24 Comentários

  1. 19

    Arnaldo Pereira

    Caro, e velho, amigo.
    Não tinha intenção de comentar este artigo, até porque falámos sobre o assunto da invasão da Ucrânia pela Rússia e eu manifestei o meu pensamento na altura: «abstrair-me de comentar, sem que fosse feita uma análise de todas as situações que concorreram para este desfecho, incluindo a minha crítica por o Ocidente não ter reagido de forma idêntica em 2014, aquando da anexação da Crimeia.».

    Mas neste teu artigo há dois tópicos (priorizo o mais significativo):
    1 – A posição assumida por Moçambique (e pelos outros países que constituem a CPLP);
    2 – A invasão da Ucrânia pela Rússia.

    Na linha da opinião que, então, manifestei, entendi deixar o meu comentário para salientar o inteligente e apropriado texto de Katali Fakir (que não conheço).

    Quero com isto dizer que subscrevo – na íntegra – o que ele escreveu, ao mesmo tempo que quero, daqui, felicitá-lo!
    Aquele abraço.

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  2. 18

    Katali

    Caro amigo João
    Se por um lado dou os meus parabéns pela crónica, enquanto moçambicano o sentir a tristeza pela “estupida “ abstenção dos frelimistas; por outro lado, simplesmente é Lapalisseano não condenar a invasão russa não só o da Ucrânia, como o da Chechenia; Ossetia; Crimeia; entre outras.
    O que mais enoja nisto tudo é a hipocrisia e a atitude recorrente e tão condenável ou mais desta invasão da política dos dois pesos e duas medidas, a saber:

    Se há algo que a invasão russa ao território ucraniano nos mostrou é que a solidariedade internacional não é para todos, que a vida de uns vale mais que a de outros e que a hipocrisia reina no ocidente.

    A indignação justa que o ocidente tem demonstrado, ao longo deste período em que a Rússia tem cometido atrocidades no território ucraniano, é a indignação que faltou sempre aos média ocidentais para atrocidades cometidas, frequentemente pelas próprias potências ocidentais, noutros cantos do mundo.

    Claro que num belo exercício de propaganda e manipulação política, os crimes de guerra que os ditos países “livres” cometem nunca são vistos desta forma, há toda uma manipulação para convencer o povo de que todos aqueles que morreram no Líbano, no Iraque, na Palestina, no Iémen, no Afeganistão, etc. que tiveram esse destino trágico porque representavam um perigo para as ditas democracias ocidentais e, será então o ocidente que vai libertar aquela gente que vive tão oprimida. Se tiverem de bombardear escolas, hospitais, monumentos religiosos, etc. e se 80% dos mortos forem civis, tudo bem, o importante é que o ocidente seja visto como o grande defensor do dito mundo livre.

    Assim que começou a guerra na Ucrânia, não demorou muito até vermos vários jornalistas nos meios de comunicação ocidentais a reproduzirem um discurso racista e xenófobo, onde um correspondente da CBS chegou mesmo a dizer que era difícil assistir à guerra na Ucrânia porque, ao contrário de países como o Iraque, Afeganistão e Palestina, que a Ucrânia era um país civilizado. O pensamento de Edward Said, no seu livro Orientalismo, pode-nos ajudar a compreender este fenómeno. Ele argumenta que houve a necessidade de criar o oriente como um contraste do mundo ocidental (principalmente EUA e Europa), onde o ocidente impôs uma visão imperialista sobre o oriente, retratando o mundo oriental como violento, primitivo, etc. de modo a inferiorizar a sociedade oriental em relação à ocidental. O orientalismo não é nada mais nada menos do que uma ferramenta política utilizada pelas potências ocidentais precisamente para justificar a colonização dos outros povos.

