Relatos de uma viagem por terras do Oriente (8) – Chegada a Dunedin e despedida da Nova Zelândia
O navio cruzeiro soltou as amarras de Wellington, por volta das 15H00 de quinta-feira, em direção a Dunedin que situa-se na Ilha Sul da Nova Zelândia.
A Nova Zelândia é um país formado por duas grandes ilhas: Ilha do Norte e Ilha do Sul, que são separadas pelo estreito de Cook.
22 de fevereiro – Sexta-feira
Acordámos cedo e da nossa varanda do camarote, acompanhámos a chegada do navio cruzeiro ao Port Chalmers, um subúrbio simpático
e o principal porto da cidade de Dunedin; eram cerca das 9H00 da manhã.
Logo a seguir ao pequeno almoço, o nosso grupo foi para o hall do casino aguardar pela abertura das portas, para desembarcarmos.
Com tanta gente a querer sair ao mesmo tempo o nosso grupo acabou por se dispersar. Eu e a Helena, seguimos para Dunedin de autocarro, estes previamente reservados para o efeito, ficando esta cidade a uma distância de 12 km.
Iniciámos a nossa visita fazendo uma caminhada pelo centro de Dunedin que não é muito grande e permite um reconhecimento melhor do local.
Dunedin já foi a maior e mais rica cidade do país. Situada na Península de Otago, na Ilha Sul da Nova Zelândia, esta animada cidade universitária com raízes escocesas está cada vez mais popular entre os turistas. Hoje, com uma população de aproximadamente 130.000 habitantes, cerca de 1/5 da população é formada por estudantes universitários.
Começámos por visitar a impressionante estação ferroviária ou Dunedin Railway Station,
tida por muitos como um dos edifícios mais fotografados de toda a Nova Zelândia.
Projetada e construída em estilo eduardiano barroco, foi inaugurada em 1906 e desde essa altura um verdadeiro marco arquitetónico da cidade. É descrito por historiadores e especialistas como “o mais notável monumento de arquitetura Eduardiana na Nova Zelândia”.
O prédio da Estação Ferroviária de Dunedin, foi vendido para o Conselho Municipal de Dunedin em 1991.
Desde então, o edifício foi submetido a um importante programa de remodelação e, agora, abriga os escritórios do Taieri Gorge Railway,
o Sports Hall of Fame da Nova Zelândia,
não podia deixar de matar a minha curiosidade; adquirimos os ingressos e visitámos este espaço único que recorda e enaltece as grandes estrelas do desporto da Nova Zelândia. Algumas imagens (poucas) do Sports Hall of Fame:
Também neste edifício existe uma galeria de arte da Otago Art Society que expõe os trabalhos de artistas locais.
Passámos depois pela loja da galeria, a fim de comprar um souvenir, para mais tarde recordar.
Entre outras características marcantes da estação, sobressai o hall de entrada
com o piso de mosaicos de porcelana Royal Doulton formando imagens de motores a vapor, material circulante e o logotipo da New Zealand Railways
e com os seus dois imponentes vitrais na varanda, retratando locomotivas a vapor.
No hall de entrada encontramo-nos com alguns dos açoreanos do grupo mais alargado que fizeram esta viagem de cruzeiro connosco.
Um momento de descanso já cá fora, no jardim frontal à estação
Em frente ao jardim fica uma das atrações da cidade, a fábrica de chocolates da Cadbury.
Já de regresso, visitámos a primeira igreja de Otago, presbiteriana e fundada em 1848.
Depois, dirigimo-nos para o ponto de encontro combinado, junto à paragem dos autocarros, com destino ao Port Chalmers. Aproveitámos para tirar algumas fotos do local.
Do lado contrário fica o Regent Theatre de Dunedin.
