25 Comentários

  1. 23

    Fátima Machado

    Grande texto, meu querido João! Tempos vividos que guardamos no coração e que deixam eternas saudades…
    O Rodrigo ficará com o verdadeiro conhecimento dos factos, só não conseguirá “sentir” o fascínio da terra “que tem Xiguembo”! Obrigada pela publicação! Por momentos, “voltámos a estar TODOS juntos”!
    Beijinhos e um grande abraço! <3

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  2. 22

    Eduardo Fonseca Sá dos Santos

    Sou Moçambicano de nascimento e de coração, porque nasci na Beira em 1950, mas só lá vivi os primeiros 4 anos de vida e mais 13, quando regressei em 1970. Foi pouco tempo, mas que me marcou para todo o sempre.
    O que me encantou nessa Terra foi essencialmente as Gentes e o bom relacionamento entre uns e outros.
    Sim, havia uma clara diferença de níveis de vida, mas as pessoas conviviam e respeitavam-se, até por força do serviço militar obrigatório para todos. É bom lembrar que as Companhias de Comandos formados em Moçambique, mais exactamente em Montepuez, eram maioritariamente constituídos por gente de pele escura. Pessoalmente, aos 20 anos fui abraçado por um Homem em lágrimas na casa da minha mãe na Beira, que me tinha tratado e acompanhado até aos 4 anos.
    Nunca presenciei ou sofri qualquer agravo, mesmo após a independência, fosse de quem fosse.
    Gente boa, gente amável, de confiança, que merecia estar e viver bem.
    Obrigado por esta oportunidade.

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  3. 21

    José Alexandre Bártolo Wager Russell

    O Natal amigo João. O Natal na ex- Lourenço Marques, marcou-me até hoje, o que é e o que era. Os presentes parecia que ” tinham cheiro”. Por vezes bastava uma bola de borracha da Facobol. Quanto ao resto, escreves tudo, e mais não é preciso dizer. Costuma-se dizer que, quem com ferros mata, com ferros morre. Infelizmente digo eu.

    Um Feliz Natal e um bom Ano Novo, para ti e para a família BigSlam, e acima de tudo saúde para que tu continues a escrever neste blog, e que todos nós possamos continuar a lê-lo. Saúde.

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  4. 20

    Brito Gouveia

    Parabéns amigo João por estas inesquecíveis recordações da nossa juventude em Lourenço Marques. Um grande abraço

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  5. 19

    Júlio Bravo

    Poucos são os jornalistas de profissão , capazes de descrever com rigor e simplicidade os acontecimentos ,com o acerto na verdade e cronologia. Os meu parabéns e desejos de boas crónicas.
    Boas Festas
    Um abraço

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  6. 18

    Osvaldo Reis de Almeida

    Nasci no Xai-Xai em 1939 e saí de Moçambique em Abril de 1980. Nunca mais voltei por opção e não por não ter posses. A minha mãe nasceu em LM em 1917 e o meu avô materno nasceu em Ressano Garcia em 1893. Quando vim para Portugal dizia que era licenciado em marxismo. Apanhei o período de ouro da Frelimo com jornais de parede que até punham nos cruzamentos da cidade. Uma coisa é o que nós desejamos outra é a realidade. A realidade é o que já é história destes quase 50 anos. Nunca volte onde foi feliz…

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  7. 17

    António Manuel Rodrigues

    Um SANTO NATAL e um FELIZ ANO NOVO para todos os moçambicanos e para todos os “laurentinos” que continuam a ter a ex-LM no coração.

