Relatos de uma viagem por terras do Oriente (9) – À descoberta de Sydney com amigos dos tempos de Moçambique…
26 de fevereiro – Terça-feira
O navio cruzeiro atracou no porto de Sydney por volta das 6H30 da manhã.
Depois de passarmos pelo controlo alfandegário, dirigimo-nos ao autocarro reservado para o transfer até ao Travelodge Hotels. Este foi o local combinado com o casal amigo José Carlos “Jack” e Lídia Gouveia, para aquele reencontro saudoso e especial.
Enquanto aguardávamos a sua chegada, aproveitámos para nos despedir dos amigos que fizemos Açorianos e que nos acompanharam até aqui nesta longa viagem, com um até sempre!
O “Jack” e a Lídia são amigos dos tempos de infância em Moçambique. Ele vivia no nosso bairro J. Serrão/31 de Janeiro e estudou no Colégio dos Maristas
Ano letivo de 1968/69 – Colégio Maristas de L. Marques
Em cima: Irmão Gregório, João Paula, Fausto Pfumo, José Caeiro, Prof. Trepa Torres, Irmão Justino, J. Cruz e José Carlos Silva “Jack”.
Em baixo: Fernando Sá, F. Cabral, Armando Rocha, Mário Houbert Ferreira “Titi”, Rui Parreiral, Mário Jorge, Gaspar Rajani, Brandão e José Nogueira.
e foi atleta de basquetebol nos juniores do Desportivo LM (GDLM).
Época 1972/73 – Juniores do GDLM
Em cima: Armindo, Hélder Craveirinha “Madocas”, Francisco Sá, Francisco Abreu, Relvas, C6?, Zeca Peixoto.
Em baixo: José Carlos “Jack”, B2?, Hubert Ferreira “Titi”, Portugal.
A Lídia foi nadadora do mesmo clube – o Desportivo de L. Marques (GDLM),
assim como as suas manas – Maria João, Dulce e Anabela Gouveia.
Agora, falando um pouco sobre a cidade de Sydney, esta é a capital do estado de New South Wales (Nova Gales do Sul) e a cidade mais importante da Austrália, embora não seja a capital do país que é Camberra, localizada a quase 300 km ao sul. Atualmente, Sydney possui mais de 5 milhões de habitantes e mais de 250 idiomas diferentes são falados na cidade. Além disso, mais de 45% da população da cidade nasceu noutros países.
Embora seja considerada uma das cidades mais caras do mundo, é também uma das melhores em termos de qualidade de vida. A área central da cidade é conhecida como CBD (Central Business District) ou simplesmente “the City”. Há uma concentração significativa de bancos estrangeiros e corporações multinacionais em Sydney e a cidade é promovida como um dos principais centros financeiros da Ásia-Pacífico.
A moeda utilizada no país é o Dólar Australiano (AUD).
Fundada em 1850, a Universidade de Sydney é a primeira universidade da Austrália e é considerada uma das principais universidades do mundo.
Sydney já sediou grandes eventos desportivos internacionais, como os Jogos Olímpicos de Verão de 2000.
A cidade abriga mais de 1 milhão de hectares de reservas naturais e parques.
Na foto abaixo, as atrações famosas – Sydney Harbour Bridge e a Sydney Opera House, considerados Património da Humanidade pela UNESCO.
Depois do feliz reencontro com Jack e Lídia quando nos foram buscar ao hotel, partimos em direção ao centro de Sydney. Estacionou-se o carro e fizemos todo o percurso a pé, pois é a melhor forma de conhecer e sentir o pulsar de uma cidade.
Passámos ao lado do Museu Nacional Marítimo da Austrália,
atravessámos a antiga e charmosa Ponte de Pyrmont, sobre Cockle Bay -uma baía pequena no centro da cidade Sydney, apenas para pedestres e bicicletas, localizada em Darling Harbour, uma área com diversas atrações e com muita beleza para admirar…
e depois passámos por Barangaroo, um subúrbio do centro da cidade de Sydney,
local de onde partem pequenos cruzeiros que fazem passeios pela baía de Sydney, alguns deles com jantar incluído e espetáculos a bordo.
Um local muito giro para passear…
continuámos a palmilhar a linda cidade , agora na zona da baixa
passámos pelo Strand Arcade,
um centro comercial de estilo vitoriano, localizado no coração do Central Business District, em Sydney, com lojas especializadas que atendem uma clientela sofisticada.
Foi o último centro comercial construído em Sydney durante a era vitoriana, e é o único que permanece na sua forma original.
Fomos caminhando pela George Street (o equivalente à 5.ª Avenida de Nova York. Aqui estão sediadas centenas de edifícios das grandes corporações empresariais e comerciais da Austrália), em direção à Torre de Sydney. Entámos no centro comercial – Queen Victoria Building, um edifício marcante e histórico e ponto turístico de Sydney.
A sua abertura aconteceu em 1898 e desde então o shopping passou por diversas mudanças tanto de decoração como arquitetura, mas hoje conserva a sua estrutura inicial, o estilo romanesco.
