16 Comentários

  1. 10

    Manuel Martins Terra

    Samuel, que saudades me tocaram quando citaste a a Av. J.Serrão e a Augusto Castilho, tantas foram as vezes que dobramos aquele cruzamento a caminho da EIMA. Recordo que o grupinho do meu bairro, na ida e porque dávamos corda aos sapatos, para poupar o bilhete escolar do machimbombo que custava 1 escudo, debaixo por vezes de um sol inclemente, tínhamos que fazer um paragem forçada para podermos saciar a sede no bebedouro, aqui ilustrado do Jardim D.Berta e chegar em cima da hora às aulas da tarde. No regresso a casa, passávamos por aquele lindo espaço verde e íamos lá ao fundo verificar se havia mangas já maduras. Depois era a inevitável passagem pela pequena pastelaria Liz, que tu bem conheces, para comprarmos aqueles afamados scones, que duravam até meio do caminhos. Chegados ao Bairro da Munhuana, já tínhamos a digestão feita. São estas recordações, que nos lembram quanto eramos felizes.

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  2. 9

    Zé Mário

    Samuel
    Obrigado pelas memórias. A do Zé Carlos é espantosa!
    Maningue nice
    Zé Mário Miranda

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    1. 9.1

      Samuel Carvalho

      Olá Zé Mário, há quanto tempo… lembro-me perfeitamente de ti e de toda a vossa família de quem guardo gratas recordações.
      Ainda recentemente falei com o teu irmão Rui e gostei de saber que te encontras bem!
      Há pessoal com memória de elefante e o Zé Carlos é um deles, assim como o Tomané Alves, o Russel etc.
      Aquele abraço e aparece sempre neste nosso “Ponto de Encontro!” – http://www.bigslam.pt

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  3. 8

    Tomané Alves

    Samuel. Foste eloquentemente explícito! E esta, heim?! Chorei … e a música reforçou o sentimento da emoção! A “Dadores de Sangue” e todos os amigos e jogos inerentes à circunscrição da grande aldeia que foi a nossa “Jota (Dr. José) Serrão” e seus arredores (ruas e locais como a Casa das Beiras, etc…). Amei ver e rever tudo e, em particular, o belo estado da casa do Zé Russel onde me vieram logo à cabeça as extraordinárias pessoas que foram a Sra. D. Irene e o Sr. Miguel (Pais), o ‘abacateiro’ que abastecia a m/casa em grandes sacolas (prazeres meu e do m/saudoso Pai), para não falar na fera do cão que me deixava à porta enquanto não fosse preso (como se chamava ele, Zé?)! FABULOSA REPORTAGEM! Manda mais e sempre …! Kanimambão.

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    1. 8.1

      Samuel Carvalho

      Olá Tomané Alves, ainda bem que gostaste. Foi um regresso às origens passados tantos e tantos anos…
      Como eu gostava de ir “estudar” para a casa do Russel, para ter acesso aos livros de coboiadas, ouvir musica na aparelhagem do pai às escondidas e depois saborear o lanche confecionado pela saudosa D. Irene (mãe do Russel) que nos mimoseava com sandes de fiambre e leite com ovomaltine, na época era um banquete!!!
      Ao passar na “Dadores de Sangue” recordei a malta que ali jogava basquete nas árvores dos passeios… sendo tu um dos principais protagonistas, assim como o João Domingues, Teixeira (Fernando Lima), Russel, Daniel (careca), Wilson e muitos mais… bons tempos!
      Fica atento às próximas reportagens, todas as semanas será republicada uma, no total de 20.
      Grato pelo teu comentário e parabéns pela excelente memória.
      Aquele abraço.