    KANIMAMBO

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  8. 16

    Orlando Valente

    JOAO SANTOS COSTA

    DEPOIS DE PASSADO MEIO SECULO DA ENTREGA DE MOCAMBIQUE A UM BANDO DE TERRORISTAS, TODOS OS MOCAMBICANOS SABEM E PORQUE SOFRERAM NA PROPRIA CARNE OS EFEITOS DESSA “DESCOLONIZACAO”, PRESENTEMENTE, JA SAO POUCOS OS MOCAMBICANOS QUE AINDA VIVEM E JAMAIS ESQUECERAM O PASSADO DESASTROSO QUE PORTUGAL FOI O UNICO CULPADO DE TAL DESGRACA. TENHO 81 ANOS, NASCI NA ILHA DE MOCAMBIQUEN EM 1943. FUI MILITAR, COMO MUITOS OUTROS MOCAMBICANOS PORTUGUESES, PORQUE MOCAMBIQUE ERA UMA PROVINCIA PORTUGUESA.
    TUDO O QUE REALMENTE O CONTERRANEO JOAO SANTOS COSTA ESCREVEU, EU SOU UMA TESTEMUNHA DOS FACTOS.
    OS HOMENS PASSAM, MAS A PATRIA FICA… OS ALGOZES VENDILHOES DA NOSSA TERRA NATAL, JA CA NAO ESTAO… MAS TIVERAM MUITAS HONRARIAS DO PROPRIO GOVERNO PORTUGUES, PELO CRIME COMETIDO, QUE INFELIZMENTE NOS DIAS DE HOJE, O POVO MOCAMBICANO LUTA POR LIBERDADE… E PORTUGAL LIMITA-SE A UM “ENCOLHER DE OMBROS” PORQUE OS GOVBERNANTES COMUNISTAS DA ALTURA, “VENDERAM A ALMA AO DIABO”. OBRIGADO JOAO SANTOS COSTA, O TEXTO QUE NOS BRINDA, SERVIRA PARA OS MAIS JOVENS SABEREM O QUE OS PAIS OU AVOS, PASSARAM, QUE TUDO PERDERAM, MAS QUE AINDA TIVERAM CORAGEM DE RECOMECAR NOVA VIDA…
    MUITO OBRIGADO E POR TUDO… BEM HAJA!
    Orlando Valente

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  9. 15

    Victor Manuel Nascimento Quaresma

    Antes do mais FELIZ NATAL, de seguida grato pela descrição que podemos dizer de boca cheia infelizmente, que traduz a vivência de todos nós que tivemos de abandonar a nossa terra. Abraço

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  10. 14

    Carlos

    Com todo respeito e sem ofensa! Ainda bem q o 25 de Abril se deu. Já não vivo nem em Moç nem em Portugal 🇵🇹. Origem, descendência, raizes para min não passaum mais do q a penumbra do meu outrora. A terra q me viu nascer já não tem significado para min, mas sim a terra q me vê viver. Recordar não é viver! Para min viver é criar novas aventuras para serem registadas na memória 🫶desejos de um Feliz Natal 🎄

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      1. 14.1.1

        Carlos Ferreira

        … não consigo ter pena.

        Responder
  11. 13

    eduardo m. teixeira paulo

    Desculpem o meu “pretogues”, mas lhe conto uma histo’ria tal-e-qual como a do Snr. Costa. Sou de segunda geracao Mocambicana – Mae, eu e mais um irmao e irma, saimos de Mocambique – nao a correr e vie’mos para a Africa do Sul em Marco de 1974 ( nao para Portugal ou Brasil, mas A.do S., aonde os meus pais ja’ vinhao com emprego em lugar ). Ca’ fica’mos e ca’ estou casado com uma sul-africana de descendencia Rodesiana (pai Ingles e mae Sul-Africana)
    A vida vai passando, os pias foram para Portugal, aonde la’ faleceram.
    Filhos foram ja’ para “Overseas” e eles de 30 anos e mais !
    Fico por aqui – Africa, porque a minha pele sente-se Africana e o meu coracao Mocambicano !

    Responder
  12. 12

    António Miranda

    Bom dia João como sempre dás-nos os teus lindos e verdadeiros textos a ler !
    Gostei meu amigo e enquanto lia transportei-me ao meu também ultimo Natal que por lá passei mas não em LM e sim na Africá do Sul apenas eu a Margarida e a minha filha que na altura tinha seis meses.
    Como tudo na vida temos boas e menos boas recordações mas é isso que nos mantém á tona.
    Um grande abraço,continua e os desejos de um Bom Natal e um Feliz Ano novo para ti e toda atua familia !
    Aquele Abraço

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  13. 11

    Nino ughetto

    Sr Alfredo… teve ainda sorte de poder voltar a L.Marques minha terra màe… Enfim o que posso dizer mais ??? L.M. morreu tudo passou tudo acabou..;HOje depois de gritarem pela independencie ignorando completamente o sentido e o resultado final…e desastroso.. Quem quiz ou queria a independencia ? Independencia de qué ?? O Paiis nào teve escolha, FOI Dado e hoje ninguém compreende que um Pais tào rico e bonito esteja em fogo e sangue.Nào foram os “racistas” poprtugueses “moçambicanos que destruiram o Pais todo inteiro..foram os novos dirigentes politicos, ajudados por identidades estrangeiras que hoje “chupam e exploram toda riqueza do Pais, deichando a populaçào num desespero mortal sem saida possivél;;guerras,decapitaçào de populaçoes pelos terrorista islamista em Cabo Delgado e outros…Hà muito a dizer, mas à que servira ??? Tudo esta perdido.. Nos os emigrantes fugitivos os cocacolas. ,por força tiveram que sair, fugir , digam o que quizerem, Nos sofremos o desastre e aqui estamos cada um em Paises diversos. a chorar o que se passou e o que se passa,em Moç. Terra minha bem amada. ..Um abraço