No interior do edifício, a exuberância e cuidado com a decoração são evidentes. Um teto curvado, iluminado por luz natural,
este shopping tem grades de aço, vitrais,
uma carpete elegante e dois enormes relógios pendurados do teto com mini-esculturas originais.
O Queen Victoria Building é por si só uma obra de arte. Ao longo de seus corredores, espalham-se as lojas mais chiques de Sydney, oferecendo, também, uma enorme variedade de cafeterias e restaurantes.
Seguimos, depois, para um dos marcos turísticos desta cidade: a Sydney Tower, sendo a maior construção da cidade, com 309 metros de altura.
Aqui encontramos lojas, restaurantes e, claro, um mirante no topo onde é possível desfrutar de uma vista panorâmica. A entrada para a torre fica no piso 5 do Centro Comercial Westfield.
Tivemos uma experiência de um filme de quatro minutos em 4D que está incluído no preço do bilhete de acesso ao deck de observação.
Algumas imagens deslumbrantes obtidas deste local:
Voltámos depois à zona portuária, acompanhados pelos nossa excelente dupla de cicerones, e convencidos que esta é uma cidade das mais harmoniosas e marcantes que já visitámos.
Acabámos por almoçar ali perto, num local bem agradável, o Ribs & Burgers.
Estávamos em The Rocks, uma região portuária localizada na margem sul da baía de Sydney e onde a colonização teve início. Na faixa de terra onde os colonos europeus escolheram desembarcar em 1788, The Rocks é essencialmente o berço da moderna Sydney. É a história colorida de The Rocks, de uma colónia britânica de condenados, soldados e marinheiros a uma área de entretenimento onde pudemos saborear e sentir, passeando nas ruas de paralelepípedos.
Os habitantes locais e os turistas convivem nos mercados ao ar livre – Rocks Markets,
onde compram comida de rua e vestuário artesanal. A zona alberga alguns dos mais antigos pubs de Sydney e muitos dos restaurantes de luxo têm vistas sobre o porto. Tudo o que está bem para trás e que reflete, agora, a história colorida do distrito.
Passado e presente colidem da melhor forma em The Rocks, onde as ruas de pedra íngremes e desordenadas se estendem rumo ao lado oeste da Circular Quay
e do imponente arco de aço da Sydney Harbour Bridge.
Pelo caminho presenciámos uma turista sendo fotografada ao lado de dois aborígenes australianos.
Passámos depois pela Circular Quay, um calçadão que vai do bairro de The Rocks até a Ópera, formando um “U”.
Construída entre 1959 e 1973, a Opera House de Sydney é uma casa de espetáculos localizada na baía de Sydney, que se tornou um dos maiores ícones da Austrália, e num dos edifícios mais famosos do século 20, passando a ser considerada, pela Unesco, Património da Humanidade, em 2007.
A Opera House, é composta por seis salas de espetáculos que abrigam uma variedade de apresentações. Mais de 2 mil eventos são realizados todos anos. Portanto, algo como 40 espetáculos todas as semanas!
O complexo da Opera possui várias salas, bares e restaurantes. O mapa abaixo dá uma ideia do que encontrar por lá.
A área externa da Ópera, conhecida por Forecourt, também serve como um espaço de espetáculos ao ar livre e já contou com apresentações de Björk, Sting e muitos outros.
Despedimo-nos deste local com uma última foto, tendo como pano de fundo um dos ex-libris da cidade – Sydney Harbour Bridge, conhecida em todo o mundo por ser o palco principal do espetacular show de fogos de artifício, na comemoração das passagens de ano.
Aproveitámos o resto da tarde para ir conhecer Cremorne Point, um subúrbio lindíssimo ao lado do porto, no Lower North Shore de Sydney.
Um lugar magnífico, onde se pode fazer uma boa caminhada, sempre com vistas espetaculares!
São várias e bonitas as residências neste bairro, um privilégio para quem vive aqui.
Robertson Point Light, é um farol ativo em Cremorne Point, tendo sido montado numa rocha e está ligado à costa por um pequeno pontão.
Já no final da tarde, passámos pela piscina de água salgada, situada à beira-mar – Maccallum Pool,
que oferece vistas panorâmicas do horizonte e da cidade.
Um passeio que foi um encontro com a natureza em todo o seu esplendor… para recordar!
NÃO PERCA a próxima reportagem: Últimos dias em Sydney e reencontro com amigos de Moçambique.
NOTA: Para ver ou rever as anteriores reportagens, basta clicar nos links seguintes (escritos a azul):
1ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (1) – Dubai
2ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (2) – Abu Dhabi
7ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (7) – Wellington a capital da Nova Zelândia
8ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (8) – Chegada a Dunedin e despedida da Nova Zelândia
2 Comentários
Mila Calisto
Belíssima reportagem! Parabéns! 🙂
Fatima
continuação de boas ferias. Vê-se que desfrutaram.