35 Comentários

  1. 15

    Dina Gaspar

    Muito obrigada. Fico feliz por poder prestar essa homenagem ao Nelson Santos, e enriquecer o meu livro.
    Continuem a fazer o bom trabalho que fazem neste bloque, e que muito aprecio.
    Cordialmente,
    Um abraço.

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  2. 14

    Dina Gaspar

    Bom dia. Isto não é um comentário. É uma comunicação dirigida ao João que não conheço. Sou moçambicana, de nacionalidade portuguesa, macua, de Nampula, a viver em Portugal. Estou a escrever um livro sobre memórias, e ao encontrar este blogue, fiquei curiosa e tenho acompanhado. Mas o meu objetivo, é pedir “autorização” para utilizar neste meu livro as palavras do Nelson Santos Silva, no chat, que sei já ter falecido. Contactei-o pelo FB e descobri a filha a quem enviei mensagem mas não obtive resposta. Apesar de ser público, não queria utilizar este comentário sem uma comunicação prévia convosco. Aguardo resposta. Dina Gaspar.

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    1. 14.1

      Samuel Carvalho

      Olá Dina Gaspar,

      Cresci com o Nelson Santos Silva em Lourenço Marques, pois as nossas casas ficavam relativamente perto uma da outra. Embora ele já não esteja connosco, tenho o prazer de lhe conceder, enquanto administrador do BigSlam, permissão para incluir a frase mencionada no seu livro. Será uma forma especial de prestar homenagem ao Nelson.

      Sinta-se sempre bem-vinda para nos visitar e partilhar o nosso “Ponto de Encontro” – http://www.bigslam.pt.

      Um abraço caloroso e sempre ao seu dispor.

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  3. 13

    César Mendes

    Sem duvida amigo, Moçambique seria hoje um país mais desenvolvido em todas as áreas económicas, o poder de compra dos Moçambicanos seria invejável!
    Assim vai a vida, eu não sofri na pele, porque o meu pai era muito sábio e dizia que a guerra em África aí correr muito mal, emigramos para a África do Sul, a minha nasceu lá e eu em Moçambique, o mal começou durante o tempo de Salazar nunca ter havido sido implementado uma federação económica e talvez um período de transição de 10 anos, a FRELIMO ainda não era Marxista em meados da década de 60, podiam ter governado a mesma mas com período de transição prolongado e numa democracia multi-partidaria.

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  4. 12

    Marília Lomba Viana

    O tiroteio na baixa foi principalmente ( eu vi ) porque passou em frente ao Continental , uma carrinha de caixa aberta com individuos asegurarem bem alto a bandeira de Moçambique e a bandeira de Portugal a arrastar pela rua . Estavam na esplanada comandos e eu no meu carro resolvi fugir (prevendo barulho) e virei na rua que dava para o Notícias e a meio uma rajada de metralhadora atravessou o meu carro através do pára brisas e vidro de trás. Atirei-me para o chão do carro tremendo de medo e ali estive até não ouvir mais tiros. Fui até ao sinal do Djambo , virei à direita subi o passeio e comecei a gritar — tirem-me daqui … etc. etc.etc. e aqui estou . Nasci em Lço Marques em 8 de Outubro de 1942 e o meu pai nasceu em Lço Marques em 27 de Agosto de 1912. Viemos mas nunca fomos retornados .

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    1. 12.1

      João Costa

      Mais um relato, que só vem enriquecer este artigo, vivido por alguém que sofreu com este drama.
      Muito obrigado, Marília.

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  5. 11

    Raul Almeida

    Ainda me lembro bem da manifestação e dos very-lights que mandaram depois.
    Um abraço

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  6. 10

    Victor Barbosa

    Também estive lá com o meu irmão Tone. Mas tenho uma história para vos contar. Viemos em Maio de 1975 para a então Metrópole e o que mais me marcou foi quando estávamos no aeroporto ( eu mais um irmão, duas irmãs e os meus pais) três soldados da Frelimo obrigaram o meu falecido Pai a entregar 3 moedas de 10 ou 20 escudos, que na tinha no bolso. Já perceberam para quem ficou as moedas. Abraço para todos vós e fiquei sempre com esta memória.