    Responder
  14. 10

    Luis 'Manduca' Russell

    Excelente texto! Agora a pergunta de 1 milhão de dólares, que não sei se o João conseguirá explicar ao Rodrigo (eu não consigo): por que razão quem foge daquele país não vai para os países e regimes que forneceram, desde os anos 40 do século XX, as armas, o dinheiro, a formação/doutrinação, etc. (e que depois fizeram os tais negócios com eles)?

    Grande Portugal, obrigado, amada pátria-mãe!

    Boas Festa e muita saúde para todo(a)s!

    Responder
  15. 9

    Cândido Ramiro Filomeno do Carmo Azevedo

    Parabéns João. Bem verdadeiro o teu texto. Eu tive que sair de Moçambique a 2 de Dezembro de 74 quando o meu nome surgiu num cartaz como “persona non grata” por ter sido Oficial da 1ª Comª de Comandos de Moçb. e instrutor da 2ª e 3ª Companhias. VIm-me embora, felizmente fiquei logo colocado em Santarém como prof. Ed Fís. e Desporto. Um ano depois era director regional, só pelo trabalho então realizado com os meus alunos em prol do desporto e nunca mais dei aulas de Ef Fis. Tive a felicidade de receber no serviço que chefiava a Dir Ger dos Desportos colegas e amigos vindos de Moçamb, cerca de 10. Chamavam a Santarém a Delegação dos Desportos dos retornados. Certo é que fiquei nesse cargo 12 anos e passaram por mim 11 governos constitucionais e nenhum me “saneou” pelo contrário mandaram-me para Macau por 4 anos e fiquei 33. Foi bom esclareceres o teu sobrinho pois hoje em dia já nada sabem as crianças do que se passou e isso é feito com um propósito. . Espero que esses militares que entregaram Moçambique de mão beijada estejam bem arrependidos. Sei de alguns que estão e defendem-se que teve que ser à Mac Milan, o 1º ministro inglês que mandou puramente abandonar algumas das colónias inglesas em África. Entre os 10 livros que já editei, alguns premiados internacionalmente, 7 abordam o tema do nosso antigo Império , revisitando um passado de façanhas que é curial honrar e de defeitos também que é urgente reconhecer e confessar. Há que não olvidar a nossa História, nem hipotecar o patriotismo ao “wokismo” reinante. Perdoe-me João estes acrescentos, mas voltando à tua questão o meu último Natal em Moçambique foi num ambiente familiar de amor com irmãos e sogros e o nosso bébé de cerca de 4 meses. O Natal de 74 é num apartamento em Santarém com cunhados e sogros muitos sentados no chão pois ainda não tinha mobília e havia iniciado a atividade docente 15 dias antes. Abraço e que o Big slam continue a informar pois a memória dos homens é curta. Abraço.

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  16. 8

    Arnaldo Vieira

    Feliz Natal para todos os Big Slamistas!! Grande grande abraço e kanimambo aos organizadores do BIG SLAM e desejos de que tenham muita força para continuar a unir e a apoiar a malta! Bem hajam!
    Arnaldo Vieira

