Relatos de uma viagem por terras do Oriente (11) -Despedida de Sydney e de amigos dos tempos de Moçambique
1 de março – sexta-feira
Estamos no penúltimo dia da nossa viagem; este dia ficou reservado para irmos visitar o Aníbal Manuel (irmão do Jack), mais um amigo de infância dos tempos de Moçambique do bairro da J. Serrão e também ele a residir em Sydney.
Como não podia deixar de ser, também ele foi praticante de basquetebol em L. Marques. Jogou nos juniores do Benfica LM na época de 1970/71.
Época 1970/71 – Juniores
Em cima: João Domingues (Treinador), Victor Mesquita, José Nogueira, Pedro Osório “Martelo”, C5?, Adérito.
Em baixo: Wilson, B2?, B3?, Aníbal Silva, B5?.
Saímos por volta das 10H00, em direção a Tascott ,um subúrbio da região da costa central de Nova Gales do Sul, na Austrália, entre Gosford e Woy Woy, na costa oeste de Brisbane Water.
É neste local que reside o casal Fátima e Aníbal. A viagem estava prevista para durar cerca de 1H30, mas durou um pouco mais, com algumas peripécias pelo meio… 🙂
Chegámos por volta da hora do almoço, à vivenda do casal,
situada num local privilegiado com uma vista magnífica sobre a baía de Brisbane Waters Bay
Depois das apresentações, o casal brindou-nos com um almoço das arábias…
Começou com entrada de “Ameijoas à Bulhão Pato” apanhadas na praia em frente, e confeccionadas pela mestre de cozinha – Fátima
segundo consta, os australianos ainda não sabem como estes moluscos são bons de comer!
José Carlos “Jack”, Lídia Gouveia, Helena Carvalho, Fátima, Dores, Inácio e Aníbal.
Não podia faltar o exelente piri-piri, magistralmente preparado pelo Aníbal! Como podem ver na foto, eu fiquei o responsável por tomar conta do mesmo... 🙂
Como bons moçambicanos, o caril de camarão fazia parte da ementa e, como estávamos na Austrália, os anfitriões confeccionaram um prato de carne de canguru… que estava simplesmente divinal! Adorámos.
Para concluir este banquete, vieram os doces típicos portugueses: pudim de ovos e os já famosos pasteis de nata, conhecidos e apreciados a nível mundial!
Depois, para digerir o magnífico repasto, fomos jogar uma cartada até ao final da tarde, como nos bons velhos tempos… gostei da luta que os manos – Aníbal e Jack – deram à dupla de consagrados – Inácio e Samuel. 🙂
Entretanto, o dia chegava ao fim e, da casa dos anfitriões, avistava-se um por do sol incrível!!!
Acabámos por pernoitar na mansão da Fátima e do Aníbal.
2 de março – sábado
Dormimos muito bem, acordámos já tarde e tomámos o “mata-bicho”.
Depois de atestados, fomos conhecer o resto da sumptuosa moradia e tirar algumas fotos, para um dia mais tarde recordar…
Os dois manos do bairro da J. Serrão de L. Marques – Aníbal e José Carlos
Mas que trupe – Jack, Lídia, Sam e Aníbal
Antes do regresso, ainda fomos conhecer a Reserva Mount Ettalong (caminhada de 1,4km). Um local incrível, com excelentes vistas para as Praias Umina Beach, Brisbane Water, Bouddi National Park e Pearl Beach.
Um local com uma vista privilegiada sobre a praia de Pearl Beach.
Os quatro casais posaram no topo do Monte Ettalong, para perpetuar este momento…
Helena e Samuel
Jack e Lídia
Aníbal e Fátima
Dores e Inácio
Foi muito gratificante o dia que passámos na companhia destes amigos. Um agradecimento especial ao casal Fátima e Aníbal, pela forma simpática e acolhedora com que nos receberam em sua casa. Um até sempre!
Voltámos para Bella Vista, onde reside a Lídia e o Jack. Depois do almoço, fomos visitar o Headland Park – Georges Heights, uma fortificação militar que ostenta uma das melhores vistas do porto de Sydney.
Para concluir este longo dia, à noite, fomos jantar a Manly Beach. Já tínhamos aqui estado com o casal Ana e Carlos Costa Leite, mas durante o dia.
