“Saudades da Saudade I”
Em finais de Janeiro de 2013, este site “BigSlam” publicou um vídeo de cerca de 13 minutos sobre a cidade de Maputo.
Sem dúvida uma peça bem elaborada com boa fotografia, e som. Não sei se teria sido a autarquia de Maputo responsável pela edição do vídeo.
Contudo, em meu entender, aquele vídeo teria sido mandado fazer com propósitos meramente turísticos, não retratando a realidade a do que ali se passa.
Isto porque naquele vídeo não são apresentadas as zonas periféricas da capital, onde, penso, embora já não vá a Maputo há cerca de 10 anos ou mais, mas pelo que tenho lido e ouvido, ainda existe muita coisa por fazer para melhorar as condições naquelas áreas.
Ainda há ruas com falta de asfalto, com alguns buracos a mistura. “Crateras” como o saudoso Leite de Vasconcelos um dia escreveu, e que foi recentemente parafraseada pelo meu irmão João, numa crónica dele com o título “(re) adaptação”.
A verdade é que com ou sem buracos, Maputo é Maputo e penso que muito dificilmente se encontrará alguém que tenha ali nascido ou mesmo vivido, não tenha saudades da Cidade e desejo de lá voltar, quanto mais não seja por um período de férias e aproveitar para “matar saudades”.
Maputo, viu-me nascer e crescer. Ali vivi os melhores anos da minha vida, e como tal as saudades são muitas.
Pois são esses pormenores que me fazem ter “Saudades da Saudade”.
Fortunato Sousa
Saudades do meu tempo de criança, onde levado pela mão do meu Pai, apanhava o machibombo n°.6 para a baixa. No Dias dos Xaropes, era uma sandes daquele pãozinho que custava uma “duzenta” e um xarope rosa. Saudades do Quiosque Olímpia, do LM Bazar, onde os cilindros com o dinheiro dos pagamentos de compras, seguiam para a caixa central por cabos colocados mais ou menos sobre as nossas cabeças. E tantos mais estabelecimentos como que autênticos símbolos comerciais, tais como a Casa Coimbra,
a Casa Elefante,
John Orr’s, etc.
Daquele Mercado Central “Bazar”, que por se encontrar abarrotado de vendedores, transformava o parque de estacionamento como sendo uma extensão de vendas. Os “chinas” que traziam aqueles legumes verdinhos produzidos nas machambas deles lá para os lados de Marracuene. Das tangerinas, docinhas, vindas de Inhambane vendidas em latas de 20 litros a “dois e quinhenta”.
Autêntico néctar da natureza.
Saudades do meu tempo de escola primária, por certo comum a muitos amigos do Bigslam e que neste momento estejam a ler este artigo.
Da escola João Belo,
das aulas de canto coral aos sábados de manha orientadas pelo Prof. José Queirós, das brincadeiras nos recreios, com os meus colegas e amigos. Brincadeiras ingénuas e próprias de crianças de 6 e 7 anos…
Das acácias em flor, das frondosas árvores que ladeavam as avenidas.
Das brincadeiras com os meus amigos de bairro, os irmãos Ferreira, e muitos mais que seria fastidioso mencionar aqui todos os nomes.
Todos juntos “ invadíamos” as instalações do Atlético só para jogar e ao mesmo tempo fazer sujeira com restos de cana-de-açúcar, “roubada” nas imediações.
Não admira pois porque o saudoso Morgado (pai) não nos pudesse nem ver…
Já mais crescido, saudades da escola preparatória – Joaquim de Araújo, acabadinha de ser inaugurada.
Das nossas brincadeiras no recreio, do “jogo do lençinho”, dos gritos do Sr. Picão (chefe dos contínuos da escola), das aulas de natação orientadas pelo Prof. Vilela; o que dizia que se fizéssemos “chichi” na água, apareceria uma mancha vermelha, e nós com a ingenuidade própria de criança, acreditávamos piamente…
Da escola secundária, a Industrial,
e de algumas “gazetas” no meio, para estudar no Jardim Vasco da Gama, hoje Tunduru,
para o ponto da hora seguinte.