    As diferenças entre a visão que o mundo ocidental tem da invasão da Ucrânia e de outros países que foram ou continuam a ser invadidos é notória. Onde a resistência ucraniana é vista como um ato de coragem, armada e financiada por outros países, outros movimentos de resistência são apelidados de terroristas como, por exemplo, é o caso da resistência palestiniana. Enquanto vimos a pressa em aplicar sanções à Rússia e ao cancelamento da sua cultura, o movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções, que urge a necessidade de impor sanções e boicotar o estado de Israel, numa tentativa de pôr fim à ocupação ilegal e à colonização do território palestiniano, é agora tratado como um movimento terrorista. Se até aqui o que vimos foi o ocidente a ignorar o direito à soberania e autodeterminação dos povos, esses dois conceitos agora tornaram-se intocáveis na questão ucraniana, em que sim, a Ucrânia tem direito à sua soberania e autodeterminação e isso é indiscutível.

    No entanto, porque é que valorizamos mais umas vidas que outras? Porque é que a nossa empatia serve para uns mas não serve para outros? E porque é que a invasão a uns países não tem justificação possível mas a invasão de outros tem? Eu não acredito que naturalmente as pessoas não se preocupem com a morte de cidadão sírio, nem acredito que as pessoas sejam desprovidas de qualquer sentido de empatia. O que acontece, é que os meios de comunicação são opinion makers e impõem a narrativa que convém à agenda do poder dominante, sendo uma ferramenta de legitimação dos seus interesses económicos e políticos. Posto isto, a narrativa que serve às potências ocidentais é descredibilizar e invisibilizar todas as vítimas de crimes cometidos ou apoiados pelo ocidente. A invisibilização destas vítimas é uma tática comum dos meios de comunicação ocidentais, se não forem mostrados os crimes que são cometidos em lugares que não lhes interessa, então estes não acontecem. Depois, se mostrarem os crimes que aí são cometidos passam rapidamente à parte da descredibilização e manipulação para que a população acredite que aqueles crimes foram cometidos porque tinha mesmo de ser.

    Ao longo do tempo, a banalização e o branqueamento que os meios de comunicação ocidentais fizeram destes crimes cometidos pelo próprio ocidente levou a uma desumanização e a uma empatia seletiva por parte do mundo ocidental. O nosso silêncio em relação a todos os crimes cometidos no Médio Oriente, em algumas regiões da Ásia e na América Latina, torna-nos cúmplices. E como escreveu a poetisa palestiniana Suheir Hammad: “Ocupação significa que tu morres a cada dia enquanto o mundo observa em silêncio. Como se a tua morte não fosse nada, como se fosses uma pedra a cair na terra, água a cair sobre água.”

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    1. 18.1

      João Costa

      Olá Katali.
      Como condeno toda e qualquer invasão de um país por outro, também não posso deixar de condenar, além de outros estados, Israel pela ocupação do território Palestiniano.
      Embora reconheça também que o que a Rússia está a fazer na Ucrânia é uma chacina de civis como não há memória desde a 2.ª grande guerra; e a destruição de hospitais, escolas, habitações, museus e outras obras de arte. Num país que também tem um presidente eleito democraticamente!
      Obrigado pelo teu comentário, Katali. Aparece sempre aqui no nosso ponte de encontro.
      Um grande abraço.

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      1. 18.1.1

        Katali Fakir

        Obviamente que estamos juntos Amigo João e quanto a escumalha que desgoverna Moçambique já nem perco tempo. Acho que está desatento, o que fizeram na Bósnia-Herzogovona, na Chechenia, na Ossetia, na Crimeia, Síria, Iraque (maior crime contra a Humanidade não há a a devassa do Museu histórico da Humanidade, cujas obras de arte apareceram em casa de Rumshfeld), no Congo belga, Vietname entre outros. Foi por isso que falei na hipocrisia dos dois pesos e duas medidas. Abraço amigo João

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  3. 17

    Wanda Serra

    Joao mais uma vez estas de parabens por este fantastico texto.
    Plenamente o apoio.
    Beijinhos Joao

