Relatos de uma viagem por terras do Oriente (7) – Wellington a capital da Nova Zelândia
20 de fevereiro – Quarta-feira
Este dia foi passado em navegação a bordo do cruzeiro “Ovation of the Seas”. Aproveitámos para dar um passeio pelo navio e desfrutar de alguns locais que o mesmo proporciona.
Descobrimos este repousante local à popa do navio. Excelente para relaxar, tendo como pano de fundo o horizonte…
Passámos pelo “Rock Climbing Wall” (parede de escalada artificial), onde jovens e menos jovens punham em prática as suas qualidades físicas, técnicas e psicológicas.
Fomos depois observar o “FlowRider”, um simulador de surf simplesmente espetacular!
Fomos visitar mais uma vez o “SeaPlex” um grande complexo interno nos decks 15 e 16 completamente gratuíto, um local de prática desportiva e diversão que muda de cara ao longo do dia.
No campo do deck 15, pode patinar
jogar basquete, futebol
e também divertir-se com os “carros de choque”.
No piso superior (deck 16) pode jogar ténis de mesa e outos jogos divertidos.
No SeaPlex, ainda podemos saborear um excelente “cachorro quente” no Dog House.
À noite, fomos assistir ao show “The Big Beach Party” de música ao vivo e dança no Two70, uma grande sala de espetáculos de vários níveis que combina perfeitamente o entretenimento e tecnologia.
Vimos em atuação a banda “Australian INXS Tribute Band”.
Um mega sucesso!!!
Se quiser veja o vídeo seguinte, com uma das atuações da banda – Australian INXS Tribute Band.
Fomos para a cabine já tarde. Ao chegarmos ao quarto, alguém tinha tomado conta do comando da TV. 🙂
21 de fevereiro – Quinta-feira
O navio cruzeiro atracou no porto de Wellington às 7h00 da manhã e, para espanto nosso, mesmo em frente ao Westpac Stadium.
Wellington é a capital da Nova Zelândia e também umas das cidades mais ao sul da ilha norte do país. Tem uma população a rondar os 400.000 habitantes e é um verdadeiro anfiteatro natural, rodeado de espaços verdes, onde se pode facilmente caminhar e desfrutar de toda a sua beleza.
Os neozelandeses a chamam de “Windy Wellington” (“Wellington ventosa”), devido aos fortes e gelados ventos que sopram vindos do sul.
Confira o mapa da cidade:
Como tínhamos que estar a bordo o mais tardar às 13H30, saímos logo que pudemos. Apanhámos um autocarro no cais que nos levaria ao centro, depois de algum tempo de espera na fila.
Saímos na paragem junto ao parlamento.
A população de Wellington rapidamente apelidou a nova sede do parlamento neozelandês de “The Beehive” (a colmeia), pelas parecenças que tem com uma colmeia de abelhas.
Percorremos algumas das avenidas da cidade, em especial a Lambton Quay que é considerada a principal avenida comercial de Wellington
em direção à estação do “Wellington Cable Car”
local onde partem e chegam os funiculares que fazem a ligação a Kelburn Village, um subúrbio nas colinas com vista privilegiada para o centro da cidade, que sobe 120 mt de altura em 612 mt de distância.
Estação do Cable Car em Kelburn Village
À saída da estação podemos ver o Cable Car Museum.
No topo do Wellington Botanic Garden, podemos ver o “Space Place at Carter Observatory” (Observatório Carter), alojado no observatório histórico astronómico fundado em 1924.
Um local com vista privilegiada sobre a cidade
Depois de uma bela caminhada, descemos novamente pelo funicular e fomos depois em direção ao porto com o objectivo de ver o Museu Nacional da Nova Zelândia – Te Papa Tongarewa.
No caminho, passámos por “Wellington waterfront”.
Já no porto visitámos o Museum of Wellington City & Sea.
Está alojado na The Bond Store, um edifício de 1892, projetado pelo principal arquiteto Frederick de Jersey Clere.
Tem uma coleção de itens que conta não só a história da cidade, mas tudo que envolve as questões marítimas da região. Assim que se entra no museu fica-se imerso na história, dentro de um cenário que imita o interior de um navio.
Lá dentro há histórias sobre o início da cidade. Tudo é contado a partir de fotos, músicas, vídeos e peças antigas…
Depois da interessante visita a este museu, fomos caminhando pelo porto, mesmo junto ao mar.
Vejam algumas fotos que tirámos ao longo do trajeto:
Chegámos entretanto ao Museum of New Zealand Te Papa Tongarewa, nome este que pode ser traduzido como “o lugar dos tesouros desta terra”,
foi inaugurado em 1998 e está situado na baía em frente da cidade.
