05 – COMPLEXOS DESPORTIVOS DA CIDADE DE MAPUTO
Durante a minha estadia em Maputo aproveitei e visitei algumas infraestruturas desportivas da capital. Com alguma desilusão observei a degradação das instalações anteriormente bem conservadas e que garantiam aos atletas a prática de diversas modalidades desportivas. Com o desaparecimento dos campos de futebol do Desportivo (anteriormente com a designação de Campo Paulino dos Santos Gil) e do Sporting (antes Campo João da Silva Pereira), o desporto perdeu instalações importantes que serviam o futebol e o atletismo. Também assisti que o Pavilhão de Desportos existente por vezes é transformado em igreja e não para fins apenas desportivos. Verifiquei com agrado que a piscina do Desportivo estava vedada pois estavam a trabalhar nela no seu restauro e fui informado que estaria pronta a ser utilizada ainda em 2018, o que enriquecerá muito a natação e algumas outras modalidades, tais como o polo aquático.
A titulo de informação, todos estes artigos (parte) foram retirados do capitulo das Infraestruturas Desportivas de Moçambique do Livro “A História do Atletismo em Moçambique” que estou a concluir.
Índice das Instalações desportivas visitadas:
- Estádio da Machava.
- Clube Ferroviário de Maputo (antigo Clube Ferroviário L. Marques).
- Parque dos Continuadores.
- Grupo Desportivo de Maputo (antigo Grupo Desportivo L. Marques).
- Clube Desportos da Maxaquene (antigo Sporting Clube L. Marques).
- Clube de Desportos da Maxaquene (fusão do antigo Clube Desportivo da Malhangalene com o antigo Centro Popular/Indo-Potuguês).
- Circuito de Manutenção Física António Repinga.
- Estádio do Zimpeto.
- ESTÁDIO DA MACHAVA (CFM)
História
A portaria nº 15.427 que foi publicada no Boletim Oficial nº 45 – I Série no dia 11 de Novembro de 1961 onde se referia a concessão ao Clube Ferroviário de Moçambique de um terreno próximo da Machava (é uma área eminentemente residencial nos arredores noroeste de Lourenço Marques). Administrativamente, é um posto administrativo do município da Matola, província de Lourenço Marques ) com uma área de 31 hectares para que este clube ai construir um Estádio.
Sendo na altura em Moçambique Governador-Geral o Almirante Manuel Maria Sarmento Rodrigues e Governador do Distrito de Lourenço Marques o comandante Vasco da Gama Rodrigues foram eles que facilitaram os trabalhos iniciais da sua construção.
A 10 de Abril de 1962, em Assembleia presidida pelo Engº Horácio Avelino Brazão de Freitas foi aprovada através de deliberação que ficou registada com o nº 227, o anti-projecto da obra para o Estádio.
Para ajudar na suas despesas da sua construção a massa associativa do clube correspondeu com uma quotização mensal suplementar, organizando também quermesses, churrascos, serões musicais, festas, rifas, etc.
A 29 de Junho de 1963 foi iniciada a terraplanagem do local. Continuaram as obras sob a orientação do chefe de serviços de Via e Obra Engº Domingos Vaz e em meados de 1965 foi colocada a relva ao que viria a ser o rectângulo de futebol.
A 06 de Outubro de 1963 voltou a reunir a Assembleia Geral do Clube Ferroviário de Moçambique e por decisão da maioria dos presentes dar ao seu Estádio o nome de “Estádio Salazar” em homenagem ao Presidente do Conselho.
Aspectos gerais
O Estádio está implantado na encosta direita do Vale do Infulene. Tem forma elíptica e foi construído sobre uma compensação de terras, situando-se o campo de jogos a uma cota de menos de 6 metros no centro da área de terraplanada.
Depois da compactação mecânica, foram revestidas as encostas com 26 degraus de bancadas de betão armado, assentes sobre nervuras de fundação também de betão.