Do chocoleite e duas arrufadas ao preço módico de “dois e quinhenta” servidos pelo Dane, empregado da Cantina da Escola…
Das viagens de “machimbombo” (autocarro),
ao preço de uma “quinhenta” para os possuidores de passe escolar.
Nas horas vagas, os chamados “furos” nos horários diários, as deslocações à Polana para ver as “tombazanas” do Liceu e da Escola Comercial, e depois comer qualquer coisa na Cristal.
(Foto de Lurdes Colaço do FB)
Da padaria Lafões onde eu comprava quase sempre uma Arrufada de Coimbra.
Dos vários machimbombos, o 24, e 19, ambos para o Liceu; o 7 para o Xipamanine, o 13 e 15 para o Aeroporto, o 16 para a estação de Caminhos de Ferro.
Uma vez “corridos” do Atlético, rumámos ao Malhangalene que nos recebeu de braços abertos.
Aí tivemos vitorias, derrotas, alegrias e tristezas. Chegamos a vice-campeões nacionais pois perdemos na final com o Vasco da Gama do Porto, em jogo realizado em Matosinhos.
Época 1967/68 – Juniores
• Campeão Distrital L. Marques • Campeão Provincial Moçambique
• Vice-Campeão Nacional
Em cima: Francisco Marques (Treinador), Avelino Ferreira, José Luis Dias, Leonel Santos, António Ferreira “Toni”, Chaves.
Em baixo: João Carneiro, Pina, João Domingues, António Paiva, Fortunato Sousa.
Dos meus tempos de árbitro de basquetebol, com o grande Luís Pina, o Acácio Morgado; Américo Pinto, Labistour Alves; António Azevedo e Armando Moreira, entre outros. Os comentários às nossas atuações do amigo Alexandre Franco, sempre com a pastinha dele debaixo do braço.
Dos meus companheiros de mesa, o Amiel; o Viegas e o Campos.
Daquelas máquinas de 30 segundos, ainda arcaicas com interruptores para cada lâmpada, até que mais tarde foi substituída por uma automática.
Tudo isto sobre a “batuta” do saudoso Cremildo Pereira, esse grande senhor do Basquetebol.
Dos jogos de basquetebol aos sábados à noite no estádio dos “lagartos”, seguidos de uma sessão da meia-noite , trazidas pela African Consolidated Theatres, proprietária do Scala.
Autênticas ante-estreias, já que o filme ali visto, só entraria em circuito comercial dois ou mais meses depois.
Dos cinemas, Manuel Rodrigues,
Gil Vicente,
Scala,
do café Continental,
onde o cheiro da graxa de sapatos e café se misturavam. Dos engraxadores com os seus panos de ganga azul a darem brilho aos sapatos…
Da marginal com as suas palmeiras; do “passeio dos tristes”;
dos camarões e das ameijoas no Costa do Sol; do Dragão D’Ouro, do Zambi; do molhe de peixes acabadinhos de serem pescados, todos amarrados pela boca com um pedaço de verga, à venda a preço irrisório.
Das festas, dos carnavais no Malhangalene com o desfile de bailarinas desde a baixa da capital para o estádio.
Das bailarinas “brazucas” semi-nuas, que todos os anos o Manuel Gonçalves trazia para o Carnaval. Cinco dias de bailes, cinco dias de folia…
Eu sei la, é um nunca mais acabar de coisas que me fazem lembrar aquela cidade que um dia deixámos, mas que nunca se apagou, nem se apagará das nossas memórias.
Como soi dizer-se: “O futuro pode ser planeado, mas o passado não se pode apagar”
E por tudo isto, nomeadamente as minhas memórias que quis partilhar com todos vós, é mesmo motivo para dizer que sem dúvida nenhuma, que eu tenho “SAUDADES DA SAUDADE”!
27 Comentários
Isabel Costa
Olá Fortunato!
Obrigada por me teres feito recordar tempos da nossa infância na Malhangalene, alguns que até já estavam arrumados no esquecimento.
Lembro-me perfeitamente de ti, dos teus pais e irmãos. Recordei o velho Tomix, o Marramaque, a Mariano cujo pai era estofador, os irmãos Ferreira, o Dinamite e tantos outros nomes que este
momento me vieram à memória.