Junto à paragem de autocarros
Já no porto de embarque, os últimos momentos registados em terras da Nova Zelândia…
23 de fevereiro – Sábado
Este dia foi dedicado a visitar, em cruzeiro, alguns dos mais bonitos fiordes do mundo (algumas das imagens foram retiradas da internet). Veja no mapa, a tracejado o percurso do navio:
Dusky Sound, um dos lugares mais preservados da Nova Zelândia, considerado um paraíso para espécies vulneráveis e espécies de água doce.
Doubtful Sound, é conhecido como o mais profundo dos fiordes (entrada de mar entre altas montanhas rochosas) da Nova Zelândia, com 420 metros.
Milford Sound, este fiorde de dezasseis quilómetros, no extremo Norte do Fiordland National Park, abriga paisagens impressionantes e intocadas pelo homem. O destino conta com imensas montanhas, como Mitre Peak, que se eleva a 1.690 metros verticais a partir das águas escuras do fiorde. Fiquei impressionado com sua beleza. Não é à toa que foi considerada a oitava maravilha do mundo, pelo escritor inglês Rudyard Kipling! Uma montanha icónica e um dos picos mais fotografados do país.
Poucos lugares no mundo têm uma beleza tão exuberante e selvagem.
Vistas deslumbrantes de montanhas e vales verdes esmeralda… impressionante o facto de termos visto estas paisagens todas num navio enorme a entrar e a passar nestes desfiladeiros! Não podia ser melhor a despedida da Nova Zelândia em termos de beleza natural. Lindo!!!
Pela frente tínhamos dois dias de navegação até Sydney.
24 e 25 de Fevereiro – Domingo e Segunda-feira
Aproveitámos estes dois dias para relaxar e desfrutar do navio cruzeiro.
Algumas das Atividades & Entretenimento do Ovation of the Seas.
Não podia terminar esta viagem sem experimentar o RipCord by iFly. Este é um simulador inovador em que se tem a adrenalina do paraquedismo sem sair do convés. Tem-se a sensação do que é estar em queda livre, enquanto se flutua no ar… adorei!
Quando o sol se põe, dadas as ofertas, o único problema será decidir o que fazer, onde ir, e como encaixar tudo durante a noite…
O Royal Theatre de dois andares acomoda mais de 1.000 passageiros e é um local de palco multiuso usado para produções no estilo da Broadway, filmes em 3D, sessões de comédias e outros shows.
Há a também opção de diversão no Casino Royale. Um espaço muito frequentado pelos chineses que vinham a bordo e não só.
O casino estava ligado ao Music Hall, um espaço onde se podia dar um pezinho de dança…
O Two70 é uma grande sala de espetáculos de vários níveis que combina perfeitamente o entretenimento e tecnologia, com vistas panorâmicas de 270º sobre o mar, através de amplas paredes de vidro do chão ao teto. Um cenário perfeito para estarmos ligados ao mar durante o dia,
e durante a noite o ambiente é de festa e espetáculos.
O Bionic Bar é um local onde o barman foi substituído não por um, mas dois braços robóticos! O Bar Bionic apresenta um par de robôs que registam e executam ordens de bebidas diretamente via tablets.
Veja como funciona este barman robótico, vendo o vídeo seguinte:
Terminávamos muitas vezes a noite no Piano Bar ouvindo Eric August, um excelente pianista e músico que empolgava a assistência com músicas do nosso tempo…
Estes dois dias passaram num ápice. No último almoço do cruzeiro, fomos brindados com sobremesas de encher o olho…
… e sem darmos conta estávamos novamente em Sydney.
Um cruzeiro de doze dias pela Nova Zelândia, situada a cerca de 2.000 km a sudeste da Austrália, a bordo do Ovation of the Seas, que nos vai deixar saudades!
NÃO PERCA a próxima reportagem: Estadia em Sydney com amigos dos tempos de Moçambique.
NOTA: Para ver ou rever as anteriores reportagens, basta clicar nos links seguintes (escritos a azul):
1ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (1) – Dubai
2ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (2) – Abu Dhabi
7ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (7) – Wellington a capital da Nova Zelândia