Possui 2 corredores de circulação: Um inferior ao nível do 1º degrau da bancada com largura variável e ampla, e 550,49 metros de desenvolvimento interno. Outro, entre o muro de vedação exterior do campo e o degrau superior da bancada, com 4 metros de largura e 605,22 de desenvolvimento externo que está em comunicação direta com 16 portões, de entrada e saída do público.
O interior do estádio compreende um retângulo relvado para a prática do futebol, pistas para a prática de Atletismo e pistas para ciclismo.
No exterior em redor do campo foi construída, com a forma elíptica, uma estrutura asfaltada de circulação, com 6 metros de faixa de rodagem com 723,10 metros de comprimento.
O Estádio dispõe de uma Tribuna Central, 24 camarotes laterais de 240×2,25m dispostos simetricamente, cabinas de som e comando da instalação da iluminação, compartimentos especiais destinados aos órgãos de informação com ligações telefónicas para o exterior, botequins privados, arrecadações diversas…
Apetrechado com um marcador eléctrico, com um quadro de 44 m2 de superfície, relógios, etc.
Outra concessão contígua com uma área de 23 hectares foi concedido posteriormente ao ferroviário para permitir a construção de parques para automóveis e arranjo urbanístico da zona.
Ainda no exterior do Estádio existe um imóvel de 3 pisos com cerca de 500 m2 de área coberta, para os serviços sociais, bem como as instalações para os desportistas, balneários, vestiários, posto médico e de massagens, quartos, camaratas, salas de jogos, salas de conferências e planeamento para técnicos, restaurante, etc. Este imóvel tem ligações subterrâneas com o terreno de jogo, ao qual os atletas tem acesso através de uma escadaria gradeada ao nível das pistas.
Este estádio multiusos, com capacidade para 45 000 espectadores e utilizado sobretudo para partidas de futebol. Foi mandado construir pelo governo português e inaugurado 30 de Junho de 1968, recebendo originalmente o nome de Estádio Salazar.
Aspectos técnicos
Características da Obra:
- Área das 2 concessões (31 + 23 ha) = 54 ha.
- Área destinada a competições desportivas: 21.760 m2 = 2,17 ha.
- Retângulo do jogo (relvado): 105×70 m.
- Pista de Atletismo: 7 corredores com 402,135 m de corda a 30 cm do bordo interior.
Tem medidas regulamentares para os percursos de obstáculos, instalações para saltos, instalações para lançamentos.
- Pista de Ciclismo: largura máxima.11 m, largura mínima 8m, sobre-elevação mínima de 8 m, Sobre–elevação máxima 3m, Sobre-elevação mínima de 0,5 m, corda de 494,145 m a 30 cm do bordo interior e regulamentada de acordo com a UIC.
Lotação do estádio
Tem uma lotação para 32.180 lugares sentados, podendo a pista de ciclista em caso de necessidade ser convertida em peão de 20.000 lugares.
A capacidade dos parques de estacionamento é de 9.000 lugares.
Bancadas
Foram construídas em betão armado ocupando cada lugar 45 cm de largura por 80 cm de profundidade sendo o assento sobre-elevado a fim de oferecer maior comodidade ao espectador de um e outro degrau.
Campo visual – total sobre a área de jogos em todos os lugares.
Todos os lugares marcados e bem referenciados.
Alguns aspectos sobre a electrificação
A sua electrificação compreende um posto de transformação com a potência de 630 KVA.
A alimentação do posto é de 30.000 V a partir dum ramal, em linha aérea da rede de distribuição das SONEFE.
OS 16 projetores fornecidos pela Siemens estão distribuídos por 4 torres ( 37 metros de altura) no enfiamento das linhas de cabeceira do campo de futebol e também mais 5 projetores de 1000W destinados a iluminação de emergência das bancadas e respetivos acessos. Com 320 KW de potência das lâmpadas acesas na sua totalidade, obtém-se sobre o relvado do campo de jogos e pistas uma intensidade média de iluminação de 150/160 “lux” com um grau de uniformidade de 1:1,5 dentro, e na parte respeitante ao futebol, valores estes estipulados pela UEFA.