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  4. 16

    Manuel Martins Terra

    Caro João, dos governantes moçambicanos tudo se espera. Como é possível o voto de abstenção na votação da resolução da ONU, de condenação à invasão russa na Ucrânia? Uma atitude surrealista de alguém que não olha para o seu território, parecendo desconhecer que grupos de insurgentes cometem as maiores atrocidades na região de Cabo Delgado, provocando a debanda das populações que pacificamente ali vivem. Depois de muita pressão internacional, apelaram ao auxilio militar e logístico vindo do exterior,estando Portugal a dar formação militar a forças de elite do exército moçambicano. Agora hipocritamente, procuram ignorar a invasão da Ucrânia, e todos os crimes de guerra que no seu território se vão praticando, por ordens de um tirano. Que falta de sensatez e respeito, para com o povo ucraniano que sente na pele a amargura dos horrores da guerra. Afinal, que sentido tem a palavra solidariedade para o Governo presidido por Filipe Nyusi? Porque razão muitos líderes africanos, continuam a seguir os modelos de governação da Russia, agarrados à “cartilha” moscovita? Será que com estas atitudes, vão ganhando benesses que ainda desconhecemos? Assim com estes procedimentos, dificilmente se pode esperar uma ordem democrática naquela terra que tanto amamos. Um forte abraço, João, do amigo Manel.

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  5. 15

    Rafael Nunes

    Amigo Santos Costa heis o que me apraz dzer sobre o escreveste: todo o remédio ataca a doença,mas também dá origem a efeitos colaterais.Quero com isto dizer que o governo de Moçambique sorriu de contentamento com os investimentos que a Rússia e China se prontificaram a executar no país, só que os investimentos têm de retorno esse retorno está a fazer – se a custo da pilhagem de toda a riqueza das matérias primas do país e acrescentar a isto os milhões de dólares que são depositados nas contas dos governantes em offshores,logo a sua votação só podia ser a abstenção.Um abraço.

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  6. 14

    Victor Carvalho

    João, obrigado por mais esta tua boa publicação.
    A mim não me espanta esta votação, é o agradecimento à ajuda militar e ?económica? desse país que é a Rússia e já pagou bem caro com a morte do Samora… 😊 Digo eu que nada sei!
    Abraço.

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  7. 13

    Maria Faro

    O PCP , a Rússia e a China mandam em Moçambique,Angola,Cabo Verde, São Tomé. Não me espanta esta atitude, já esperada . Em 30 de Junho de 1975 deixe Moçambique e procurei arruma-te no sótão do esquecimento. Nada me liga já aos países de CPLP que só enxovalham e sugam Portugal e os portugueses. Desde 1975 que não dou uma quinhenta furada aos moçambicanos, sofram catástrofes ou não. Também não pretendo receber nada das ex colônias e, por mim, não existiria a colo.

    Responder
  8. 12

    Célia Quartin

    Não me admira a abstenção do voto de Moçambique com respeito à invasão da Ucrania pelos Russos. Não se lembram onde o Machel e outros foram treinados? Não se lembram de ver fotos de Putin com Machel em Moçambique? Não viram quem eram os hospedes do Hotel Polana, cujas mulheres eu vi na piscina do hotel? Eu vi! Moçambique e os outros países escolheram obter apoio depois da independencia junto dos países comunistas, portanto agora agradecem deste modo. Nada me surpreende mais, com respeito a Moçambique. A minha decepção já vem de 1976 quando de lá saí. e só voltei em serviço duas vezes, não quero voltar lá novamente. Há páginas do livro da minha vida que arranquei para não reler e sofrer.

    Bom artigo João Santos Costa, como é hábito, e bons e variados comentários dos leitores.

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  9. 11

    Paulo Carvalho

    A mim, já nada do que vem de Moçambique me surpreende!…
    Um país com um enorme potencial económico, só tem actualmente, 3 outros mais pobres no Mundo, segundo a recente publicação do FMI.
    Está muito mal classificado quanto à Corrupção.
    Em termos de Desenvolvimento Humano, é também dos piores do Globo.
    Enfim, lamento que um país riquíssimo como Moçambique, desde a sua Independência, venha sistematicamente a depender dos outros, para não se sentir mais ainda, a enorme pobreza em que o povo vive… Claro que há os que estão muito ricos… (Isso é outra conversa)!…
    Portanto, já me habituei a constactar as suas decisões erradas e, a pouca gratidão que sempre denotaram.