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  7. 9

    Alfredo da Silva Correia

    Recordações sobre tudo o que sentimos e vivemos que não posso deixar de agradecer.
    Passaram muitos anos e no meu caso testemunho que, depois de deixar Moçambique no dia 13 se Setembro de 1974, voltei lá pela 1ª vez em 1996, com o objectivo de mostrar aos meus filhos a terra onde tinham nascido. Eramos 6 pessoas e ficámos então hospedados no Hotel Cardoso. Acabei por alugar um jipe com um motorista e tive oportunidade de percorrer o sul de Moçambique, matando muitas saudades e sendo sempre muito bem recebido quando me apresentava, para ver o património que eu e a minha diversa família lá tínhamos. No 1º dia depois de visitar toda a cidade e de compreender porque tinha deixado de ser Lourenço Marques perguntei ao Dinis, o motorista do jipe, se o restaurante da Costa do Sol ainda existia. Ao obter a resposta positiva foi lá que fomos almoçar. Quando chegámos um empregado de 69 anos vestido de branco da varanda observava-nos insistentemente e quando nos aproximamos perguntou à minha mulher: Senhora há quantos anos não nos vemos, ao que a minha mulher respondeu à 22 anos Chico. Aquela pessoa não sabia o que nos havia de fazer, oferecendo-me piripiri bem sacana, como dizia. Depois de muita conversa levou-me a prometer que teria de voltar o que aconteceu no ano seguinte, para uma viagem também inesquecível.
    Recordações, mas durante as viagens que tenho feito a Moçambique não pude deixar de concluir que quem ficou perdeu muito mais do que quem se veio embora, como não tenho dúvidas em concluir que se a descolonização tivesse sido bem feita, ou seja sem por em causa a capacidade produtiva que Moçambique tinha em 1974, hoje era um país rico e com uma boa sustentabilidade económica.

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    1. 9.1

      João Costa

      Pois é amigo Alfredo! O nosso problema num Moçambique independente não era esse povo anónimo! Eram os “oligarcas” que a seguir apareceram, em tudo era/é deles.

      Responder
  8. 8

    Rogério Machado

    Poderia… deveria, ter sido diferente! Afinal, nos amávamos aquela terra… e vamos morrer, amando! Fomos diferentes! Fomos melhores, embora nos rotulem de colonialista e até de retornados…
    O certo, é que demos a volta por cima, todos, pois não sei de nenhum de nós tão mal assim…
    Já o mesmo de Moçambique, não o posso dizer…
    Acho até, que Lourenço Marques, por exemplo, morreu connosco, pois a porcaria que lá existe hoje, eu pessoalmente não gosto e nem choro…

    Responder
  9. 7

    Joao Milhazes

    Eram comandos paras fuzileiros e tropa normal nao eram arruaceiros como sra escreveu e quando a 6ª de comandos sobrevoou o R.C.M quem falou o com o cmt BELCHIOR fui eu e os elis foram para o aeroporto A companhia vinha para prender o pessoal que estava no RCM e não para atacar as pessoas que estavam á volta FUI COMANDO com muito orgulho

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    1. 7.1

      João Costa

      Obrigado por este comentário com uma “achega, João!

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    2. 7.2

      Carla Fernandes

      Eram homens de H grande que deram o corpo por nós

      Responder
  10. 6

    Fortunato Sousa

    Parabéns Joáo. Bonita crónica!
    Os acontecimentos do 7 de Setembro de 1974 e nos dias que se seguiram, ficáram marcados para sempre na memória daqueles que na altura viviam na capital.
    Mais tiroteio viria a repetir’se no da 21 de Outubro.
    É triste recordar mas indubitávelmente, faz parta da história.

