Ernesto Pereira Baltasar – Craque até dizer “chega”… Que recusou 800 contos de luvas para jogar pelo Sport Lisboa e Benfica!
Por: Alexandre Ribeiro Franco
Quem não se lembra daquele irrequieto futebolista, malabarista, que envergava a camisola do Ferroviário e que deixava as defesas adversárias de mãos na cabeça? Jogava, como poucos, na extrema-direita, mas fazia incursões maravilhosas. Chamava a si os antagonistas, libertava os colegas e sabia como deixar as defesas adversárias em alvoroço.
Nasceu na Lousã, Castelo Branco, a 14 de outubro de 1945, mas com apenas 4 anos de idade viajou para a cidade da Beira, onde fez a pré-primária e a primeira classe no Colégio Luís de Camões. Em 1952 foi para Lourenço Marques. 7 anitos apenas. Ainda nem sabia o que desportivamente teria pela frente. Filho de um ferroviário, tinha que forçosamente ir parar ao Ferroviário.
Completou a instrução primária na Escola João Belo, na Malhangalene, depois transitou para a Escola Industrial, onde fez o Ciclo Preparatório e, posteriormente, para a Escola Comercial Azevedo e Silva, como o próprio Baltasar recorda (e bem) em frente da Pastelaria Cristal.
Ainda solteiro, morou no Alto Maé, na Munhuana e na Av. 5 de Outubro (em frente à Cromalite).
Entretanto, aconteceu a vivência no Ferroviário. Ou seja, treinar e jogar no Estádio Eng. Freitas da Costa, atravessar a rua e treinar basquetebol, ou ver os treinos dos femininos, o que deu para dar o arranque à vida em conjunto com uma das melhores basquetebolistas moçambicanas de todos os tempos, a Maria Adélia Frazão,
Maria Adélia Frazão, ex-atleta de basquetebol do Desportivo da Beira e do Ferroviário de LM.
que também passou a ser Baltasar após o casamento, pais de Eduardo Manuel Frazão Baltasar, hoje com 45 anos de idade, e Paulo Jorge Frazão Baltasar, que tem 41 anos de idade.
Eduardo e Paulo em criança…
Após o casamento o casal Baltasar passou a morar na Av. 24 de Julho (em frente ao Restaurante Astória e por cima da Pastelaria Omus). Depois, recorda o Baltasar, ainda moraram num terceiro andar na esquina da Av. Luciano Cordeiro com a Av. Afonso de Albuquerque, em frente do Jardim 28 de Maio, e por fim numa moradia geminada, na Rua dos Velhos Colonos (perto da piscina dos Velhos Colonos e da Pastelaria Princesa).
Conta-me o que te lembras da tua infância…
“A minha adolescência foi estudar e jogar futebol, basquetebol, patinagem, atletismo. Jogava e treinava nos passeios. As balizas eram os buracos das árvores, os cestos eram feitos com os aros das barricas de vinho, que pregávamos nas árvores, os patins eram feitos com rolamentos e formas de madeira e sapatos velhos e para os saltos com vara, utilizávamos as canas de bambu… Enfim, como eu teria muito mais para contar.”
Passando para o Futebol. Onde é que deste os primeiros toques, os primeiros pontapés… e ganhaste os primeiros jogos:
Quais as primeiras vitórias que te ficaram na memória?
“Joguei futebol em tudo quanto eram terrenos baldios em Lourenço Marques, no Chamanculo, na Mafalala, no Xipamanine, no Campo da Glória no Alto Maé, no Campo do 1º de Maio, no Indo-Português, no terreno por trás do cemitério S. Francisco de Xavier e em muitos outros locais.”
“As primeiras vitórias… No Ferroviário, quando fui campeão dos Infantis em Basquetebol
Época 1960/61 – Infantis
• Campeão Distrital L. Marques
Em cima: Nelson (Seccionista), Orlindo Lopes, Victor Agostinho (Capitão), Carlos Pinto, António Meneses, Leonel Velasco, Adam Ribeiro (Treinador).