É o maior e mais completo museu sobre a história da Nova Zelândia.
À entrada do Museu, algumas figuras indicativas da exposição dos “Guerreiros de Terracota: Guardiões da Imortalidade”, em exibição no seu interior.
“Guerreiros de Terracota: Guardiões da Imortalidade” oferecem a rara oportunidade de ter um encontro íntimo e imersivo com alguns dos notáveis antigos guerreiros de terracota.
Descoberto por acaso em 1974 por agricultores, o exército subterrâneo formado por mais de 8 mil esculturas de barro, estava disposto como guardião do túmulo do primeiro imperador da dinastia Qin Shihuang, que viveu há mais de 2.200 anos, e é um dos maiores achados arqueológicos de sempre – e considerado por alguns como a oitava maravilha do mundo.
Esta exposição marcante apresenta oito guerreiros de 180 centímetros de altura, e dois cavalos de tamanho real do famoso exército de terracota – bem como duas carruagens puxadas por cavalos de bronze de réplica de metade do tamanho.
Também estão em exposição neste Museu, mais de 160 obras requintadas da arte chinesa antiga que são feitas de ouro, jade e bronze. As obras datam das dinastias ocidentais de Zhou às dinastias Han (1046 aC – 220 dC) e foram encontradas em túmulos imperiais na antiga capital da China – Xian.
Na ocasião desta nossa visita, a exposição que mais nos impressionou foi a “Gallipoli: The scale of our war”,
com esculturas em tamanho gigante hiper-realistas, com personagens da I Guerra Mundial, simplesmente espetacular!!!
Veja algumas imagens desta magnífica exposição.
Foi esteticamente uma exibição muito poderosa. Os enormes modelos de oito soldados da Nova Zelândia individuais e uma enfermeira tiveram um impacto incrível no espaço. Em 2,4 da escala humana, cada um pesa entre 90 e 150kgs. Após cada modelo, a exposição continuou com um cronograma da guerra, painéis temáticos (estáticos e digitais), vários objetos e alguns elementos interativos.
As esculturas gigantes reproduzem, movimento, emoção (lágrimas), suor, uma caracterização de personagens reais daquele facto triste e histórico da guerra ao lado da coroa britânica na península de Gallipoli, na Turquia.
Uma enfermeira
Na concepção das esculturas nenhum detalhe foi poupado: poros, cicatrizes, rugas e unhas foram meticulosamente concebidos. Foi utilizado silicone para representar a pele humana. Depois de passarem pelas salas de pintura e cabelo, as esculturas assumiram uma aparência verdadeiramente humana.
Como podem constatar é impressionante e tocante! Ficámos fascinados com tudo aquilo que nos foi dado a ver. Imperdível!!!
Se quiser veja o vídeo sobre esta exposição.
Este foi dos melhores museus que eu já vi na minha vida, além do mais é gratuito, com um conceito totalmente interativo e multidisciplinar, desde a ciência que explica a origem vulcânica da Nova Zelândia, com a simulação de um terramoto incluída, até uma seleção de fauna e flora, terrestre e marinha, como a maior lula já encontrada…
Muito mais havia para ver neste museu de 6 andares, requer-se pelo menos cinco horas para o ver em detalhes, mas como o tempo não estica e o navio cruzeiro não espera, tivemos que regressar.
À nossa espera no “Ovation of the Seas” um churrasco,
confecionado junto às piscinas ao ar livre, acompanhados de bebidas frescas e boa música…
Por volta das 14H00, o navio partiu em direção a Dunedin, para trás ficava Wellington, a bonita capital da Nova Zelândia.
Wellington é a capital mais austral do mundo. Clica no vídeo seguinte e fica a conhecer alguns dos principais pontos da cidade. Põe as legendas em português clicando em definições (roda dentada) no canto inferior direito do vídeo.
NÃO PERCA a próxima reportagem: Chegada a Dunedin a cidade mais a sul da Nova Zelândia.
NOTA: Para ver ou rever as anteriores reportagens, basta clicar nos links seguintes (escritos a azul):
1ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (1) – Dubai
2ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (2) – Abu Dhabi
2 Comentários
Rose
ObrIgada por mais uma excellent reportagem e lindas fotografias! Artigos muito interessantes sempre. Bem haja.
BigSlam
Obrigado Rose pela simpatia das suas palavras. Apareça sempre neste nosso “Ponto de Encontro!” – http://www.bigslam.pt
Aquele abraço.