The Corso, a rua de pedestres em Manly Beach, à noite.
Em Sidney verifica-se que as pessoas são felizes, formam uma família, têm um animal de estimação, têm um trabalho, praticam desporto, têm uma cultura variada, viajam e são na generalidade pessoas serenas.
Chegámos já tarde a casa. Passámos um dia em cheio e em excelente companhia…
3 de março – domingo
Hoje é o dia de regresso a Portugal. O voo está marcado para as 21H45.
Logo pela manhã, fomos dar um passeio a pé e ficar a conhecer um pouco do bairro residencial, onde vive o casal – Lídia e Jack
ali perto está edificada a igreja evangélica Hillsong, fundada em 1983 por Brian Houston e sua esposa Bobbie, e que está em franca expansão não só na Austrália como em vários países no mundo.
Levam a palavra de Jesus através da música, com grupos como Hillsong Worship, Hillsong United e Hillsong Young & Free. Tivemos curiosidade, entrámos e assistimos à parte final do culto. Foi uma experiência deveras emocionante! À saída, fomos contemplados com um exemplar da Bíblia…
Se tiveres curiosidade não deixes de ver o vídeo da bela canção “Broken Vessels” (legendada em português) da banda Hillsong, num tour que efetuou por Israel.
A Paula Barros Lima, residente, também, em Sydney, amiga de longa data e antiga atleta de basquete do Ferroviário de L. Marques (CFM), ficou de nos ir buscar ao fim da manhã à casa da Lídia e do Jack,
Época 1972/73 – Juniores/Seniores do CFLM
Em cima: “Ticha”, Luísa, Ana Paula Azevedo, Elsa Peixoto, Lisete, Maria Albertina Nicolau.
Ao meio: Manuela Castro, Mimisa Barros (Dirigente), Helena Cardoso, Eveline Queiroz, José da Costa “Casquinha” (Treinador), Teresa Sousa (Dirigente).
Em baixo: Paula Barros Lima, “Sãozinha”, Isabel Brás “Isabelinha”, Otília Reis “Tila”, Helena Bettencourt.
Paula Barros Lima (4) e Elsa Peixoto
para passarmos o resto do dia juntos, até à hora do nosso embarque com destino a Portugal.
Ainda deu para um curto bate-papo, acompanhado de uma saborosa fruta produzida na Austrália (gentileza da Paula) – papaia, manga, goiaba, mangostão… Na Austrália, a frutas são saborosas e suculentas. A qualidade dos alimentos é muito boa. O sabor das frutas, dos legumes, das carnes e peixes é excelente. Quase que não precisam de condimentos.
Depois, chegou a hora e despedimo-nos dos excelentes anfitriões – os amigos Lídia e Jack – com o desejo de voltar. Agradecemos, a forma gentil e hospitaleira como fomos recebidos. Bem hajam!
Seguimos com a Paula que nos levou até Cronulla Beach,
um lugar simpático onde os habitantes desfrutam do parque junto à praia, para descansarem e fazerem piqueniques.
Ao virar de cada esquina é possível encontrar um parque. Entre prédios existem espaços verdes para todos os habitantes passearem (as famílias têm duas a três crianças e um cão). Há muito que não via tantos casais a passear com carrinhos de bebés, enquanto privam uns com os outros. A natureza vive de mãos dadas com os habitantes – tudo é possível ao ar livre.
Almoçámos, no restaurante Zomala, comida típica australiana e aproveitámos para colocar a conversa em dia, recordando momentos vividos na nossa adolescência em Moçambique…
Estava um dia quente, a paisagem era magnífica e estava mesmo a pedir um mergulho nesta bela praia, mas infelizmente o tempo escasseava
tirámos as ultimas fotos com a Paulinha, para mais tarde recordar
A Paula levou-nos, de seguida, para o Aeroporto Internacional de Sydney (ou Aeroporto Internacional Kingsford Smith), com a última passagem por esta ponte, com um por do sol magnífico em jeito de despedida…
Já era noite quando partimos, saudosos, de Sydney… Para trás ficava muita gente amiga e uma das melhores cidades que conhecemos para se viver, com um povo feliz, muito ligados ao desporto, bons convivas e trabalhadores quanto baste.