As vias de acesso e parques estão iluminados com luz fluorescente.
Inauguração do Estádio
No dia 30 de Junho de 1968 foi inaugurado o Estádio Salazar situado no Vale do Infulene e com a lotação esgotada.
A Tocha Olímpica foi transportada pelo atleta do Ferroviário José Magalhães que depois de entrar no estádio acendeu a pirâmide Olímpica.
Realizou-se um encontro de Futebol entre as Seleções de Portugal e do Brasil, embora com as ausências dos principais futebolistas por se encontrarem lesionados não jogaram (Pelé e Eusébio).
No entanto o Brasil apresentou alguns dos seus melhores jogadores como: Carlos Alberto (capitão da Seleção), Tostão, Rivelino e Jairzinho. Portugal apresentou a sua seleção com os Moçambicanos Mário Coluna, Hilário da Conceição e Armando Manhiça.
Venceu o Brasil por 2-0 com golos de Rivelino e de Jairzinho.
Antes do Jogo realizaram-se as provas de 400 e 800 metros e no intervalo realizou-se a prova dos 3000 metros com atletas de Moçambique a da África do Sul.
Estádio da Machava atualmente – Junho de 2018
- CLUBE FERROVIÁRIO DE MAPUTO (CFM)
História da sua fundação
Junto do antigo matadouro havia uma cantina, e ali se reunia, nas horas vagas, os funcionários da tração que iam jogar ao chinquilho.
Perto havia o Campo de futebol do Sporting de L. Marques (mais tarde campo de treinos do 1º de Maio) onde se disputava os campeonatos locais.
Em Setembro de 1924, à porta da cantina alguns amigos abriram uma quota entre eles para a compra de uma bola de futebol e respetiva bomba. Assim nasceu o Clube Ferroviário de Moçambique.
O seu 1º nome: Clube Desportivo Ferroviário.
Da compra da bola nasce a ideia de se fundar o clube. Assim no dia 13 de Outubro de 1924, pelas 20 horas, reuniram-se na casa com o nº 13 da Vila Mouzinho, o grupo ferroviários que deliberou fundar em Lourenço Marques uma associação desportiva, denominada “Clube Desportivo Ferroviário” destinada a exercer o desporto e a beneficência.
O clube do Ferroviário ajuda na concretização da obra social da empresa dos Caminhos de Ferro de Moçambique. Para além da ajuda social aos trabalhadores também contribui com uma clínica hospitalar e com uma estância de férias na praia (Bilene).
No inicio apenas praticavam futebol, pois foi este desporto que lhe deu a alma e lhe cultivou o alento.
A aliança entre o clube com os Caminhos de Ferro entendem delegar no clube o trabalho da educação física dos seus funcionários.
Assim mais tarde nasce o primeiro campo iluminado, através da quotização dos seus sócios e em 1944 foi construído a atual sede junto do campo de futebol.
Em meados da década de 60, o clube era um monstro no portefólio do desporto em Moçambique. Para além do futebol, lançou-se também no atletismo, basquetebol, ciclismo, ginástica, hóquei em patins, natação, ténis de mesa, culturismo, tiro e etc.
O CFM ajudou a que o império desportivo dos trabalhadores ferroviários crescesse de forma impoluta, beneficiando os próprios trabalhadores que viram a empresa construir 12 edifícios sociais, entre bairros residências, lares de estudantes, pousadas para trabalhadores, bares, restaurantes, enfermarias para trabalhadores doentes e até centros de formação profissional.
O interior das bancadas do Campo do Ferroviário, onde inicialmente iniciamos os treinos de atletismo sob a orientação do Prof. António Vilela.
A piscina construída uns anos mais tarde, junto ao campo de futebol.
Aspecto atualmente das bancadas do campo de futebol (antigo Eng. Freitas e Costa).
