OS PESOS E HALTERES, A FUNÇÃO CARDIOPULMONAR E O DOUTOR COOPER (3)
DEDICATÓRIA AO DR. AUGUSTO TITO DE MORAIS
No meu post “Os Pesos e Halteres, a Função Cardiopulmonar e o Doutor Cooper”(2), referi-me à pessoa do Dr. Augusto Tito de Morais. Trancrevo, agora, o texto da dedicatória a Tito De Morais que escrevi no meu livro:
E aqui recordo o meu companheiro assíduo de ‘ferros’, tão ferrenho como eu próprio, o médico Tito de Morais, do “ Instituto de Investigação Médica de Moçambique”, que me acompanhou em conferências, não isentas de divergências pontuais entre nós, sobre esta polémica na Associação de Naturais de Moçambique.
Fachada (atual) da Sede da Associação de Naturais de Moçambique
Augusto Tito de Morais, personagem do desporto moçambicano, que bem merece esta homenagem póstuma que lhe presto (vim a reencontrar e a abraçar Tito de Morais, em Lisboa, depois da independência de Moçambique, vindo a saber do seu falecimento poucos anos depois), com a transcrição que faço da dedicatória, insita no meu livro (Lourenço Marques, 1973, esgotado) “Os Pesos e Halteres, a Função Cardiopulmonar e o Doutor Cooper” (ps.13-14). Segue o referido texto:
Dedico esta conferência a Tito de Morais, grande entusiasta dos pesos e halteres, companheiro das lides desportivas, médico virado para os problemas da investigação, no Instituto de Investigação Médica de Moçambique, e, sobretudo, querido Amigo.
Um objectivo comum nos unia: a divulgação da modalidade, como meio seguro de preservar a saúde, e a sua intransigente defesa. Daí, o despontar de uma indefectível amizade.
Ao serviço dos ‘ferros’ pusemos os nossos conhecimentos sobre o corpo humano, transmitindo-os aos outros, sem jactância, por conferência proferidas no final da década de 50, na Associação de Naturais de Moçambique, e nos colóquios que se lhes seguiram, sempre calorosos, norteados no amor `Cultura Física´e na procura de um mesmo fim, ainda que através de proposições diferenciadas ou caminhos mesmo divergentes, qual deles o mais apressado na desmistificação dos contraditores dos pesos e halteres.
Abandonou há anos, o Dr. Tito de Morais, o campo de batalha moçambicano, no alcance de novos horizontes: médico da Organização Mundial de Saúde, dedica-se, nos dias de hoje, ao seu semelhante, nos mais recônditos pontos do globo. Resto eu que, aqui de Moçambique, lhe envio – sem saber se o recebe ou não – o amplexo forte do camarada de armas que prossegue a lembrança de antigas escaramuças que estão longe de ter conduzido à vitória final.
“A verdade tem o seu preço, tanto mais elevado quanto menor o número daqueles que a perseguem”.