    Responder
  10. 10

    Nelson Silva

    Obrigado, João, por nos trazeres mais um assunto de interesse e cuja leitura deverá causar pouca polémica. Só estarão contra o que explícitas, os que acham que a matéria só tem duas razões evidentes: o valor do Rublo continua a ser superior ao do Metical e o que Timor pode contribuir para Moçambique vale pouco, princípios que resultam da miopia do governo moçambicano, convencido de que o mundo acaba hoje ou amanhã e que, por isso, pouco contam as futuras ajudas dos Estados Unidos e da União Europeia – Portugal excluído. Excluo Portugal, por ser conhecida a sua política para com as suas antigas colónias, de calças com os fundos à altura dos joelhos.

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  11. 9

    Alfredo da Silva Correia

    A desilusão que sinto…
    Aquando da criação da CPLP tive sérias esperanças que poderia vir a ser um bom instrumento ao serviço do desenvolvimento socioeconómico dos países de expressão portuguesa: Não obstante, passados todo este tempo depois da sua criação sinto-me muito frustrado com a sua criação, pois para pouco mais tem servido do que a utilização de um nome de quando em quando, sem qualquer dinâmica.
    Cheguei a Moçambique em 1959 e regressei no dia 13 de Setembro de 1974. Não obstante, em 1996 fui a Moçambique levando a minha mulher, os meus três filhos e uma nora para mostrar aos meus filhos a terra na qual nasceram. Fiz então uma viagem que nunca mais esquecerei, até porque para além de tantos chamamentos de moçambicanos que ainda lá conhecia, a mesma permitiu-me fazer um balanço à forma como foi feita a descolonização e no mesmo concluí que o povo moçambicano perdeu muito mais com a mesma do que nós, os que lá deixámos tudo e mesmo o nosso país. De facto concluí que Moçambique vivia numa pobreza extrema, quando não tenho dúvida se tivesse ido para a independência sem por em causa a capacidade produtiva de que dispunha em 1974, hoje era um país rico. Em compensação Portugal ganhou muito com a vinda dos descolonizados, pois passou então a contar com uma capacidade produtiva que na altura não tinha. Já lá voltei mais vezes e sempre que lá vou reforço este meu balanço.
    Enfim, escrevo esta minha leitura, porque sinto que tem muito de verdade, quando sei que a história nunca narrará a verdade.
    É a vida, esperando estar enganado..

    Responder
  12. 8

    FERNANDO CAPELA

    João,até certo ponto concordo em absoluto com o teu texto mas a grande verdade é que ninguém,mas ninguém mesmo,conheçe de facto os motivos e intenções das nações apoiantes,não apoiantes e muito menos dos absentistas.É evidente que se pode,com boa vontade,entender as intenções mas,de concreto,tenho sérias dúvidas.Abraço de amizade.

    Responder
  13. 7

    jose alexandre russell

    Caro João, o “colonialismo” russo/chines, tem custos. E esta abstenção é um deles. Moçambique e Angola ainda não são verdadeiramente livres, e nem sei quando serão e se serão. Os actos terroristas em Cabo Delgado tiveram a solidariedade de vários países, entre eles os que da CPLP fazem parte. Se, tivessem tido a mesma atitude de Moçambique no caso da invasão miserável da Ucrânia pela Rússia, ainda hoje estariam à espera de quem os ajudasse e Cabo Delgado já seria uma qualquer parte da Jihad islâmica, um protectorado. Mas isso não me ( a atitude de Angola e Moçambique) admirou. Já espero de tudo vindo das ex-colónias portuguesas. No meio disto tudo quem sofre são sempre os mesmos. O povo.