Bar de apoio à piscina e campo de futebol
- PARQUE DOAS CONTINUADORES (antigo Parque José Cabral)
História da sua fundação
O Parque José Cabral existe porque no local houve uma estação TSF que necessitava de uma área muito grande para operar devido á altura das torres e ao comprimento das antenas que eram os fios de cobre suportados pelas Torres.. Se tal não tivesse acontecido possivelmente esta área tivesse sido urbanizada como tantas outras.
Esta área esta localizada na Polana.
Mais tarde nesse Parque foi construída uma pista de Atletismo com corredores em cinza e zonas para lançamentos e saltos. Nessa pista muitas provas de Atletismo se realizaram com a obtenção de grandes marcas e Recordes quer a nível Regional, Provincial e até Nacional.
Foi nestas pistas que também se realizaram torneios escolares, se ministraram cursos de Monitores e de Júris e Cronometristas e por lá passaram imensos atletas que fizeram do parque o seu campo de treinos diários.
Após a independência de Moçambique no ano de 1977, o Presidente Samora Machel ofereceu a área do Parque José Cabral dando o nome de Parque dos Continuadores.
Fizeram-se nessa altura obras de reabilitação que culminaram com a montagem de uma pista de tartan que iriam acolher mais tarde os Jogos da CPLP em 1997 e em 2010.
Parques dos Continuadores atualmente – junho de 2018
Almoço na “Lanchonete do Atleta” dirigido com muita dignidade pela ex-atleta do Ferroviário de Maputo, membro da FMA e do Comité Olímpico – Ludovina Oliveira.
- GRUPO DESPORTIVO DE MAPUTO (GDM)
História da sua fundação:
No ano de 1920 um grupo de colonos Portugueses funda o grupo desportivo “Águias Negras” que mais tarde vai dar origem ao Grupo Desportivo de Lourenço Marques (GDLM).
Num sábado dia 31 de Maio de 1921 reuniram-se no quiosque Sideris em Lourenço Marques os seguintes elementos: Martinho Carvalho Durão, José Maria Rodrigues, Américo Costa, Alfredo Fragoso, Professor Cabanelas e mais alguns e fundam o Club Desportivo de Lourenço Marques.
Por sugestão de Américo Costa foi escolhido as cores preta e branca para as cores do clube e os sócios escolheram as armas da cidade para base do seu emblema.
Também o Professor Sá Couto, por afinidade profissional sugeriu e foi aceite a substituição da palavra inglesa Club por Grupo e foi o 1º Presidente da Direcção do GDLM.
As reuniões seguintes eram realizadas á mesa dos cafés da cidade, até que o velho Camões figura típica da cidade, ofereceu a sua casa, que estava pintada de vermelho.
O Desportivo era por excelência, em Lourenço Marques, o clube da baixa (dos brancos), o mais popular nos subúrbios de esmagadoria negra e mestiça, visto a sua popularidade ser o clube menor racista pois não existia tal atitude na prática desportiva.
Campo de futebol de nome Paulino dos Santos Gil, em homenagem a um dos primeiros Presidentes da Direcção que comandou o Desportivo de 1931 a 1935.
Também a referência à piscina de 33 metros que foi construída no pavilhão de hóquei em patins aproveitando-se as bancadas existentes.
O Desportivo na época era considerado uma das grandes potências do desporto moçambicano, conquistando imensos títulos de futebol.
Mas também as equipas de hóquei em patins, basquetebol, a natação, atletismo e outras modalidades tiveram sempre valorosos atletas que se sentiram muito orgulhosos de vestir a camisola deste clube.
- CLUBE DE DESPORTOS DA MAXAQUENE
História da sua fundação:
Quando em 1915 um grupo de estudantes do Liceu 5 de Outubro, entre eles Jorge Belo, Júlio Belo, José Agent, António Amorim, Manuel Dias, João Amorim, Abel Cardoso, Luís Cardoso, Luís Maria da Silva, João Carvalho, José Roque de Aguiar e A. Gonçalves formaram uma equipa de futebol, a que decidiram chamar Sporting, por a maioria ser adepto do Sporting Clube de Portugal foi a raiz do projeto do Sporting de Moçambique.