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  11. 5

    Maria de Lourdes Costa

    Prof. João li o seu artigo, muito genuíno e verdadeiro, tb eu e a minha família passamos um mau bocado, penso que o acordo foi mal feito, se tivesse sido doutra maneira talvez ainda lá estávamos e com a ajuda de todos Moçambique neste momento podia ser um bom pais, assim com muita pena minha é o país mais pobre do mundo, foi onde nasci e do qual tenho muitas saudades. Moçambique é lindo.

    Responder
    1. 5.1

      João Costa

      Olá Lurdes. Muito obrigado pelo teu comentário. Os bocados porque passaste sei quais foram, porque os acompanhei de perto. Quanto ao acordo de Lusaka! Foi feito só para beneficiar uma das partes. A Frelimo. Um Bjinho.

      Responder
      1. 5.1.1

        Maria de Lourdes Costa

        João quando vi o blog, vi que tinhas organizado um almoço para o João Sousa e o irmão, que estavam de férias, eu conheço os dois e tb a mãe, éramos miúdos morávamos na mesma rua a Rua de Aveiro, eu os meus irmãos e ele e os irmãos dele, gostava de os ter visto, fizemos grandes brincadeiras e vivemos belos momentos.

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  12. 4

    maria manuela paulo

    Que bons comentários e informações estão aqui postos a nu e cru. A minha terra está um farrapo e cheia de gente que não faz ideia de como ela foi . Fui lá há três anos e foi um momento muito triste ao ver aquele lixo todo, casas transformadas em ruinas, etc. numa cidade que um dia foi chamada de PEROLA DO INDICO.

    Responder
    1. 4.1

      João Costa

      Maria Manuela, também sei que Maputo, embora com um grande incremento de construção, não prima pelo asseio. É verdade a nossa LMarques já foi conhecida pela Pérola do Índico. Mas que saudades! Obrigado pelo comentário.

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  13. 3

    Jasmim Alberto

    Mais existem fotos que provam que os elementos da frelimo trazidos pelos navios de Guerra portugueses, não passavam de soldados Tanzanianos com a sua farda e que falavam Swaili. Foram estes os militares da frelimo que vieram de Dr-est.-alam

    Responder
    1. 3.1

      João Costa

      Jasmim, essa estória dos soldados tanzanianos foi na altura muito falada em LMarques. Até constava que nos postos de controle na estrada, só o chefe é que falava português. Os outros falavam swaili. Obrigado pela informação.

      Responder
  14. 2

    Jasmim Alberto

    Angelina Neves, conte a verdade não a sua parte e de seu marido. Existem ainda gravações sobre a tomada da rádio, que não incitava à violência mas sim ao reconhecimento da Democracia que ainda não chegou.Explique quem estava à frente do galo, que forneceu armas ao pessoal dos subúrbios, Explique aquela casa dos 100 estudantes universitários comunistas que fugiram para os suburbios e comandaram a chacina. Maioritariamente brancos com caras pintadas de negro, mas vermelhos como os comunista do MFA que lhes forneceu as armas. Porque mataram brancos que estavam nos suburbios e que nem estiveram na manifestação? Não esqueça que existiam negros também na manifestação contra a ditadura. Sejamos sérios, isto começou com o Jeep com a bandeira portuguesa de rastos e a da Frelimo esvoaçando e que foi parar ao jornal a Tribuna que de imediato os manifestantes destruíram, ocupando em seguida a emissora. Foi uma provocação e um golpe baixo por parte de todos os comunistas portugueses do exército português e dos frelimistas da Universidade, que maioritariamente fugiram para Portugal e dos Democratas de Moçambique.A situação dos comandos foi a 21 de Outubro, não confunda. pois a memória ainda existe. Isso foi outra História. E a luta pela Democracia continua desde esse dia até hoje. Mas a Democracia virá nem que sejam precisos mais 10 anos.A História será escrita como foi. Não deite areia para os olhos.