Sydney é uma cidade portuária cintilante cercada por praias e arquitetura impressionante. Clica no vídeo seguinte e fica a conhecer algumas das melhores coisas para fazer em Sydney – Austrália. Põe as legendas em português clicando em definições (roda dentada) no canto inferior direito do vídeo.
- Esperamos que tenham gostado de nos acompanhar até ao outro lado do mundo. Desde o enigmático Dubai, Abu Dhabi, há incrível Austrália, selvagem e cosmopolita, pincelada em diferentes cores e bem representada pela enigmática cultura aborígene, não esquecendo o cruzeiro pela Nova Zelândia, um dos últimos redutos de um planeta em estado puro, verde, pacífico e com cenários inigualáveis, de florestas sublimes, montanhas, lagos, praias e fiordes…
Adorámos esta epopeia e trouxemos estas histórias para vos contar. Espero que tenham gostado de viajar connosco, através do nosso “Ponto de Encontro!” – www.bigslam.pt
NOTA: Para ver ou rever as anteriores reportagens, basta clicar nos links seguintes (escritos a azul):
1ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (1) – Dubai
2ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (2) – Abu Dhabi
7ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (7) – Wellington a capital da Nova Zelândia
8ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (8) – Chegada a Dunedin e despedida da Nova Zelândia
10ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (10) – Últimos dias na terra dos koalas e cangurus…
8 Comentários
rui baptista
Estimado Samuel: Acabaste de dar a volta ao mundo. E agora? Destino a Lua sem mel ´porque a lua com mel já deste há muito. Abraços ao simpático casal.
Samuel Carvalho
Obrigado Prof. Rui Baptista pela simpatia das suas palavras. Já estava na manga uma outra viagem, desta vez pela Ásia, mas com o aparecimento do covid-19 foi tudo por água abaixo…
Espero que já esteja completamente recuperado, o BigSlam aguarda por si. Aquele abraço!
Rui Baptista
A minha recuperação das gonartroses tem sido lenta. Encontro para isso justificação no facto da minha “juventude” Os meus joelhos, quando passo da posição de sentado para de pé (ainda que com a ajuda do impulso dos braços), rangem como se fossem portões de uma quinta abandonada sem ver óleo há séculos. Enfim…um grande abraço ao amigo, desportista e repórter SAM!
Fernando B. Melo
Olá Samuel,
Adorei a reportagem e gostei muito de ver o Jack e a Lidia, meus velhos amigos de LM.
Abraços,
Nando
Manuel Martins Terra
Parabéns Samuel Carvalho, porque fechaste com chaves de ouro as tuas viagens por terras do Oriente. Descrevestes todos os pormenores e imagens fabulosas, de forma contagiante, deixando-nos sempre à espera dos próximos episódios Uma cronologia de tal gabarito merecia um atlas, tal a diversidade de toda a matéria. Para além das maravilhosos cenários que nos foi possivel observar, tao importante foi também rever velhos amigos de LM, provando que as amizades são para eternizar, independentemente das distâncias que separam os verdadeiros amigos de longa data . Gostei de ver o Jake, com quem treinei e joguei no GDLM e da sua esposa Lídia, que ainda os conheci no início do seu namoro, nas instalações do clube. É tudo isto que torna a vida bela e nos faz mais felizes. Parabéns, pelas tuas reportagens.
Samuel Carvalho
Grato pela simpatia das tuas palavras. É sempre bom ter oportunidade de rever a nossa malta espalhada pelos quatro cantos do mundo… o tempo passa, mas as amizades perduram ao longo do tempo!
A tua participação como bloguista do BigSlam é que foi a grande aquisição do nosso “Ponto de Encontro” neste ano de 2020.
Aquele abraço.
Carlos Munhá Freire
Muito bom trabalho Samuel. Obrigado por nos trazeres novidades sobre a “nossa malta” espalhada por este mundo. Já agora, quando quizeres aparecer por Nelspruit, RSA, vamos passar uns dias ao Kruguer mesmo aqui ao lado da minha casa. Um abraço companheiro.🦏🐘🦓.
Samuel Carvalho
Grato Carlos Munhá pelo convite, pode ser que um dia se concretize. Aquele abraço.