Moçambique celebra hoje os 50 anos de Independência!

“É um grande dia para a vossa pátria e um grande dia para Portugal, ver um povo irmão celebrar 50 anos de independência”, enfatizou Paulo Rangel, numa mensagem vídeo na rede social Facebook, no dia em que Moçambique celebra os 50 anos de independência, proclamada a 25 de junho de 1975, e que marcou o fim do domínio colonial português.

Na mensagem dirigida “às moçambicanas e aos moçambicanos”, o governante garantiu que “o Estado de Moçambique poderá sempre contar com Portugal e com os portugueses” e mostrou-se convicto de que os laços entre as duas nações serão reforçados no futuro.

“Quero deixar uma palavra muito, muito grande de apreço e de confiança em que as relações entre os nossos dois países serão cada vez mais estreitas”, disse.

“Temos uma comunidade portuguesa tão ligada aos moçambicanos na vossa terra e temos uma comunidade moçambicana que nos orgulha aqui em Portugal”, acrescentou o ministro.

A cerimónia principal das celebrações em Moçambique decorrem em Maputo e é dirigida pelo Presidente da República, Daniel Chapo, com a presença de vários chefes de Estado, incluindo o de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.

As cerimónias centrais decorrem no histórico Estádio da Machava, onde o primeiro Presidente do país, Samora Machel, proclamou a independência às primeiras horas de 25 de junho de 1975, após uma luta contra o regime colonial português que começou em 25 de setembro de 1964.

Fonte: RTP Notícias

O Estádio da Machava, antigo Salazar no período colonial, passa a designar-se Estádio da Independência Nacional, anunciou hoje o Presidente moçambicano, justificando a decisão com a transformação do espaço numa “referência do patriotismo e de cidadania”.

Daniel Chapo

“Julgamos que os moçambicanos sentir-se-ão orgulhosos de olhar para este estádio, não somente como uma referência arquitetónica e ícone no desporto, mas, sobretudo, [como] o verdadeiro berço da nossa independência nacional”, declarou o chefe do Estado moçambicano, Daniel Chapo, ao discursar no agora Estádio da Independência Nacional, onde decorrem as cerimónias centrais das celebrações dos 50 anos de independência de Moçambique.

O Presidente indicou que a decisão, tomada esta terça-feira pelo Governo, visa registar “de forma indelével o acontecimento mais marcante da história do (…) povo [moçambicano], a independência nacional”, para transformar o estádio numa “referência do patriotismo e cidadania no presente e para as gerações vindouras”.

No designado novo Estádio da Independência Nacional, joga habitualmente futebol o Clube Ferroviário de Maputo, um dos vários emblemas ‘ferroviários’ do país apoiados pelos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM).

Contudo, há quatro anos que o espaço, multiuso, não é utilizado devido à falta de condições, sendo esta a primeira intervenção de fundo em mais de 50 anos, espeando-se que a Confederação Africana de Futebol (CAF) o aprove para acolher provas internacionais.

Com capacidade oficial para 45.000 pessoas, começou a ser construído em 1963, num terreno com mais de 30 hectares, na Matola, e foi batizado então como Estádio Salazar, sendo inaugurado em 1968 com a também histórica partida de futebol entre as seleções de Portugal e do Brasil.

No mesmo local, o primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel, proclamou a independência, em 25 de junho de 1975, após uma luta contra o regime colonial português que começou em 25 de setembro de 1964.

Na cerimónia de hoje participam vários chefes de Estado, incluindo o de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.

Além do discurso oficial do Presidente moçambicano, a cerimónia inclui desfiles militares, momentos culturais, uma mensagem dos representantes dos cidadãos que completam 50 anos de idade (mesmo período da independência) e uma intervenção do líder do Podemos, enquanto maior partido da oposição.

Estádio da Machava às “moscas” para festa dos 50 anos da independência nacional
Fonte: Carta de Moçambique

Estão praticamente despidas as bancadas do Estádio da Machava, local escolhido para a realização da cerimónia central dos 50 anos da independência nacional, que se assinalam esta quarta-feira.

Com capacidade para acolher cerca de 40 mil pessoas, o Estádio da Machava, contava, até às 11h00, com menos da metade do público, tendo parte das bancadas completamente desertas.

De acordo com o programa oficial, a cerimónia deverá iniciar às 10h30m, devendo terminar às 13h15m. No entanto, até às 11h15m, o evento ainda não havia começado, aguardando-se a chegada da tocha da chamada da unidade, que devia ter desembarcado no local às 10h40m.

O Chefe de Estado chegou ao local às 10h45, tendo descerrado a lápide que simboliza os 50 anos da independência nacional. A cerimónia, lembre-se, conta com a presença de mais de 30 chefes de Estado e de Governo, entre eles, um Presidente da Tanzânia que deverá discursar.

Refira-se que o Governo esperava ver o Estádio da Machava lotado, tal como se obteve no dia 25 de Junho de 1975, quando Samora Machel proclamou a independência nacional. Mas, debalde!