“O choro das cigarras”
O sol raiava por entre as serranias
O suave cheiro das flores silvestres
Trazidas pelas brisas meigas e frias
Permaneciam por fim nas nossas vestes
A noite anterior foi de festa
Todos nos divertíamos até o sol nascer
Cantávamos, dançávamos, até o suor na testa
Nos fazer parar e adormecer
As cigarras cantavam ao entardecer
De manhã cedo ainda ensonados
Corríamos para a praia para ver
Os pescadores com tanto peixe pescado
Vivíamos felizes e todos em harmonia
O desporto para todos era uma competição
Para quem perdesse havia sempre simpatia
Do clube sagrado campeão
E tu cidade amorosa, por todos apaixonada
As canções para ti eram dedicadas
Com harmonia e vozes delicadas
Cantadas em poemas que tanto deliciavas
Mas tudo infelizmente terminou
A tua imagem em nós permaneceu
A tristeza para sempre ficou
Para as cigarras jamais o dia entardeceu
Autor: Orlando Rodrigues Valente
9 Comentários
Wanda serra
EXCELLENT
KANIMAMBÃO
Delfim José Gomes loureiro
Para completar.bateu forte e lágrima caiu do olho.e a saudade..KANIMAMBO
Augusto Martins
Linda e enternecedora viagem ao período, já longínquo e inesquecível, de uma maravilhosa época das nossas vidas.
Obrigado e felicidades para todos
Manuel Martins Terra
Um poema que nos trás à memória, bons momentos passados naquela terra e tão vividos intensamente, a que a poesia ilustra de forma dócil. Orlando Valente, venham mais.
Nino ughetto
Bravo Valente, Eu adoro poemas e bons livros, e sei que escreves Bravo… Eu ,,bem gostava de ter esse don de bem escrever,pois a minha vida é uma enciclopédia…mas ,enfim …esquecemos; Tudo passa tudo acaba..Um abraço a todos Moçambicanos. Eu penso sempre e sobretudo os meus amores e a rapariga do meu primeiro amor. “Leonor Gonzaga”
Guilhermina Martins
Dificil esquecer o lugar onde se foi feliz.
Saudades… MUITAS!
Victor Manuel Quaresma
Jamais será esquecida enquanto por cá andarmos. Abraço
Ângelo
Porque será que nunca nos esquecemos dos lugares onde fomos felizes?
ricardoquintino@netcabo.pt
A saudade bateu forte, ao som das cigarras nas acácias vermelhas da Av. 24 de Julho da inesquecível cidade Princesa do Índico.