SOU DA TERRA DA CACIMBA
Sou da terra da cacimba,
Em toques de marimba,
Enfeitei minha infância…
Sou da terra dos coqueiros,
De capim de embondeiros,
Saudades de ser criança…
Sou da terra das missangas,
Corpos suados de tangas,
Frenéticos em seu dançar…
Sou da terra dos odores,
Tropicais cheiros e cores,
Para sempre os recordar…
Sou da terra das sanzalas,
Terra vermelha que exalas,
O cheiro de sangue e guerra…
Sou desse chão da riqueza,
Do caril e da pobreza,
Minha África, minha terra…
Sou da terra da machamba,
Comendo sadza ou muamba,
Sem ti não perdi o jeito…
Mesmo longe terra querida,
Africana serei toda a vida,
Enquanto o coração bater no peito…
Isabel Maria Lisboa
10 Comentários
nino ughetto
Bravo, é bonito e bom de recordar, Mas … isso faz sempre sofrere… é assim que penso. a minha amiga de L.Marques que ainda conheço madalena , é uma amiga fiel e sou feliz de saber que ela esta bem
José Pereira
Os vossos comentários fazem-me lembrar o Duo Ouro Negro que diziam que Angola era o melhor país do mundo e que estava sempre no coração deles etc, etc, etc. Mas não foi lá que eles se tornaram famosos nem cá em Portugal; Foi no estrangeiro que eles enriqueceram e foi o estrangeiro que lhes deu valor e só depois deles terem conseguido esse valor é que vieram cá para Portugal fazer os seus concertos porque Angola assim como Moçambique não valorizava os seus artistas, eu falo com conhecimento de causa porque só aqueles que tinham uma grande “cunha” é que conseguiam entrar como deve ser no mundo da Música. Para mim África já foi. como disse o escritor: Moçambique Terra Queimada.
Luís Serrano
Parabéns define bem o sentir África e o ser Moçambicana!
arnaldosacras@hotmail.com
Excelente poema de Isabel Lisboa que nos deixa de coração apertado de tantas saudades das nossas terras africanas, onde nascemos e vivemos os melhores anos das nossas vidas! Kanimambo.
Manuel Martins Terra
Um poema que retrata todas as essências daquela terra africana, que transportamos conosco.Parabéns à Isabel Lisboa, pelo seu trabalho.
josé carlos alves da silva
Maravilhoso… Cacimba… não lia,nem ouvia esta palavra à 47 anos. Parabéns
Antonio Mendes
Excelente!
Selerino Graça
Que belo poema. Amanhã estaremos juntos no almoço da Escola Técnica de Quelimane, ali onde sabia tão bem andar , não sei se debaixo, entre ou na CACIMBA, que por vezes tínhamos de enxargar os olhos, por vezes acender as luzes da Zundapp, Florett, Suzuky ou Bridgestone, tocar a campaínha da bicicleta, buzinar a Chevrollet, acender os médios ou baixar os máximos!!! E quando aparecia Cacimba e Fumo ao mesmo tempo!!! Não adianta chorar… Falar dos coqueiros é lembrar Praia do (da) Zalala…. Ainda me pergunto como é e ou foi possível???Amanhã falaremos mais sobre este poema, assim espero que mais tenham lido sobre a terra linda com que a nossa Isabel Maria Lisboa nos brindoooouuuu. Bem haja
Selerino Graça
selerinograca@gmail.com
Carlos Guilherme
BRAVO!
Luis Batalau
MARAVILHA DE POEMA DEDICADO A TODOS OS AFRICANOS E UMA TERRA LINDA.
TAMBÉM SOU AFRICANO.