Em baixo: António Carvalhana, Ernesto Baltasar, António Silva.
e campeão dos Juniores, em futebol (só com vitórias).”
Época 1962 – Juniores
• Campeão Distrital L. Marques (só com vitórias)
Em cima: Fernando, Patel, Alcides, jaime, Alcobia, Orlando e Pelé.
Em baixo: Abel, Baltasar, Vagumar, Orlando Teixeira e B5?.
“Já em Seniores, fui Campeão de Moçambique em 1967, com uma equipa de futebol que era um espetáculo.”
Época 1967 – Seniores
• Campeão Distrital L. Marques e Campeão Provincial Moçambique
Em cima: Pimenta, Rodrigues, Jorge Gandra, Carlos, Ambasse e Oliveira.
Em baixo: Baltasar, Serafim, Nelson, Raimundo e Abel.
Quem foram os teus primeiros ídolos?
“Os meus primeiros ídolos? Bom, no Basquetebol o Ip Chiu Ah, o Guilherme Soares, o Nelson Serra e o Mário Albuquerque. No Futebol, Fernando Lage, Acúrcio Carrelo, Pedro Santos, Castela, Álvaro Santos, Amerali, Trigo de Morais e muitos outros. O que mais admirei foi o saudoso amigo e colega de seleção Octávio de Sá.”
Quem foram os teus treinadores e quais os que te marcaram mais?
“Nos Juniores, Severiano Correia, o Castelo e o Epifânio Cunha. Nos Seniores, o Nuno Martins, o Serafim Batista e o Francisco Pontes. Quanto ao treinador que mais me marcou… Sem a menor duvida Serafim Batista”.
O técnico Serafim Batista abraçado pelos seus filhos, após a conquista do Campeonato Distrital de L. Marques – 1967.
Quais os feitos mais importantes na tua carreira de futebolista?
“Os diversos anos em que fui Campeão, quer de Lourenço Marques, quer de Moçambique, com o meu clube do coração, o Ferroviário de Lourenço Marques.”
Baltasar o talentoso jogador “locomotiva”…
“Tive muito orgulho em participar nas eliminatórias da Taça de Portugal em 1969, no Estádio do Calhabé, contra a Académica de Coimbra;
A comitiva de futebol do Ferroviário de LM, a caminho do “Portugal dos pequeninos”…vendo-se ao fundo a cidade de Coimbra.
Jogo para a Taça de Portugal: Académica Coimbra vs Ferroviário LM
Estádio do Calhabé em 1969. Resultado final (3-1), estando o CFM a vencer ao intervalo por (0-1) com golo de Baltasar, remate de fora da área, rasteiro ao canto inferior esquerdo…
Em cima: Marques, Raimundo, Rui Rodrigues, Eduardo, C5?, Carlos, Rodrigues, Vieira Nunes, Romano, Belo, Artur, Viegas e Jacinto.
Em baixo: Baltasar, Gervásio, Nelson, Mário Campos, Hildebrando, Fernando Peres, Mombaça, Nene, Ambasse, Victor Campos, Jorge Cunha e Firme.
Treinadores: Académica – Mário Wilson e pelo Ferroviário – Serafim Batista.
O lance que antecede o golo que Baltasar marcou à Académica de Coimbra, foto publicada no jornal “A Bola”.
em 1971, no Estádio das Antas, contra o FC Porto
Jogo para a Taça de Portugal: F.C. Porto vs Ferroviário LM,
Estádio das Antas em 1971. Resultado final (4-1).
Em cima:Rui, Romano, Jambane, Jacinto, Armando Manhiça, Eduardo, Pavão, Serafim, Rolando, Oliveira, Leopoldo e Brassard.
Em baixo: Mombaça, Abel, Baltasar, Pinto, Joaquinzinho, Nobrega, Jeremias, Bené, Abreu e Valdemar.