A Rua de Viseu, era o nosso ponto de encontro.
Tu, mais novo do que eu, penso que eras colega do meu irmão Fernando.
Sou aquela miúda loira que adorava brincar com os rapazes e a quem chamavam Belinha. Lembraste?
Um abraço.
genyccardoso@gmail.com
Ao contrário de quase todos os intervenientes nesta ída ao passado,eu vivi em L.M.apenas dos 21 aos 30 anos de idade.Morava no cruzamento da Av.Gomes Freire com a Av.Augusto Castilho, no prédio da casa Conceição.Muitas vezes ouvia o barulho dos jogos de OK patins, que se realizavam ali muito perto, no Malhangalene . Ainda lá fui ver alguns, com os meus irmãos.Apesar de lá ter vivido pouco tempo,guardo muitas saudades dessa cidade. Hoje, quase com os meus 80 anos de idade, acho que foi a cidade mais bonita que conheci.
MARIA MANUELA ANTUNES GALVÃO DE ALMEIDA
Achei uma maravilha esta descrição por lugares e tempos que não esqueceremos jamais.Parabéns Fortunato!Foi uma “viagem” feliz com uma lágrima ao canto do olho…
Luisa Paixão
Fui para LM em Fevereiro de 1948 . Eu ia fazer 10 anos. Regressamos em 1975
Em todos os sentidos foi o melhor tempo da minha vida. Que saudades de tudo
Fernando Gomes
Fortunato fui um dos jogadores do Vasco da Gama e estive em Moçambique entre 1973 e 1974.
Manuel da Silva
candida teixeira
Saudade das noites longos, sem tempo para gastar o tempo.em 2018 estive em Maputo, levei uma das filhas que aí nasceu e uma neta, não foi preciso muito para amarem as acácias. as “crateras” as gentes porque aqui em casa África está presente todos os dias, nas conversas, nos cheiros dos temperos , na SAUDADE,.Fui a Inhambane como sempre, era o Chão do meu marido porque aí nasceu, tofo praia da Barra, e no regresso Bilene, tinha que ser. Não sei se a vida me permite voltar, a vontade cresce todos os dias, mas a neta, em 15 dias que lã esteve já decidiu que um dia é lá que quer viver, Como se explica ???Obrigada pelas fotas lindas.
Manuel da Silva
https://www.youtube.com/watch?v=tpMa3hLRVoU
“Quero ver a minha terra Senhora…Moçambique”.
Muito obrigado Fortunato …………
Com um grande abraço
Manuel da Silva
Manuel da Silva
Armindo Abreu
Olá Fortunato
Obrigado pela tua manifestação de saudades, que todos os que aí vivemos temos, e pelas belas fotos.
Temos a mesma Idade, andamos na mesma escola primária e a seguir fui para o Liceu Salazar.
Morava na Anchieta e sempre joguei basquete (até aos seniores) e futebol (até juniores) no Desportivo.
Não tenho a certeza se alguma vez arbitraste jogos meus (ou o teu irmão) mas também não interessa.
Voltei a Lourenço Marques já por duas vezes, efectivamente não é a mesma cidade, com todos os problemas que citaste, mas quando regressamos ( no meu caso a ANGEJA) voltam as enormes saudades.
Quando quiseres aparecer ( e todos os amigos do nosso tempo) venham até ao Solar do Alambique, Turismo Rural em ANGEJA.
Grande abraço
Fernando Maia dos Santos
Caro Fortunato
Ler estas memórias levam- me a reviver esses belos tempos.
Penso que não nos cruzámos mas vivi essa época, lembro me muito bem do seu irmão João de Sousa, andamos na Escola João Belo creio entre 1954/58, da sua passagem pela rádio (julgo Produções Golo e Rádio Clube Moçambique).
Vivia no bairro da Malhangalene e ainda joguei hóquei no GDLM até 1969, depois serviço militar.
Desde que saí de Moçambique não mais voltei e as lembranças não se apagam.
Obg por estas memórias.