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      1. 8.1.1

        Tomané Alves

        Muito bom! O meu Kanimambão por mais estas palavras. A estes nomes e a todos os que constam da tua mais que espectacular reportagem, acrescento ainda o saudoso Mário António Maia Peliquito (campeão Distrital e Provincial de Juniores e Campeão Nacional em 1973, em Luanda), e outros mais, como o Ilídio José Cadeias (Poveiro … era natural da Póvoa do Varzim e que depois jogou futebol na Académica), o Fernando (um dos 2 únicos que conheci como sendo do 1. de Maio), o João Guilherme, o Nelo Farinha (gostava tanto de basket que todos os dias, literalmente todos, metia o seu palmo em cima da cabeça e comparava o resultado dos seu crescimento em relação à estrutura metálica de uma das paragem do machimbombo à saída do Liceu Salazar), o Joca (que abriu a cabeça com uma tabela que o João Domingues deixou cair de uma das árvores mestras que usávamos para o Basket e que, depois de um simples e natural “ai”, desatou a correr aos gritos a caminho do HMB só por ter a mão tingida com um pingo de sangue após passagem pela cabeça), o Vítor Valério e o Jójó [que a par do João D., Ilídio, Daniel, Vitó, do puto “Alfacinha” (sardento traquina, e como era de Lisboa … logo alfacinha), do Mário ??? (que jogou basket no Desportivo, mas que em puto, num Carnaval, foi à loja do Patel na esquina com a R. do Sol perguntar quanto custava uma bomba de escudo), do Rui Jorge e do seu mano Fandoca (que com a sua “experiência” minúscula ganhava a todos nós no totobola particular de 2$50 cada coluna)] moravam mesmo na Dadores de Sangue (praceta que nos servia para os jogos do “Caçador” e da bola na parede com corrida eliminatória à volta dos canteiros do 1º prédio de esquina … jogos inventados pelo João Domingues, e cujas garagens abertas serviam de balizas para treino de remates e defesas – conjugadas com fugas ao “guarda” do prédio que nos queria tirar a bola e que algumas vezes bem o conseguiu, para posteriores recuperações por via dos pais dos prevaricadores do silêncio – e em cuja beira do passeio da mesma esquina descendente para a “Jota” ainda ocorriam discutidas corridas à mão de carrinhos “Dickie ou Corci Toys” amassados de plasticina e de chumbo para os necessários equilíbrios), o Rui da equipa de mini-basket dos Dráculas [tal como o Rui Miranda, carinhosamente tratado de “minúsculo” por ser mufanita e que estava sempre safo de “guerras” Sporting (o Zé Carlos e eu … chegávamos) vs Benfica (o resto do ‘mundo’) por ser um convicto Belenenses que depois muito se projectou …] e o seu mano pequeno que moravam no tal prédio em frente do Teixeira, e cujo passeio era o ponto de encontro para outras paragens [SNECI, Igreja Baptista na Latino Coelho (cuja mangueira era motivo de pausa para manjares de manga verde com sal), Praceta de Dio, Casa das Beiras na 31 de Janeiro, Escola Rebelo da Silva, Maristas, Velhos Colonos, SCLM no seu campo de cima e onde alguns se tentavam com os equipamentos que secavam naquele bom solinho] e para grandes jogatanas em golos nos tais buracos redondos de árvore (golos difíceis, mas que nos apuravam a técnica … como gostei dessa tua lembrança) e ainda onde grupos se barricavam para as “guerras” com o cânhamo que ficavam no chão, após o corte árvores dos muchopes. Nesse passeio, eu e o Wilson Ferreira Reis (Pensão Pombalense na Pêro de Alenquer) trocámos 109 passes de cabeça; exultámos tanto com esse feito, que nunca mais me esqueci dessa precisão numérica! Tal como não me esqueço que num Carnaval a Mita Lisboa, irmã do Carlitos, numa brincadeira bem participada por muitos, atirou um saco de água ao machimbas nª2 (que nos passava ali, no sentido da Polana), tendo o mesmo entrado numa janela e saído noutra, encharcando-me! Sem dúvida que foi um castigo … só para mim!

        Espero que o Teixeira (que num ressalto à tabela de basket, implantada na árvore, partiu-me ao meio o dente central do maxilar inferior, um feliz incidente pois, a inevitável extracção, foi o princípio dos meus “desenvolvimentos dentários” para que mais tarde, sem problemas, pudesse ter o encaixe dos meus 4 dentes do “ciso”) fale desses tempos e das inúmeras brincadeiras que muito bem nos ocupavam, como prometeu (quando do falecimento do saudoso João Domingues), tais como das fugas à PSP pelos telhados da D.D. ou das dos acessos às garagens do seu prédio para a Igreja Baptista).

        E eu, tanto ou tão pouco disse, que até recorri a parêntesis rectos!!! Enorme Jota Serrão e seus arrabaldes. Kanimambão Samuel por estas excelentes oportunidades. Venham mais. Aquele abraço.

        Responder
        1. 8.1.1.1

          Samuel Carvalho

          Estou sem palavras. Parabéns Tomané por essa memória de elefante!!!