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  17. 7

    Alfredo da Silva Correia

    Uma história bem realista do que vivemos, pelo que não é história é a verdade da malvadez de alguns dirigentes. Eu voltei a Moçambique depois de ter regressado à Metrópole no dia 13 de Setembro de 1974. Em 1996, com o objectivo de mostrar aos filhos a terra na qual tinham nascido fui passar lá 8 dias. Felizmente, corri o mundo mas esta viagem a Maputo e outras que fiz em anos seguintes vão comigo para a cova, pois vivi episódios que jamais poderei esquecer. Em 1996, a fome era bem negra, por todo o lado e a pedinchice era uma realidade bem dura e mesmo vergonhosa. Eramos 6 pessoas e acabei por alugar um jipe com motorista, que se chamava Dinis, para me transportar num raio de cerca de 300 Km.. a ver o que os meus familiares por lá tinham. No 1º dia depois de ir ao saudoso bazar, catedral e outros monumentos, tudo muito degradado perguntei ao Dinis se o restaurante da costa do sol ainda existia, quando me disse que sim, de imediato decidi ir lá almoçar. Depois de estarmos a apreciar o mar em frente ao restaurante, aproximámo-nos do mesmo e na sua varanda estava um sujeito, vestido de branco, empregado do restaurante, que quando nos viu , dirige-se à minha mulher e pergunta-lhe: ” Senhora há quantos anos a não vejo? Ao que a minha mulher respondeu há 22 anos Chico. Aquele homem que nem as lágrimas continha, não sabia o que nos havia de fazer, oferecendo-nos piri pire bem sacana como dizia e pedindo-nos por tudo para regressarmos. Aliás, tudo o que visitei que era da minha longa família quando dizia quem era abriam-me as portas e fomos sempre recebidos com muita satisfação e mesmo saudade.
    Muitas histórias podia contar ao fazer estas deslocações, mas concluo apenas, que quando um povo é mal conduzido como aconteceu ao moçambicano, acaba sempre por pagar bem caro, com está a acontecer de uma forma bem dura ao moçambicano. É a vida, mas hoje quando leio a história ponho sempre em dúvida se o que leio é verdadeiro Aliás se Moçambique tivesse ido para a independência sem por em causa a capacidade produtiva que então tinha, nao tenho dúvidas, hoje era um país rico e assim é incompreensivelmente um dos países mais pobres do mundo. A verdade é bem dura.

    Responder
  18. 6

    JOSE MANUEL DA SILVA MOTA

    Li com prazer, logo que recebi do BigSlam!
    Mais uma vez tens o condão de nos remeter para tempos de histórias passadas, umas boas outras nem por isso, mas que nos fazem reviver a fase da vida onde fomos preparados para enfrentar o caminho que ainda percorremos.
    Obrigado, João!
    Um abraço.

    Responder
  19. 5

    josé carlos alves da silva

    Amigo João, dito e descrito por si, em pormenor, nada mais a dizer. A sua história, igual á minha vivida, nessa altura. Obg por relembrar. Bom Natal, feliz 2025. Um abraço

    Responder
  20. 4

    Dulce Gouveia

    João, mais um excelente artigo, cujo tema é transversal a todos nós, e sobre aquela terra que nos viu nascer, crescer e …..abandonar.
    Mais não digo porque já disseste tudo.
    Feliz Natal para todos os colaboradores e leitores do BigSlam.

    Responder
  21. 3

    Joel Rosa

    João,ao ler este teu texto,voltou a saudade a bater forte no meu peito. Não as tenho pós 74 ,pois não quero recordar da miséria em que se tornou o nosso Moçambique a tão querida Lço Marques. Sei que não havia volta a dar,mas nunca esperei começar a ver o princípio da derrocada dum País e de uma maravilhosa cidade que eu tanto amei e que continuo a guardar dentro do meu coração. Desejo-te a ti e á tua família um Santo e Feliz Natal e um Novo Ano cheio de sonhos que ainda te faltam realizar que sejam realizados. Um grd abraço

    Responder
  22. 2

    Jorge Esteves

    Caro João,
    já nos tens presenteado com histórias maravilhosas e esta é mais uma, mas não a última como disseste.
    Por muito que as memórias se apaguem há sempre algumas que vão ficando e outras avivadas com textos destes, de quem não perdeu memória nenhuma!
    Para quê mais palavras, aqui está tudo!
    Para Ti João e familia, para toda a equipa do Bigslam e para todos os participantes deste sit
    UM FELIZ NATALe um PRÓSPERO ANO NOVO PARA TODOS.

    Responder
  23. 1

    LUIS BATALAU

    CAROS AMIGOS
    CONCORDO TOTALMENTE COM O BELO TEXTO DO DR. JOÃO SANTOS COSTA. NASCI EM MÇAMBIQUE (NAMPULA) E LICENCIEI-ME NA FACULDADE DE MEDICINA DE LOURENÇO MARQUES. JÁ NÃO TENHO IDADE PARA IR PARA OUTRO PAÍS, PORQUEN SENÃO JÁ NÃO ESTAVAMOS EM PORTUGAL. O SOCIALISMO PORTUGUÊS CONDUZIU A MINHA TERRA (UM PAÍS RICO) AO SÉTIMO PAÍS MAIS POBRE DO MUNDO. OS POLÍTICOS CORRUPTOS, LÁ COMO CÁ, TÊM DADON CABO DISTO. FESTAS FELIZES COM MUITA SAÚDE. ABRAÇO

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