Um Comentário

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    Carlos Hidalgo Pinto

    Bem, o artigo foca a problemática pós-colonial e que aponta para a existência de enormes assimetrias nos territórios, outrora colónias portuguesas. . A guerra fria não ajudou a resolver a situação nesses territórios. Entretanto, passados estes anos todos, é tempo de pensar como é que os países mais avançados se desenvolveram. Foi realmente a migração de pessoas provenientes de vários continentes que se tornou num grande catalisador de desenvolvimento.
    Parece e creio que já é uma evidência que a origem do Homem, teve lugar na África Austral, mais precisamente, em Moçambique. Há que pensar uma nova utopia e avançar com projectos comuns para a zona da África Austral. Terá que haver novos fluxos de investimento em portos, barragens, estradas, na agricultura, na indústria, na educação (onde tudo começa) e na saúde.
    O Botswana parece ser um bom exemplo na região. A diversificação das economias de Angola e de Moçambique não pode continuar a ser adiada. A cooperação bilateral, trilateral e multilateral, terá que assumir novos compromissos entre os vários actores e decisores políticos e económicos, de forma a transformar estes países em locais bastante atractivos ao investimento. A interessante escala humana do povo português, juntamente com a dos povos angolano e moçambicano, poderão dar um enorme contributo para o desejado desenvolvimento dessas nações. Os países, os lugares e as cidades africanos(as), têm uma topofília (topohília) muito específica e é aqui que reside também as suas vantagens comparativas no cenário internacional. Há que tornar esta região da África Austral numa zona de procura de oportunidades, em que se registem vantagens recíprocas para os países e inverter o acima referido fluxo migratório africano para outros continentes. Portanto, a distopia deverá dar lugar à utopia e esta, por sua vez, deverá tornar-se realidade, desde que haja vontade de mudança.
    As diferentes escalas de análise, conjuntamente com as adequadas ordens de grandeza, são necessárias na época da globalização, onde coexistem o local e o global, ou seja, o glocal.

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