Treinadores: F.C. Porto – António Teixeira e pelo Ferroviário – Serafim Batista.
e em 1973, no Campo Alfredo da Silva, no Barreiro, contra o Clube Desportivo da CUF.
Jogo para a Taça de Portugal: Clube Desportivo da CUF vs Ferroviário LM
Campo Alfredo da Silva, no Barreiro – 1973. Resultado final (3-1).
Na foto: Troca de galhardetes entre Baltasar (CFM) e Arnaldo (CUF).
Treinadores: Clube Desportivo da CUF – Mário Medeiros e pelo Ferroviário – Francisco Pontes.
Uma fase da partida CUF vs CFM, Nelson Mafambana e Baltasar (nº10) pelo Ferroviário…
Na altura, os jornais desportivos teceram-me grandes elogios, gostaram do Ferroviário de Moçambique, e (modéstia à parte) consideraram-me igual ou superior aos melhores jogadores portugueses.”
Como jogador, quais os adversários (equipas e jogadores) que mais temias?
“Honesta e sinceramente, como jogador não temia nenhum outro clube ou jogador em particular, pois respeitava-os de igual modo. Contudo tinha um gosto muito especial em ganhar ao Sporting de Lourenço Marques e ao Textáfrica, do Chimoio (Vila Pery).”
Na foto, Marcelo Sá (guarda-redes do Sporting LM) com uma defesa espetacular, evita que Baltasar concretize…
Fala-nos sobre as diversas Seleções que integraste:
“Integrei as seleções de Lourenço Marques, de Moçambique e a Seleção de Portugal nas comemorações da independência da Suazilândia (Manzini), de 1964 a 1974.”
“Pela seleção de Lourenço Marques ganhei quase todos os jogos que disputámos contra as outras seleções distritais de Moçambique e contra as seleções de Luanda, Nova Lisboa e Sá da Bandeira, todas de Angola.”
Seleção de L. Marques – 1968
À chegada ao aeroporto de LM, no regresso de Luanda depois de terem vencido a seleção de Angola por (2-1).
Em cima: Camacho, Bito, Romano, Magalhães, Rodrigues, Sérgio Vilarinho, Chong, Dr. Paulo Cardoso, Arménio, Artur e C11 (dirigente Associação)?
Em baixo: João Brito, Rui, Tayob, Marques, Marcelo Sá e Baltasar.
“Pela Seleção de Moçambique os jogos em que participei davam-me um enorme orgulho e gozo (representava uma província com milhões de habitantes), pois quase sempre jogava bem e marcava golos e não foi por acaso que os angolanos sempre me consideraram o jogador mais perigoso e por eles mais temido.”
Seleção de Moçambique – 1972
No regresso a Moçambique depois de ter derrotado a seleção de Angola por (2-1).
Em cima: C1? (Dirigente), João Brito, Brassard, Joaquim, Baltasar, Camacho, Antero, Pimenta, Neves (Massagista), Hernani, Serafim Batista (Selecionador), C12? (Dirigente), C13? (Dirigente).
Em baixo: João Albasini, Tayob, Jambane, Marito, Hamide, Quarentinha, Naldo e Palma Pinto.
“Ainda pela Seleção de Moçambique lembro-me bem dos jogos em que nos portámos à altura, apesar de sermos amadores e os nossos antagonistas profissionais, como foram os casos do FC Porto, do Chelsea (Inglaterra), Barreirense, Sp.Braga, V.Setúbal, Fluminense (Brasil), Duisburg (Alemanha), Belenenses, Boavista, Sporting, Benfica, etc.”
Seleção de Moçambique – 1973
Em cima: Maló, Faustino, Joaquim, Jambane, Amenga, Palma Pinto, Madeira, Moiana e Carlos.
Em baixo: Baltasar, Urbano, C3?, Paiva, (mascote)?, Hernani, Quarentinha e Tayob.
Ainda em Moçambique, recordo-me como foste cobiçado por clubes da então Metrópole, entre eles o FC Porto e o Sport Lisboa e Benfica. Será que existiram mais clubes de Portugal interessados em ti?