Bem haja
F.Maia Santos
Miza Luis
Sr.Fortunato. Creio k nao o conheco. De Jnb aonde vivo, vou todos os meses a Mpt (antiga Lourenco Marques) e comparo c/tristeza a diferenca. Tive o maior prazer na sua reportagem, das fotos maravilhosas e d1 cidade bem cuidada na altura. Xtou-lhe grata. Na ha NADA k tenha sido conservado como deveria, ate aos nossos dias. O desleixo e grande, a lixaria ve-se 1 pouco por todo o lado e acho k os habitantes/residentes de Mpt, ate se habituaram assim. Manter 1 heranca, nao e parte da lista dos Governantes mocambicanos. Motiva mais, sacar $, sao as tais dividas ocultas, mas chegamos a conclusao, k xta cidade foi muito bem delineada, era linda, era magica, aonde todos tinhamos imenso prazer em viver e morrer. Era de facto a Perola do Indico. Era……..
Etelvina G. Sales Bigas
Olá Fortunato,
Muito obrigada por ter trazido as suas saudade até nós. As minhas pairam por toda a cidade, especialmente pelo Alto Maé onde nasci e vivi. Belos tempos esses!. Bem haja.
Jardim, Domingos Vilas Boas
Que emoção! Que trabalho maravilhoso!
Não me lembro de ti, caro Fortunato Sousa. Talvez por, na altura, eu andar já a contas com o serviço militar obrigatório, já que assentei praça em Boane, em 08 de Março de 1968.
Mas reconheci o Carneiro, com quem ainda joguei futebol nos júniores do Malhangalene (teria ele, na altura, 17 anos, e eu já 19). E do Pina, que também era muito bom no futebol, e foi júnior do Malhanga a seguir a mim. Lembro-me também do Leonel. E lembro-me muito bem do João (Joaozinho), o melhor base que conheci até hoje e que foi campeão nacional em 1974, com Estácio Dias, Leonel, etc. Ele também jogava futebol nos júniores do Benfica de LM.
Depois da especialidade no BSM, fui transferido para BEN (batalhão de engenharia de Nampula), tendo, duas semanas depois ido, como voluntário, ajudar a 2ª Companhia de Engenharia a construir duas enormes pontes em betão e aço nos rios Luângua e Luchese, a 150 km de Vila Cabral (Lichinga).
Isto só para dizer que, quando, em 1970, regressei a LM, a bordo do velho Niassa, fui comtemplado com uma gloriosa vista daquela maravilhosa cidade, iluminada pelos primeiros raios de sol de uma quente manhã de Janeiro, que me levou às lágrimas.
Ainda vi o Pina alguma vezes no Porto, nos anos 80, trabalhava no Bar Malhanga, do mesmo dono do Bar Malhanga daí, que julgo que já não existe.
Abraço
Henry Baptista
Furtunato, de certeza que te lembras de mim, fomos companheiros de escola, na Joaquim de Araújo, acabadinha de ser inaugurada ou na escola Industrial. Do professor Vilena, meu treinador de voleibol e professor de nataçao. Lembro-me de algumas caras e seus respectivos nomes numa das fotos, João Carneiro, Pina, João Domingues e António Ferreira “Toni”, e incrivel como tudo esta a aparecer na memoria. Furtunato, lembro-me de ti nao sei exactamente de onde mas fomos colegas de escola de certeza absoluta. Henrique Goiana (Henry) Baptista. Muitos parabens pelo teu trabalho, esta espetacular. Um abraço
Rui Lopes
Amigo Fortunato eu fui colega de turma do teu irmao Joâo fiquei maravilhado com a reportagem com que brindaste todos aqueles que ainda continuam a gostar daquela terra embora hoje já nâo esteja como a vimos nesta reportagem. Gostava de saber mais do teu irmâo. Quando vieres a Portugal gostava que nos viesses visitar, eu estou numa zona bonita do Alto Alentejo, quando receberes esta mensagem manda-me o contacto do Joao Sousa o nosso grande relator desportivo ainda hoje tenho nos ouvidos o GOOOOOOOOOOOOOOOOOOlo extraordinário que só ele sabia gritar. lembraste do grito do MALHANNNNNNNNNNNNNNNNGA que era o grito do dono do bar malhanga,tanta saudade dos tempos de juventude, eu também joguei hóquei patins no Malhangalene, eu morava na rua da luz que fazia esquina na mercearia do correia tantas vezes que esfolei os joelhos no passeio da rua do porto. Mais uma vez te digo gostaria muito em estar contigo quando vieres a Portugal, um grande abraço e até breve Rui Lopes
Admin
Caro Rui Lopes, não percas a reportagem publicada ontem “Saudades da Saudade II” protagonizada pelo mesmo autor: Fortunato Sousa.
