8 Comentários

  1. 7

    Arnaldo Pereira

    Conheci pessoalmente o Guilherme José de Melo, mas não privei com ele.
    Sabedor da sua homossexualidade, não me considerando eu um homofóbico (já que não tinha – e não tenho – ódio aos homossexuais … e até convivi com alguns, no meio artístico em que durante um período da minha vida me movimentei, no RCM), desloquei-me certa vez à Redacção do jornal Notícias, em resposta a um chamamento através do jornal, na sequência de um artigo que eu havia escrito e foi publicado.
    Quem me esperava era o, então Chefe de Redacção, Guilherme José de Melo, que me recebeu com cordialidade e me forneceu as informações que tinha destinadas para mim.
    Sempre que calhava cruzar-me com ele cumprimentávamo-nos educadamente. Mas era só.
    Ainda cheguei a falar com ele já em Lisboa, no Diário de Notícias.
    Uma coisa, porém, confesso. Apesar de “condenar” a homossexualidade (ou a forma como era, então, ajuizada), admirei nele o facto de se assumir publicamente na sua condição.

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  2. 6

    Rosa

    Obrigada Sr. Joao de Sousa. Brilhante!

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  3. 5

    Aurelio Furdela

    “De repente, Samora perguntou como que muito admirado e espantado: o Guilherme José de Melo está cá? E o Guilherme avançou e respondeu: Estou aqui Sr. Presidente.” Gosto desse trecho, pois mostra como os ventos da História operam profundas mudanças, até nos homens. O trecho relata um encontro com lugar na década 80: “Estou aqui Sr. Presidente.” Mas havia bem pouco tempo, Guilherme projectava de Samora a imagem de terrorista, cobarde e traiçoeiro. Ventos da História!

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  4. 4

    Humberto Tercitano

    Era eu um “mufana” que deambulava pelas ruas de Lourenço Marques entre escola e treinos de basquetebol no Desportivo sobre a batuta do saudoso Jose Lopes e ja ouvia e lia o Guilherme de Melo. Tive conhecimento sobre ele atraves do meu pai. Acontece que ja estando a viver em Portugal, numa das minhas tentativas de mudança de emprego fui apresentado ao G. Melo no Jornal Noticias. Ia como candidato a trabalhar a publicidade como criativo grafico mas acabei optando por ir para uma Agencia Publicitaria. Ele teve a generosidade de convidar me a visitar as instalacoes e depois ofereceu se para me pagar o almoco. Era realmente um homem com coracao grande. Gostei do texto do tambem saudoso Joao de Sousa, um ex-libris no panorama desportivo moçambicano e do qual eu delirava com os relatos dele, seja no basquetebol, futebol e hoquei em patins. Um abraco a todos!

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  5. 3

    ABM

    Tirando ser de lá e isso da sexualidade, que já é muito, a impressão que sempre tive foi que o Guilherme, politicamente, navegou sempre entre os pingos da chuva, como a maior parte dos seus contemporâneos. Só a enorme generosidade do João deixa passar isso.
    Mais uma coisa: Samora nunca foi enfermeiro no tempo colonial.
    Repito: Samora nunca foi enfermeiro no tempo colonial.
    O resto do texto, cinco estrelas.
    ABM

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    1. 3.1

      Rosa

      ABM pode dizer porque afirma com muita conviccao que o Samora nunca foi enfermeiro no tempo colonial? Fiquei surpreendida e ficaria grata se me dissesse o que ele foi entao. Obrigada.

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  6. 2

    Eduardo Meixieira

    Guilherme de Melo, polémico, frontal, corajoso e jornalista de nome, bem popular, era amigo dos meus pais e minha família. Encontrei-o em plena zona de guerra no norte de Moçambique, estava eu a fazer uma evacuação ” zero horas”, e ele e um fotógrafo a fazerem reportagem. Fez uma foto da evacuação e ofereceu o jornal aos meus pais, pois a foto mostrava-me a pôr um ferido no helicóptro. Encontramo-nos várias vezes em Lisboa, pois também estive ligado ao jornalismo. Foi-me impossível ir ao seu funeral, pois estava no Porto. Descanse em Paz!!! Gostei deste artigo e aqui ficam os parabéns ao Autor do artigo!!!

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  7. 1

    Silvino Costa

    Gostei deste trabalho do João de Sousa, não só porque se refere a uma pessoa que muito apreciei e estimei e de quem durante pouco tempo fui colega no quadro administrativo mas também pelo facto dele ter sido uma figura singular e muito popular em Moçambique. Todavia, o final do texto deixou-me muito triste, visto estar convencido de que ele ainda era vivo.
    Já que o João é “coleccionador” de retalhos biográficos de muitos moçambicanos, será que possui algum contacto da antiga locutora do RCM Maria Ricardina?
    Eu vou continuando à coca de novas efemérides…

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