UEM … a resposta que não chegou
Que me lembre, nunca trouxe para este espaço os meus problemas pessoais. Hoje decidi escrever sobre o que me aconteceu. E faço porque não quero que amanhã o mesmo aconteça a um pai ou encarregado de educação. Para melhor perceber do que se trata, permitam-me que vos conte a história.
O meu filho foi aprovado para o curso de Gestão da UEM no recente exame de admissão. Ele tinha de se matricular, de acordo com um edital da UEM, no dia 7 de Fevereiro do corrente ano. O referido Edital exige, como determina a lei, entre outros documentos, a apresentação do Certificado da 12ª classe.
O meu filho terminou a sua décima segunda classe o ano passado (2012) na África do Sul. Tem em seu poder apenas o resultado dos exames com as notas de cada disciplina. O certificado, de acordo com a Comissão Nacional de Exames da África do Sul só será enviado para a escola onde o meu filho estudou, em finais de Maio ou princípio de Junho do corrente ano. Esta é uma prática que se repete todos os anos na África do Sul. Os finalistas de 2011 por exemplo só receberem os seus certificados em Junho de 2012. Ao que sei tudo resulta do facto da impressão dos mesmos ser efectuada em bloco, duma só vez, e posteriormente enviados para as Universidades onde os alunos são colocados. E contra essa prática, não há nada a fazer, a não ser esperar. São regras internas dum País que terão de ser respeitadas.
Contactei a Escola onde o meu filho estudou. Expliquei a sua situação, nomeadamente a necessidade de apresentar o Certificado para efeitos de matrícula na UEM. As autoridades sul africanas continuam irredutíveis e adiantam que não vão abrir nenhuma excepção.
Perante a situação encaminhei o assunto para um amigo pessoal que vive e trabalha em Pretória. Solicitei o seu apoio no sentido de se encontrar uma solução para o problema. Incansável, esse meu amigo está a tentar por todas as vias possíveis, quer pelo contacto com o Director da Escola onde o meu filho estudou, quer a outros níveis, a forma de rapidamente desbloquear o problema.
Porque o meu filho tinha de se matricular no dia 7 de Fevereiro, e porque a questão do seu Certificado da décima segunda classe constituia o principal obstáculo, enviei no dia 4 de Fevereiro do corrente (3 dias antes da matrícula) uma carta/email à Direcção do Registo Académico da Universidade Eduardo Mondlane, solicitando que fosse aceite a matrícula do meu filho, pelas razões expostas.
Até hoje, volvidos estes dias todos, a Direcção do Registo Académico da Universidade Eduardo Mondlane não se dignou responder-me. Desloquei-me ao ISCTEM. Coloquei o problema. Compreenderam e permitiram que o meu filho se matriculasse. Não só se matriculou como decidi pagar as mensalidades de todo o ano, por forma a beneficiar do desconto de 5%. O meu filho teve simplesmente de assinar um Termo de Responsabilidade, comprometendo-se a apresentar o seu Certificado da 12ª Classe, assim que o mesmo seja enviado da África do Sul, o que, como já referi, acontecerá em meados de Maio ou princípio de Junho deste ano.
A falta de sensibilidade de quem de direito na UEM, obrigou-me a matricular o meu filho numa instituição privada, ao invés de o fazer numa instituição pública, como era meu desejo.
Se o leitor tiver um filho com um problema idêntico, é melhor precavêr-se, “não vá o diabo tecê-las”.
joãodesousa47@gmail.com
27.02.2013
Um Comentário
Wanda Serra
Wanda Serra
O que queremos e parecem impossiveis só podem ser conseguidas com uma teimosia pacifica.
Mas aqui neste caso nem mesmo essa teimosia pacifica ajudou .
Maravilhoso o cuidado que tens em dar um alerta a Pais com problemas identicos .
Um abraço