“Os convites que tive para jogar na Metrópole foram: O FC Porto, quando tinha apenas 16 anos e jogava nos juniores do Ferroviário. Na altura o treinador do FC Porto era o Artur Baeta. Também fui convidado pela Académica de Coimbra, quando tinha 18 anos. Não aceitei porque na altura disse ao meu pai que já não queria estudar mais (como fui burro). Em 1964/65 tive convites do Sporting, do Benfica e do Belenenses. Em 1965, porque ainda era menor, o meu pai assinou o meu contrato com o Sport Lisboa e Benfica, com o seu representante em Lourenço Marques, o Sr. Luís Branco, da Agência de Viagens Wagons Litz Cook (ao lado do Continental). O contrato foi assinado por 4 épocas e receberia de luvas 800 contos e o Ferroviário 750 contos, seria a maior transferência do futebol português. Na noite que antecedia a minha partida para o Benfica, disse ao meu pai que não queria ir para Portugal, porque não queria ser profissional de futebol e gostava mais de viver em Moçambique e até já trabalhava nos Caminhos de Ferro de Moçambique.”
Descreve os companheiros de equipa com quem mais gostaste de jogar.
“Sempre gostei de jogar com todos os meus colegas, independentemente de convier mais com uns do que com outros, pois o Ferroviário jogava como uma verdadeira equipa e sempre com espírito de campeão. O 2º lugar, para nós, era o 1º dos últimos.”
Depois, a passagem para outro “capítulo”, a ida para Portugal e a atividade como futebolista em Portugal. Conta-nos ao pormenor o que é que aconteceu e até onde foste:
“Vim para Portugal em 1976. Tinha já 32 anos e praticamente já não jogava, ou jogava muito pouco, porque no último ano em Moçambique fui jogador/treinador do Ferroviário. Joguei no Lusitânia de Lourosa (2ª Divisão), em 76/77, porque nos ofereceram melhores condições do que o Belenenses e o Atlético (apenas 10 contos por mês), enquanto o Lourosa pagou 20 contos por mês mais a habitação, o que na altura era muito bom.”
“Depois, de 1977 a 1979 fui jogador/treinador do Benfica de Castelo Branco, com 25 contos por mês e alojamento. Depois, porque era funcionário público, fui colocado na Secretaria-Geral do MAP, sita na Praça do Comércio, em Lisboa, e era pouco o tempo disponível, mas ainda treinei os juvenis, os juniores e os seniores no Cacém, em Sintra, onde morava. A partir de 83/84 dediquei-me mais às minhas obrigações profissionais, tendo atingido o topo da minha carreira (talvez pelo meu espírito de conquista) como Chefe da Repartição. Temos que ter objetivos na nossa vida e saber como alcançá-los.”
Ao chegarmos ao termo desta entrevista, não quero deixar de te perguntar com te sentes hoje, ao olhares para todo um percurso de vida desportiva e não-desportiva, e o que recordas com maior saudade?
“Olha, Alexandre, em primeiro lugar, ao terminarmos esta entrevista, quero afirmar a minha gratidão por te teres recordado de mim e de me proporcionares esta possibilidade de voltar “às luzes da ribalta” através do www.bigslam.pt. Vou aproveitar para salientar algumas das passagens mais importantes da minha vida, começando por recordar que o Ferroviário de Lourenço Marques foi fundado em 1924 e quando em 1994 comemorou o seu 70º Aniversário, eu, que já estava em Portugal desde 1976 (tinham passado 18 anos), fui convidado pelos dirigentes do meu clube do coração para uma homenagem que me foi prestada como sendo um dos símbolos do clube,
1994 – Na foto, Baltazar, Adélia, Pres. Joaquim Chissano e Srª Josefa Sousa Dias (viúva do Eng. Sousa Dias, o grande obreiro da construção do Estádio Salazar/Machava).