    Responder
  14. 6

    Rogério Machado

    Pra quê tanta celeuma? Esses dois países são irmãos gêmeos. Tanto é, que tem irmão dum lado e outro… do outro lado! E o mundo dando importância demais. Deixem eles se matarem… problema deles! Duas bostas ao extremo …
    Me desculpem… estou-me nas tintas pra esse conflito. É que nem casal em briga. E já diz o ditado… “Em briga de marido e mulher, não se mete a colher!”
    Não choro uma lágrima…

    Responder
    1. 6.1

      João Costa

      Aonde estás a ver a celeuma? O que estás a ver é uma guerra entre um país invasor e um invadido! “….Deixem eles se matarem…” Mas que conversa é essa, Rogério? Então a Rússia utilizando todo o tipo de armas, invadiu a Ucrânia, e a seu bel-prazer começou a chacinar crianças, mulheres, velhos e tudo que mexe! E tu vens com essa conversa?
      Sei que: “…. estás nas tintas para este conflito, e não choras uma lágrima…” possivelmente porque vives no Brasil, longe da guerra! Mas todos os países, uns mais que outros, vão sofrer consequências!
      Obrigado pelo teu comentário. Aparece sempre aqui no BigSlam.

      Responder
  15. 5

    António G Silva

    Obrigado João Costa pela partilha e, sobretudo, pelo grito de revolta. De facto não se compreende esta abstenção de um país que, sendo rico em recursos, vive deste tipo de expedientes para que os governantes, e apenas estes, possam continuar a manter-se no poder. O povo é sempre e, mais uma vez, o sacrificado. Depois do que passaram para serem independentes, mereciam melhor sorte.
    Uma grande parte dos moçambicanos ainda não entendeu que anda a ser “roubado”, sobretudo por russos e chineses, para além dos próprios dirigentes governamentais.
    Infelizmente não se aplica apenas a Moçambique!
    Forte abraço.

    Responder
  16. 4

    Luiz Branco

    Está a gastar o seu latim com essa gente

    Responder
    1. 4.1

      Carlos Trocado

      Exacto

      Responder
  17. 3

    Antonio Mendes

    Partilho da tristeza sobre votação dos países da CPLP e o argumento invocado só não me faz rir porque o assunto é demasiado sério. Relativamente à guerra sem dúvida que é inadmissível em todos os sentidos e a mesma só ocorre porque os seus autores são pessoas paradas no tempo do “Império Soviético” .

    Responder
  18. 2

    Zé Carlos

    No caso de Moçambique, só se podem julgar as ações do seu (des)governo porque a esmagadora maioria da população, infelizmente não tem os meios ou as condições para apresentar as suas próprias opiniões lógicamente fundamentadas.
    Quem controla Moçambique…? Apesar dos investimentos económicos dos últimos 15 anos serem maioritáriamente de proveniência ocidental, politicamente, o clube exclusivo que genera os seus mandantes, por motivos de auto sobrevivência, ainda estão muito debaixo da influência da R.P. da China. A razão para isso é simples, sem a RPC o sistema de governação implatado pla Frelimo em ’75 não se aguentava e em contrapartida, a China mantém um aliado conivente com a sua política externa…
    Internamente como a Frelimo consegue controlar, é com um punho de ferro subtilmente disfarçado e um sistema de governação que está integralmente ligado aos direitos do estado sobre a propriedade da terra, contra os direitos dos cidadões à propriedade privada e na qual, uma grande maioria dessa população continua subjectiva a manter o pescoço acima da água, num virtual estado de servitude.
    Nessas condições, o voto tem pouco valor como uma expressão da verdadeira vontade do ‘sufrágio universal’ daqueles que vão às urnas.
    A conclusão é que Moçambique não passa de uma encenação de democracia, mas por detrás dos bastidores, não deixa de ser uma pobre républica da banana convenientemente controlada por uma autocracia implacável na sua exclusiva determinação da manutenção do poder e apoiados por ligações nepuntinas e oligarcas de sua confiança que tem por objectivo a sua perpetual auto-preservação.
    Portanto, que teêm feito bom trabalho, lá isso teêm, porque nesse aspecto já ultrapassaram a vigência do antigo Estado Novo…

    Responder
    1. 2.1

      Necha Paiva

      É mesmo assim! Muito bem analizado. Saudações cordiais

      Responder
  19. 1

    Paula

    Não se pode ficar em cima do muro perante uma agressão da Rússia ou de outros que invadem e destroem países independentes. Os laços com a Rússia desses 35 países abstencionistas são ideológicos? Duvido! Talvez financeiros…pois Moçambique mesmo sendo país rico depende de todos e tem a mão estendida para todos seja qual for sua ideologia….

    Responder

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