Este núcleo passados 5 anos entendeu então legalizar o nome de Sporting Clube de Lourenço Marques.
No dia 03 de Maio de 1920 consideremos os seus estatutos como sendo a data oficial da fundação, 20 sócios reúnem-se numa assembleia Geral onde aprovam os estatutos, e posteriormente enviada para o Governador-geral no dia 15 desse mês e aprovada oficialmente a 21 de Julho de 1920.
Os fundadores foram: Jorge Belo, Joaquim Duarte Saúde, José Roque de Aguiar, Peter Mangos, António José de Sousa Amorim, Alberto Gonçalves Túbio, Júlio Belo, José Nicolau Argent, Edmundo Dantes Couto, Manuel Sousa Martins, José Miguens Jorge, José Mendes Felizardo Martins, Alfredo Carlos Sequeira, João Carvalho, Manuel Dias, José Lopes, António Pimenta Freire, Augusto Gende Ferreira, António Maria Veiga Peres, Abílio Carmo, João de Freitas e Fernando de Figueiredo Magalhães. De referir que a maioria dos fundadores era menor de idade pelo que o requerimento de legalização foi subscrito por pessoas que não participaram na reunião de 03 de Maio.
Assim o Sporting tornou-se um dos mais importantes clubes desportivos de Moçambique, não se limitando só ao futebol.
O Sporting Clube de L. Marques tornou-se a Filial nº 6 do Sporting Clube de Portugal e assim se manteve até à Independência. Em 1975 depois da independência de Moçambique, chamou-se Sporting Clube de Maputo e em 1977 assumiu a designação de Clube de Desportos da Maxaquene.
Entre Dezembro de 1981 e Fevereiro de 1982 o clube chamou-se Asas de Moçambique, voltando depois à designação de Maxaquene. O clube adoptou então as cores de azul e vermelho, mantendo a actividade desportiva em futebol e basquetebol.
Infelizmente o campo de futebol e onde se competia em atletismo está destruído e abandonado como se pode ver pela foto seguinte.
- CLUBE DESPORTIVO ESTRELA VERMELHA
Clube Desportivo da Malhangalene – Clube filial do Futebol Clube do Porto.
O popular “Malhanga” foi um clube de um dos bairros mais populares da então Lourenço Marques. Este clube decidiu em Assembleia não se dedicar ao futebol, mas sim a outras modalidades tais como o basquetebol e hóquei em patins, onde mais se notabilizou.
Em hóquei em patins foi uma referência, tendo em Fernando Adrião o principal interlocutor. Este clube venceu em 1964 a Taça de Portugal.
Época de 1963/64 – Seniores
• Vencedor da Taça de Portugal
Em cima: José Adrião, Fernando Adrião (Pai), Fernando Adrião, Júlio Bastião Lourenço, Engº Mendonça de Carvalho, Carlitos, Leitão, Ilídio, Coelho.
Em baixo: Esteves, Quinhones, Fajeca, Moisés e Moreira (Dado).
Em basquetebol sagrou-se Campeão Nacional no ano de 1974.
Época 1973/74 – Seniores
Vice-Campeão Provincial Moçambique • Campeão Nacional
Em cima: Adam Ribeiro (Treinador), Carlos Cachorreiro, Eustácio Dias, Eurico Gonçalves, Jimmy Romeo, Avelino Ferreira, Carlos Gaspar “Mochina”, Aurélio Grilo (Dirigente), David Carvalho, José Marques (Massagista).
Em baixo: Joaquim Fernandes, João Domingues, José Cardoso, José Costa Leite, António Araújo, Aureliano Graça (Seccionista).
Entrada das instalações:
C. D. Malhangalene
C. D. Estrela Vermelha na Av. Marien Ngouabi (ex Caldas Xavier).
Instalações desportivas:
- CIRCUITO DE MANUTENÇÃO FÍSICA ANTÓNIO REPINGA
Local que é de referência a nível nacional no capítulo da manutenção física, propriedade do Conselho Municipal de Maputo.
