MOÇAMBIQUE
Pedaço de terra africana
Pedaço de liberdade
Terás tu, para quem te ama
Paz, Amor, Verdade?
Abandonei-te!
Abandonaram-te!
Pedaço de terra africana
Agora que te libertaste
Pergunta a quem te ama
Quanto te sacrificaste?
Sangue e dor se misturaram,
Do branco, negro e mestiço.
Agora que a ferida sararam
Para que valeu tudo isso?
Terás tu, para quem te ama
Paz, Amor, Verdade?
Pedaço de terra africana
Pedaço de liberdade!
Autora: Fátima Negrão
10 Comentários
Manuel Martins Terra
Um belo poema, que rima com a saudade que ainda hoje coabita junto de todos aqueles que amam Moçambique, e que um dia sentiram a dor de ter que abandonar a terra que preenchia os seus sonhos. Como diria a Fátima Negrão, neste seu poema:
Terás tu, para quem te ama
Paz, Amor, Verdade?
Acredito que esses ideais, só podem ser consubstanciais ao bom povo moçambicano.
Porfirio leal
Palavras para quê? Esta tudo dito nas narrativas anteriores. Só por andei seis anos mas foi o suficiente para não mais esquecer aquela terra que tem aquele cheirinho que não mais nos abandona. Adoro te Moçambique terra maravilhosa.
Estrela Mmarques
Belo poema! Parabéns…
MINO LOPES
Excelente poema Parabéns ,,
António José Correia de Almeida
Só posso dizer: L I N D O
Wanda Serra
Adorei!!
Poema maravilhoso.
Arnaldo Ferreira (Sacras)
Nasci em Moçambique – Mocuba em 13-fev-1952 e vivi lá até 1976. Os melhores tempos da minha infância de juventude foram ali passados.
Cheguei a ter nacionalidade Moçambicana mas tive que a ela renunciar para conseguir embarcar para Portugal com minha esposa, minha filha (4 meses) e meu irmão.
Mesmo assim fiz 3 tentativas e no aeroporto “embicavam” comigo porque entendiam que a “revolução” precisava de Engenheiros e outros técnicos. Só da ultima vez conseguimos vir embora após uma forte “cunha” de um antigo colega e amigo de Escola. Cheio de saudades da minha terra , voltei lá em 1994 – 1996 e 2007 para abraçar amigos e conterrâneos que por lá ficaram. O País onde nasci continua lindo, mas muito mal tratado devido à incompetência e corrupção dos Governantes. Vim triste e revoltado com as condições miseráveis e indignas com que o “povo” vive, em contraponto com a vida faustosa dos dirigentes. Lamento ! Mas é e será sempre a minha terra. Viva Moçambique.
Elaine Vilaca Tomas
Lindo poema!
josé carlos alves da silva
Totalmente de acordo com o Ricardo, a idade não permite reaver nada, é para quê? nem rever nada de bom, tudo está destruído. Moçambique merece governantes não corruptos, é sérios. Nasci em Quelimane, ficam os bons momentos da vida até 1976. Boa sorte para eles e elas.
Ricardo Quintino
Agora
passados 45 anos
de ter deixado a terra que me viu nascer e com 80 anos de idade, já é muito tarde para voltar atrás por questões que se prendem com a assistência médica, segurança pessoal e reaver o apartamento que foi nacionalizado na altura da independência.
Só desejo, sem ressentimentos de quaisquer espécie, porque o contrário de nada me serviria, que os moçambicanos prosperem na senda do progresso, dos bens materiais e sociais e que sejam governados por entidades sem ligações à corrupção e nepotismo.