Envia-me o teu email para o endereço: geral@bigslam.pt para te fazer chegar o formulário de membro do BigSlam reservado a antigos desportistas de Moçambique.
Vai aparecendo e comentando neste nosso “Ponto de Encontro”!
Um até breve.
Fortunato Sousa
Meu caro José,
Penso também que não nos conhecemos, mas isso pouco importa.
O que importa é que os dois as mesmas memorias, e isso é que interessa.
És um pouquito mais Velho do que eu. Vou a caminho dos 63 em Junho.
Assim sendo as memorias Sao comuns, pois não sao 4 anos de dieferença que mudam as coisas.
Não sei onde vives, pois gostaria de te conhecer pessoalmente.
Eu vivo em Inglaterra mas em Junho vou a Portugal.
Um grande abraço
Fortunato
Rendas Pereira
Olá fortunato
Obrigado por este artigo, faz-nos lembrar a nossa mocidade, e à que tempos não via uma fotografia da minha primeira escola (João Belo). É uma saudade que nos deixa com um misto de prazer e tristeza.
Um abraço
Rendas Pereira
Rendas Pereira
Fortunato Sousa
Meu caro Rendas Pereira,
Obrigado pelo comentario.
Sao tempos que na não voltam mais, e que como muito bem diz, de prayer e tristeza.
Um grande abraço
Fortunato
Wanda Serra
Wanda Serra
Amei !!! Amei!!!
Mto mto obrigada Fortunato …………
1 abraço
Fortunato Sousa
Wanda,
Nunca pensei que o meu artigo pudesse “mexer” com tanta gente.
Escrevi o que sinto, o que passei e como tal as saudades com que fiquei e que ainda sinto e que a cada dia que passa se accumula ainda mais.
A final tudo isso seria comum a quake todos, senão mesmo todos.
Um abraço
Fortunato
Jose da Costa (Casquinha)
Ola Fortunato ! Que bom saber que andas por ai (onde ?) passados tantos anos sem nos vermos.
Revi-me em quase tudo o que disseste. Era assim mesmo como descreves. Cada vez que la volto, sinto que nunca de la sai, apesar das mudancas evidentes. Aquela sera sempre ‘a nossa terra’. Um abracao.
Fortunato Sousa
Zezinho,
Que bom saber de ti.
Aonde ando? Em terras de Sua .
É verdade, há circa de 16 anos que cá estou.
Obrigado pelos teus comentarios.
Manda-me o teu e-mail pessoal para nós pudermos trocar correspondência mais em pormenor.
Um abraçãto
Fortunato
José Campos
Caro Fortunato de Sousa, Gostei muito de ler o teu artigo “Saudade da Saudade! Julgo que não nos conhecemos, mas trato-te por tu porque nós lá, éramos assim, entre a malta, mais ou menos da nossa juventude! Hoje, tenho 67 anos. Óbviamnte,muito faltou relembrar. como as manhãs de Domingo na praia da Polana (machimbombo nº1), onde aliás, eu sou do tempo em que, nos anos 50’s ao longo da praia ainda havia mato, onde por entre àrvores frondosas com muita macacada, “arrumávamos” os carros à sombra e onde em alguns sítios, havia mesas para piquenique. Sim, foi na “Pérola do Índico”, a bela cidade de Lourenço Marques onde queimámos a nossa mocidade!
A cidade com o nome Maputo, veio depois! Um abraço!
FERNANDO DE CARVALHO
É dessa estrada para a Costa do Sol, nos princípios de 50, que mais saudades tenho.