1994 – Na foto, Pres. Federação Moçambicana Futebol, Baltasar, Adélia e Pres. Chissano (manifestou ser do Ferroviário e que o Baltasar tinha sido o seu ídolo…).
e na altura também fui homenageado pela Associação de Futebol do Maputo.”
1994 – João Albasini, presidente da Associação de Futebol do Maputo, oferece lembranças ao casal Baltasar, assim como um cartão Livre Trânsito para ser usado em todos os campos de futebol de Moçambique.
“Obrigado Ferroviário e obrigado Moçambique por tudo que me deram e a minha alegria por ter sido capaz de retribuir com tudo quanto fiz por Moçambique. Que Saudades!”
“Ainda hoje, com 67 anos sonho em poder contribuir de algum modo, em qualquer função, e de ajudar o meu clube Campeão!”
Quando falo com os meus amigos, digo-lhes que o meu Clube Ferroviário de Moçambique, é o Maior Clube do Mundo. Vejam bem, Ferroviário do Maputo, de Gaza, de Inhambane, da Beira, da Manga, de Gondola, de Quelimane, de Nampula, de Pemba, de Nacala, de Moatize… e não sei mais quantos.
Baltazar em 1973 e 2013! Os anos não passam por ele…parabéns!
“O meu Clube do Coração é e será sempre o Ferroviário, depois, simpatizo com o SL Benfica, com o Real Madrid, o Manchester United, etc.”
“Um abração. Até sempre. Cumprimentos a todos os desportistas moçambicanos e em particular a todos os futebolistas.”
Aqui fica mais uma recordação histórica que através do BigSlam passa a ser outra realidade. A história daquele que foi um dos melhores futebolistas que Portugal, através da sua província moçambicana, jamais conheceu.
Obrigado, Ernesto Baltasar! E que os teus sonhos com a ainda jovem idade de 67 anos, se venham a concretizar, são os nossos desejos.
Para ti também, de todos quanto representam o www.bigslam.pt
Um abração do tamanho de todos os teus Ferroviários.
9 Comentários
Vítor Bernardo de Oliveira Pegado
Caro Baltazar:
Não me conheces. Vi-te pessoalmente em dois almoços que fizemos aqui perto de Cascais, entre muitas confraternizações que faltei. Era um espectador assíduo de todos os desportos, que se realizava no nosso Lourenço Marques. Nos grandes e pequenos jogos que o CFM entrava em futebol, não faltava a nenhum desafio. Para mim eras um grande CRAQUE. Destacavas-te pelos toques que davas na bola, quando tão bem e com muita classe desembaraçavas de um adversário. Ninguém sabia o que havia de sair de ti, quando fazias uma jogada de génio.
Foste espectacular. É pena não teres vindo para singrares em Portugal. Punhas no “chinelo” a muitos profissionais que andavam por cá. Mas fizeste bem em lá continuar. Foste uma grande referência para mim e para muita gente. Lá vivemos o EL-DORADO.Tenho dito isto a muita gente. Ficam todos com dor de cotovelo, porque não beberam daquela ÁGUA. Ainda vou fazer 72 anos. Vou pedir ao Deus do Amor, que ainda te guarde por cá e que continues a ter uma saúde, que possas caminhar. É que tem falecido muita da nossa malta e ficamos tristes. Sei que estamos todos na fila de espera. É a n/ natureza humana. Sou daqueles que acredito na VIDA ETERNA. Se os outros não VOLTARAM é porque aquilo do outro lado é MELHOR. São metamorfoses que vamos passando. Em frente BALTAZAR. força BALTAZAR. Para mim foste um ÍDOLO. Sou irmão do Luís Oliveira Pegado, que foi jogador da Académica de Moçambique e que não falta a nenhuma das confraternizações. Vivo aqui nesta REPÚBLICA POPULAR DO BARREIRO, que não desgosto. Os comunistas estão quase todos desiludidos. Agora existem aqueles XUXUALISTAS oportunistas. Deviam levar com outro Salazar em cima. Não quer dizer que seja saudosista, mas no nosso Moçambique passamos bons tempo. UM GRANDE ABRAÇO DE MUITA SAUDADE.