    Responder
    1. 2.1

      João Costa

      Caro Jasmim, Obrigado pelo comentário. Tal como o do Alfredo Magalhães são a melhor resposta que a Angelina pode receber.

      Responder
    2. 2.2

      Jorge Felicio

      Grandes verdades…estava lá…!

      Responder
      1. 2.2.1

        João Costa

        Obrigado pelo comentário, Jorge. Fomos milhares que os lá estivemos!

        Responder
    3. 2.3

      Anamaria Rebelo

      Subscrevo na íntegra o seu comentário …

      Responder
      1. 2.3.1

        João Costa

        Anamaria, Obrigado. Mas aqui só para nós creio que o meu artigo ainda “não está completo”. Faltam-me umas respostas que pode ser que alguém envolvido no “7set/operação galo” as dê. Depois digo quais são as respostas que me faltam!

        Responder
        1. 2.3.1.1

          Bernardino Gomes de Oliveira

          Pergunte João, penso que saberei responder!

          Responder
          1. 2.3.1.1.1

            João Costa

            Não Bernardino, as respostas que preciso para acabar com a especulação, que a seguir ao 7set74 se levantou, só me podem ser dadas que alguém que tenha estado mesmo por dentro da operação Galo.

    4. 2.4

      Bernardino Gomes de Oliveira

      Eis alguém que fala verdade!

      Responder
  15. 1

    Alfredo Magalhães Júnior

    “Vi os comandos a dispararem para os “pretos”… ” Essa é forte D. Angelina Neves; mas garanto-lhe que os comandos não são racistas! São isso sim…COMPLETOS! Cumprem ordens de seus superiores, e, se quer saber mesmo, enquanto isso eu me encontrava num curso de comandos, quanta honra: a 10ª Companhia de comandos de Moçambique 1974; éramos 300 homens; a maioria dos quais de raça negra, não eram da cor “preta” como frisa e mais…os comandos existem para resolução (pois resolvem mesmo) dos problemas nacionais os bicudos mais difíceis, é por isso que são tão especiais! Chega ou quer saber mais? Estivéramos prontos para embarcar de Montepuez a Lourenço Marques onde arrasaríamos rebentaríamos com a rádio Moçambique. Chega? Ou quer saber mais? Nós 300 homens resolveríamos o problema da guerra, arrasando o inimigo até ao final, chega? Deduzo deve conhecer o resto da história de Moçambique e de Portugal, houve o acordo de Lusaka, a guerra terminou e a terra foi entregue de mão beijada a quem não sabia governar e deu no que deu. Esta é a verdade. Espero tenha aprendido algo.

    Responder
    1. 1.1

      João Costa

      Caro Alfredo, Mas que bela resposta ao comentário da D.ª Angelina. O que refere sobre a companhia de Comandos de Montepuez também nos constou em LMarques. Obrigado por este comentário

      Responder
      1. 1.1.1

        Alfredo Magalhães Júnior

        Pela resposta ao meu comentário; sou grato caro amigo: João Costa, abraço sentido, sinto muito o que aconteceu a Moçambique e acontece ainda, não só nas ex-colónias, mas, também em Portugal. Minha mãe chorava todas as noites desde eu partira para os comandos, é claro isso também contribuiu para sua partida. Mas está claro foi emocionante quando do Norte regressei…ela chorou foi de alegria. Abraço

        Responder
    2. 1.2

      Bernardino Gomes de Oliveira

      Caro Alfredo concordo com quase tudo que escreveu, mas essa de virem de Montepuez e arrasar e rebentar com o Rádio Moçambique… que eu saiba os Comandos têm respeito e admiração pelos seus camaradas mais velhos e, posso garantir, o que não faltava na Rádio Moçambique a lutar pela Democracia, eram Comandos que já tinham cumprido o seu dever como militares, eu era um deles!

      Responder

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