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  4. 7

    Helder Araújo

    É a segunda vez que leio esta reportagem, pois já tinha sido publicada, e quero agradecer todas estas memórias (e o ritmo da descrição), mesmo não sendo eu laurentino mas chuabense/quelimanense.

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  5. 6

    Luiz Branco

    Olá Samuel. Na foto em que vocês estão no local onde se juntavam na entrada do prédio está um Benevides? eram 2 irmãos? este é o mais novo ou o mais velho?

    Obrigado

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    1. 6.1

      Samuel Carvalho

      Olá Luiz Branco, não me recordo se tinha algum irmão, mas penso que deve andar pelos 63/64 anos de idade. Nunca mais soube nada sobre ele. Se tiveres alguma informação do Benevides diz-me, ok! Aquele abraço

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  6. 5

    Zé Carlos

    Olá Samuel.
    A cena que mencionas do Jeep traz-me memórias à tons.
    É verdade que nós brincava-mos no tal Willy’s Jeep que pertencia ao tio avô dos meus vizinhos do outro lado da rua, o Fernando e irmão mais novo Luis. Esse senhor que agora não me lembra o nome, era caçador profissional.
    O Jeep era da 2da. Guerra Mundial, tinha um atrelado original que quando não estava em uso ficava no quintal da casa e lembro-me muito bem quando o Sr. caçador vinha de uma caçada, chegava com o atrelado cheio de caça, antelope, galinha do mato, javali e as vezes zebra. Ele e o meus avós eram amigos e trazia-nos sempre duas ou três galinhas do mato e uma gazella ou as vezes filette de Kudo.
    A minha avó (Dna. Maria) fazia um caril de galinha de se chupar os dedos e chorar por mais.
    O meu avô (Sr. Manuel Ferreira) sabia preparar carne do mato que era as vezes lentamente assada no forno ou de churrasco, até a carne ficar a cair do osso.
    A casa ao lado dos Cunha, era da Dna. e Sr. Lopes (pais da Graciete), eletrecista chefe dos SMAE.
    Aquela rua e quarteirão era lar de muita boa gente, adultos e miúdos.
    Lembro-me bem do Sr. Vieira farmacista e Dna. Lina. A minha mãe me enviava para as suas explicações para me tirar da rua. Lembro das filhas Fernanda e Carla mais ou menos da minha idade e de vez em quando a filha mais velha Anabela tomava conta de nós.
    Ao fundo da rua sem saída morava o Sr. Eng. Sampaio, pai da Alexandra.
    Lembro-me do Sr. Almeida, encarregado das oficinas dos CFM e grande amigo do meu avô, quando construiu o prédio no largo da rua sem saída, ainda o “ajudei” a montar os parapeitos e portões de ferro no muro do prédio. Nesse prédio quando ficou pronto, foi morar a familía madeirense do meu amigo Albino o “Bino” e irmã mais velha que agora não tenho certeza do nome mas acho que era Lena. Gente muito porreira, o pai era agente técnico ou engenheiro civíl e a mãe enfermeira e fazia uns petiscos deliciosos.
    Do outro lado morava o “Pitocas” e o irmão.
    Esta rapaziada toda e mais alguns que agora esqueço, fazia-mos parte do “gangue” do Zé Mário Miranda…
    Esse famoso gangue era conhecido em alguns lados por “terroristas”, resultado dos assaltos as árvores de fruta dos muitos quintais pela vizinhança fora.
    Um episódio que me recordo, cerca de 70/71, foi quando o Sr. Julião, o já velhote empregado da mercearia Águia ‘Oro que fazia entregas domicíliarias com a bicicleta de cesto em cima da roda da frente, foi apunhalado na cabeça por um Novo empregado do mesmo. Estávamos na rua a brincar em frente a minha casa e notámos uma grande comoção a vir da Augusto Cadtilho um tipo negro a correr pela J. Serrão abaixo com uns tipos atrás aos berros… Párem esse bandido… etc, etc comforme o fugido se ia aproximando, notámos que era o empregado novo da mercearia com sangue na camisa e dar grande pedalada nas milengas… Apercebeu-se que algo estava mal e tentamos intercepetar o fugido, quando ele viu oito ou move miúdos a tapar o caminho, galgou da estrada para o passeio do lado esquerdo e conseguiu continuar a fugir mas encurralamos o caminho e ele foi para os parquings dos prédios novos construidos onde eram as antigas casas de madeira e zinco antes de chegar a Anchieta. Demos umas voltas e encontrámos o tipo escondido de baixo de um carro, rodeamos o carro e conseguimos tirá-lo para fora. Amarrámos-lhe os pulsos com uma corda de saltar e começamos a encaminhar para rua para o levar a esquina da A. Castilho. Nessa altura já estava um grupo de malta mais velha que nós, acho que talvez o Geca, o Samuel e um dos Miranda’s mais velho, a chegar perto e lá fomos todos juntos triumfalmente pela rua acima com o bandido amarrado à frente. Quando chegámos a A. Castilho já lá estava a policía e o Sr. Julião a ser tratado para seguir ao Miguel Bombarda.
    Mais tarde soubemos que o Sr. Julião levou uns pontos mas recuperou e que a barafunda resultou do Sr. Julião ter apanhado o tipo novo a roubar-lhe as poupanças guardadas na depedência onde dormia nas trazeiras do tal prédio da mercearia e o destino do bandido foi a gaiola da Machava.
    A partir desse acontecimento nunca mais “roubámos” a bicicleta ao Sr. Julião…
    Obrigado Samuel, por me teres acordado estas memórias.

