazer história no mundo das touradas.
Sua estreia no mundo da tauromaquia foi marcante, recebendo a alternativa como matador de touros a 15 de agosto de 1971, na prestigiada praça de Sevilha, na Espanha, tendo como padrinho o renomado toureiro António Bienvenida.
Poucos dias depois, a 19 de agosto de 1971, fez a sua estreia em Portugal como matador de touros, na histórica arena do Campo Pequeno, em Lisboa.
Ao longo da sua carreira, Chibanga atuou nas mais prestigiadas praças de touros do mundo, ganhando notoriedade pela sua habilidade, coragem e estilo singular.
Após abandonar as arenas, estabeleceu-se na Golegã, onde foi homenageado em setembro de 2002 pelo município da Golegã, com uma rua que leva o seu nome, em reconhecimento à sua contribuição para a cultura tauromáquica e para o prestígio de Portugal.
Na fase seguinte à sua carreira de toureiro, Ricardo Chibanga reinventou-se como empresário na área da tauromaquia, destacando-se pela criação de uma inovadora praça de touros desmontável, que lhe permitiu continuar a influenciar o mundo taurino. A sua trajetória, marcada pela excelência e pela quebra de barreiras raciais, consolidou-o como uma figura emblemática da tauromaquia portuguesa.
Ricardo Chibanga foi uma espécie de Eusébio da tauromaquia.
Faleceu no dia 16 de Abril de 2019.
No dia 1 de setembro de 2021, foi inaugurado, na castiça vila da Golegã, no coração do Ribatejo, um busto em homenagem ao carismático matador de touros moçambicano Maestro Ricardo Chibanga. A obra foi ofertada pelo igualmente renomado matador de touros espanhol Juan José Morante de la Puebla. O busto, que captura a essência e a grandeza do homenageado, é da autoria do talentoso escultor espanhol Martín Lagares.
Ricardo Chibanga, foi um dos grandes nomes da tauromaquia, e deixou uma marca indelével no mundo dos touros, com sua habilidade, coragem e paixão inconfundíveis. Hoje, seu legado é eternizado, e sua memória continua a inspirar gerações de aficionados e admiradores da tauromaquia.
BigSlam – 08.11.2024
8 Comentários
Manuel Martins Terra
Grande nome da Tauromaquia, Ricardo Chibanga foi o primeiro toureiro negro , conhecido, que nasceu em Moçambique, e que depressa atingiu as luzes da ribalta, com atuações memoráveis que caraterizavam a classe e arrojo dentro das praças por onde atuou , onde viria a ser colhido com gravidade, que felizmente não o impediu de seguir em frente, e mais tarde tornar-se empresário de tauromaquia. Moçambique, e considerando até que não tem essa cultura, devia estar feliz pela carreira de um filho que aquela maravilhosa terra viu nascer, e penso eu que no futuro a praça de touros a MONUMENTAL, atendendendo ao seu péssimo estado de conservação, deverá ser requalificada para outros fins, muito justamente deveria ostentar o nome de RICARDO CHIBANGA. Até lá, vamos aguardar.
Marilia Manuela Ventura Nunes Marques
Excelentes palavras sobre um grande toureiro. Recordo bem este nome, quando vivia em Lourenço Marques. O meu pai elogiava-o muito!
Bonita e merecida homenagem na Golegã.
Carlos F.
Murei na Malhangalene nos anos 69/74 e ia assistir à tourada pois era um pulo da minha casa, quando me deparei com um cartaz com a foto dele, q na altura não sabia quem era, q surpresa em vê lo aquando fiz parte dos paraquedistas em Tancos e tornei a vê lo umas poucas vezes ao redor do Entroncamento! História muito interessante e unica! Respeito ✊
Guilhermina Martins
Um toureiro com prestígio e glória e estimado nos meios tauromáquicos. Parabéns Chibanga🎉
Que Deus o tenha recebido em seu reino e descanse em paz 🙏🏼
José Moreira
Um grande toureiro e que veio derrubar mais uma barreira, a da raça, mostrando a todos que não é ela que faz a diferença.
Luis 'Manduca' Russell
Olá, Chibanga, Olé. Digo – em certas situações – este ‘pregão’ desde miúdo e vou continuar porque me sinto bem assim. Respeito e homenagem ao ‘matador’ Ricardo Chibanga (que hoje seria altamente polémico por causa das ‘novas causas, causinhas e siglas’ que vão surgindo todos os dias…)
josé carlos alves da silva
Um fenômeno……artista ouro…. parabéns Chibanga…..
luiz branco
E o pai dele o empregado de mesa nº1 da Pastelaria Princesa e também bom homem e que era estimado pelo meu pai. A ele só o conheci cá pessoalmente. Saudades mas todos partem.