Vítor Bernardo de Oliveira Pegado
Tomané Alves
Grande e inesquecível crack. Grandes duelos com o enorme Octávio Augusto César de Sá. Abraço
J. Rocha
Boa tarde a todos, também joguei nos juniores do CFM 67/68, 68/69 69/70, no tempo em que o Baltazar jogava nos seniores. Nos dias de treinos, era uma correria desde a escola Industrial quando não havia a carrinha, até ao campo Eng. Freitas para ver quem era o primeiro a pedir para treinar com as botas Puma do Baltazar. Era uma alegria… as botas pareciam estar ensinadas… obrigado Baltazar
Principalmente era eu e o filho do treinador Serafim Batista, o António Serafim que andava na minha turma na Industria.
Luiz Branco
Olá Baltazar.
Sou filho do Luís Branco que menciona na entrevista.
Como sabe o meu pai foi um dos obreiros da fundação do SLMB e um benfiquista de sete costados.
Não tenho dúvidas que ele estava certo ( como esteve algumas outras vezes) ao assiná-lo para o SLB. Teria certamente um dos maiores de sempre a passar pelo futebol de continente.
Desde pequeno que acompanhei o meu pai nas suas actividades do futebol de Moçambique e sempre me encantou o seu futebol.
Um abraço e a melhor saúde
Luiz Branco
José Carlos
Eu era do Sporting de Lourenço Marques, e sofria de forma doentia nos jogos com o Ferroviário. Mas admirava o Baltazar, um craque que passou ao lado de uma grande carreira profissional.
Saide Bin Ali
Sem sombra de duvidas, um dos melhores jogadores que Mocambique teve. Lembro-me eu era miudo iamos assistir os jogos no campo do sporting ou do desportivo. Os lances eram comentados durante a semana toda. Era um regalo ver Baltazar do lado do ferroviario e Tayob no Sporting. Estou com muitas saudades dquele espectaculo.
Carlos Oliveira
olá Baltasar
Sou um pouco mais novo que tu. Por acaso e felizmente apareceu este site no meu pc e que delícia recordar tudo do ídolo que tu foste. Revi malta que já nem me lembrava. Estou em Aveiro e gostava ee falar contigo ou ver-te que ainda seria melhor. Há poucos anos estive em Viseu com o Sérgio Albasini, outro craque. O meu telefone é 967019284. Lembro-me tão bem quando moravas por cima da Omus e da tua irmã Salomé. Que é feito dela. Diz-me por favor.
ÉS GRANDE BALTA
Um abraço e aguardo que me contactes por mail
Carlos Oliveira
Jose Pereira
Lembro-me muito bem do Baltasar. Eu tina 11 anos quando moravamos no predia Celeste (em frente ao jardim 28 de maio) e ia-mos (eu e meus irmaos) ao campo Eng Freitas e Costa ver o Antoninho de manha nos juniors a o Baltasar a tarde. O Antoninho desapareceu do mapa, nunca mais ouvi falar dele – que marcava tantos golos nos juniors do Ferroviario. O Baltasar era um jogador craque, ate os meus irmaos (adeptos do Sporting e 1o. de Maio) eram loucos por ele. Saudacoes
Arlindo Covas Alves
fui vizinho do Baltazar, no prédio remédios, na 24 de julho,devia ter na altura 7 ou 8 anos, e o meu pai tinha morrido á pouco tempo, e ainda me lembro de o Baltazar me levar,aos domingos,junto com os filhos, a vê-lo jogar no ferroviario, também me lembro do guarda-redes Carlos e julgo que o Taiobe, que costumavam ir a casa dele.
mando-lhe um grande abraço, e um muito obrigado por tudo o que fez por mim,
sei que não se deve lembrar d mim, mas não faz mal,
aqui fica o meu testemunho, pois alem .de um grande desportista, é um grande ser humano
mais uma vez obrigado por tudo Baltazar
um grande abraço para ti e para toda a família
Covas