Este espaço deveria ser vedado de modo a não permitir o estacionamento de viaturas e as suas instalações (balneários) utilizadas como local de abrigo de pessoas sem tecto. Deveriam as autoridades ter um guarda e responsável pelo Circuito como acontece com o Parque dos Continuadores e devolver este espaço aos amantes da prática desportiva.
- ESTÁDIO NACIONAL DO ZIMPETO
É um estádio multiusos, localizado no bairro do Zimpeto em Maputo, acreditado para a prática de futebol e atletismo.
Não tive a oportunidade de me deslocar ao Estádio do Zimpeto, uma obra notável e onde se realizaram os Jogos Pan- Africanos de 2011.
Foi inaugurado no dia 23 de Abril de 2011 e com um jogo de Futebol entre as seleções de Moçambique e Tanzânia e tem capacidade para 42.000 espetadores.
Nota: Algumas fotos foram retiradas com a devida vénia dos blogues Houses of Maputo e The Delagoa Bay.
Não percam a próxima reportagem:
06 – CENTROS COMERCIAIS MAIS IMPORTANTES DE MAPUTO
NOTA: Para ver ou rever as anteriores reportagens, basta clicar nos links seguintes (escrito a azul):
01 – “A ZONA PROTEGIDA DA BAIXA DA CIDADE DE MAPUTO”
02 – “LOCAIS HISTÓRICOS DE MAPUTO”
03 – “ROTEIRO FINAL DA VISITA A MAPUTO”
04 – “VISITA A ALGUNS MUSEUS IMPORTANTES DE MAPUTO”
7 Comentários
Zé Carlos
Até parece ser intenciobal o abandono dos campos de futebol do Desportivo e Maxaquene… Com esses espaços tão cobiçados pelos especuladores de imóveis, que se lixe a prática desportiva.
O que importa é fazer mais ums prédios na baixa e os desportistas que se desloquem para cascos de rolha.
Olhem onde fica o Zimpeto, se calhar mais longe da baixa que o estádio da Machava.
Manuel Martins Terra
Observando bem os recintos desportivos, podemos constatar que se houve alguns cuidados na manutenção de algumas estruturas, o que e de louvar, já não se poderá dizer o mesmo dos campos de futebol do Sporting e do Desportivo, que apesar de rivais tinham os seus estádios porta com porta. Ficarao para sempre na memória de quem os presenciou, despiques emotivos protagonizados por grandes intérpretes. E Tudo o vento levou.
Victor Pinho
Obrigado pelo seu comentário. Infelizmente esses campos desapareceram e no local cresce capim.
Esperança Marques
Boa tarde. Começo por dar os parabéns a quem muito deve ter trabalhado para apresentar tão boa reportagem, Victor Pinho. Moçambique herdou instalações óptimas para a prática do Desporto em geral. Belos estádios, piscinas, pistas em tartan para o atletismo, enfim tudo que era necessário, era feito. Sinto um enorme orgulho de tudo isso, até porque tive toda a família envolvida no Desporto. Desde o meu Pai, marido, filhos, e muitos praticantes da família. Vendo-os todos, tão belos, a memória dos grandes feitos abana forte o coração, e só me resta agradecer ao Big Slam por ter dado a conhecer ou reviver aqueles dias de sonho. Kanimambo.
Victor Pinho
Concordo com a Esperança apenas uma retificação pois até á Independência de Moçambique nunca tivemos qualquer pista de tartan eram todas de cinza e a diferente mas de igual estrutura era do Estádio da Machava que era em pó de tijolo. As únicas vezes que treinei e participei num curso de Treinadores foi na antiga Rodésia e na África do Sul estes países tinham na altura já várias pistas de tartan.
Pedro Lidington
Muito boa reportagem. Grandes saudades de tudo.
Victor Pinho
Obrigado