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    1. 5.1

      Samuel Carvalho

      Olá Zé Carlos, fico fascinado com a tua excelente memória, recordando nomes, lugares, momentos por nós vividos na nossa rua Dr. José Serrão.
      Verifica os comentário do facebook deste artigo, onde aparece a Anabela Vieira (filha do Sr. Vieira farmacêutico e da D. Lina) a que te referes no teu comentário.
      “Com o BigSlam o mundo torna-se pequeno”!
      Aquele abraço.

      Responder
  7. 4

    luis reis - guibebe

    Como gostaria de saber, para poder manifestar o meu sincero apreço ao realizador deste árduo e empolgante trabalho de cabouqueiro realizado para nos trazer, no conforto dos nossos lares, a nós – naturais de LM uns, e laurentinos de coração outros – as saudosas imagens de pessoas, lugares e coisas da nossa terra, ciosamente guardadas nas nossas memórias. Como gostaria de poder deter o dom da escrita que me possibilitasse exprimir com fidelidade toda a emoção que estes vários e bem condimentados relatos e imagens dessa belíssima viagem ao passado da antiga LM me proporcionaram – vivi intensamente, uma vez mais, revendo emocionado e, por que não dizê-lo, com uma lágrima no canto olho, inesquecíveis e indelevelmente marcados em mim, lugares que conheci e palmilhei a maior parte deles durante toda a minha infância e parte da minha juventude. Lembranças de lugares e pessoas que fizeram também parte da minha estória em LM. Muito obrigado, meu Amigo, permita-me assim tratá-lo, por tantos e tão gartificantes momentos que me proporcionou com o seu maravilhoso trabalho. Bem haja!
    Luis Reis-Guibebe
    Em tempo: Não só os clubes da baixa de Maputo, mas assisti também, como não podia deixar de ser, a todos os seus passeios em Maputo e Jo’burg.

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  8. 3

    Eunice Baptista

    Olá Samuel, por acaso a sua avó morou por cima da casa de Belarmino de Abreu? Esta casa foi construída pelo meu avô que sempre moraram no R/C. A minha tia ainda aí mora. Obrigada por partilhar esta foto.

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  9. 2

    Victor Nunes dos Santos

    Muito obrigado por nos facultar fotos de um local que não sai da nossa memória. Lourenço Marques. Eu vivi na Rua Brito Camacho, tendo em frente a Rua Princesa Patrícia e do lado esquerdo o Hotel Avis. Saí de Moçambique em 1977 e voltei lá em 1996, tendo permanecido 1,5 mês em Lourenço Marques. Corri a cidade toda a pé; naquela altura era proibido fotografar ou filmar, pelo que não tive hipótese de trazer fotos para mostrar e recordar. Hoje com esta “pequena/grande” reportagem que o Samuel apresenta, vieram-me as memórias e saudades de sítio onde fui muito FELIZ, Agradecido.

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  10. 1

    Nelson Silva

    Boa Samuel. Boas recordações me trouxeram as fotos e textos. Nas ruas principais – parece-me – os passeios e estradas não parecem mal conservados. Pior, lá para os lados da Anchieta. Fico a aguardar a próxima. Abraço

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